domingo, 4 de janeiro de 2009

Club Dead, Mais um Livro Vencido


Eis que terminei mais um dos livros de True Blood ou Southern Vampire Mysteries, melhor dizendo. Foi uma leitura rápida e gostosa, ri bastante, houve muito mais tensão sexual – e muito menos sexo de verdade – que nos livros anteriores. Talvez tenha sido efetivamente melhor que o 1 e o 2, mas para que eu pudesse me deliciar com o livro 3, tinha que conhecer as personagens e seu desenvolvimento. Dez para o livro? Não, daria um 8,0 e vou explicar o motivo.

Resumindo a trama: o romance entre Sookie, a telepata, e Bill, o vampiro, começa a esfriar. Não por culpa dela, mas porque ele está escondendo alguma coisa e nas últimas semanas tem se dedicado integralmente a um projeto secreto. Ele também se mostra insensível para os dramas da protagonista, que passa por problemas financeiros, enquanto está dando boa parte de seu dinheiro para seus descendentes recém descobertos. Sookie recusaria o dinheiro, mas gostaria que ele mostrasse algum interesse. Uma noite, Bill diz que precisa viajar, mente a cidade (*Sookie descobre de cara*), mas conta para Sookie de seu projeto secreto, pedindo que ela esconda seu computador e tudo mais em um compartimento secreto de sua casa. Depois disso, Bill desaparece e Sookie é informada que Buba – o vampiro abilolado de Mênphis – irá se tornar sua sombra por ordem de Erick.

Depois de atacada por um lobisomem no trabalho e comprovada a eficáa de Buba, ela é informada por Erick e Pam que Bill foi seqüestrado, corre risco de vida e mais, que ele a estava traindo com uma vampira velha conhecida e iria abandoná-la. Além disso, ele estava traindo o próprio Erick, seu superior, a mando da rainha dos vampiros da Louisiania. Mesmo com o coração dolorido, Sookie recebe a incumbência de se infiltrar, com a ajuda de Alcide Herveaux, um lobisomem chantageado por Erick, no Clube dos mortos, um seleto estabelecimento de Jackson, Mississipi, controlado pelo rei local e freqüentado pela lite dos vampiros e metamorfos. É o rei do Mississipi que mantém Bill prisioneiro e Sookie sabe que ele está sendo torturado e não tem muito tempo de vida. A partir daqui, darei alguns spoilers.

O livro é ótimo, Sookie continua independente, auto-suficiente e disposta a resolver os seus próprios problemas, Alcide é um amor, Erick já e tornou meu vampiro favorito e Buba dá um show, PORÉM, os problemas são evidentes. O primeiro é todo mundo deseja Sookie. A não ser que se explique depois que esse é mais um dos problemas ligados aos poderes da moça , algum magnetismo sexual inato(*Erick faz piada com isso*), ter todos os homens e Supes (*seres com poderes especiais*) caindo de amores por ela, inclusive os gays, é muito exagero.

Como a autora ainda não explicou quem é Lorena (*o velho caso de Bill*) e os motivos dele, fica muito forçado em alguns momentos aceitar a revolta de Sookie quando ela já beijou Sam e Erick (*ambos no livro anterior, quando Bill era fiel aos seus olhos*) e quase fez sexo com Alcide e Erick (*aqui foi por muito, mas muito pouco mesmo*). Oras, se isso não é traição TAMBÉM, eu não sei o que e traição, não. No mais, desculpa forçada de que seu corpo se acostuma com “bom sexo” e assume o controle é a mais capenga dos últimos tempos. Mesmo que ela se controle, essa desculpinha foi muito, mas muito cara de pau. Quer que a heroína transe com Erick? Por favor, Charlaine Harris, pare de inventar historinhas.

Como comentei, a autora não desenrola neste livro a trama da traição de Bill. É o típico recurso para nos empurrar para o próximo livro. OK, eu vou ler mesmo, mas seria mais justo com uma personagem que parece ser tão importante na vida da protagonista permitir que ele se explicasse. Ele admite a culpa, não dá detalhes, mas sofreu tanto na mão da tal Lorena que já deve ter pago todos os pecados e mais alguns. Se Lorena – que traiu e torturou Bill – é quem eu realmente acho que é, ela tinha um grande poder sobre ele e isso precisa ser levado em conta. Aliás, a personagem foi descartada tão rapidamente que nem disse a que veio.

Acredito que essa coisa de colocar a protagonista irresistível e torcendo seus valores morais para fazê-la interagir com muitos parceiros possa comprometer a qualidade da série. Mas sei que em seriados americanos eles adoram fazer isso. Há um casal que se ama e você sabe, mas eles têm que namorar trocentos outros para que a série tenha assunto. Sei... No livro 1 e , Sookie é apresentada como uma moça inexperiente sexualmente, religiosa (*ela é batista, como eu, e compreendo bem seu modo de pensar*) e que se sente culpada em alguns momentos até por estar dormindo com Bill sem ser casada com ele (*e ela não poderia casar com ele, como a própria bem sabe*). No livro 3, Sookie quase cai sem culpa nos braços de Alcide e Erick sem saber exatamente o que Bill fez. Grande salto.

Enfim, ela mudou muito rapidamente por causa de uma traição e acreditar de cara no Erick quando ele queima o filme do Bill é muito pouco prudente. Afinal, erick deseja Sookie e deixou isso claro desde o primeiro livro. Vamos ver como as coisas ficam no livro 4, mas eu realmente não vi essa vilania toda no Bill, essa inocência toda na Sookie e mais, queria que os dois ficassem juntos. Mas parece que há mais coisa, e ler os spoilers me lembrou de um episódio do anime de Super Gals, com a diferença de que a Sookie não vai poder quebrar o Bill de pancadas como a Kotobuki Ran fez com o moleque.

De resto, o livro é muito interessante e delicioso de ler. Apresenta bem o mundo dos metamorfos e lobisomens, estes últimos podendo ser vistos como a escória ou a elite dos seres que se transformam a goto do freguês. Essas descobrtas de Sookie, o conhecimento de utras socidades paralelas, é um dos pontos fortes da série ate aqui e dese livro em particular. A autora introduz o Alcide que é a tudo de bom, apesar da noiva ou ex-noiva psicopata dele. Desenvolve muito bem o Erick que aparece muito mais que o Bill, é mais inteligente, forte, tem senso de humor mas sabe ser sério quando necessário, e, claro, sempre está no lugar certo para ajudar a mocinha quando ela realmente precisa. Ele é o homem certo, no lugar certo, fazendo a coisa certa sendo mau se necessário, mas nunca intrometido.

Queria mais do Sam no livro, ele poderia ter ido até Jackson, ou aparecido mais no final. A Tara aparece de novo (*e ela não é negra*) e algo da amizade dela com a Sookie é apesentada, e o Jason está cada vez mais simpático, nem parece o escroto do livro 1. A cadeia deve ter feito o cara amadurecer um pouco. É sugerido que a Irmandade do Sol não foi desbaratada de todo e a autora começa a mostrar que o mundo dos supes é muito mais complexo do que se imagina.

O próximo livro é o do feitiço que deixa o Erick desmemoriado. Obviamente, a trama do projeto de Bill não terminou, tampouco sua traição foi explicada por completo. Este livro, Dead to the World, é o que recebe a melhor cotação no Amazon. Tendo Erick no centro da hstória, não é supresa para mim. Mas só vou ver este quarto livro no dia 14 de janeiro. Agora vou ler outras coisas. Vampiro Armand, Crepúsculo, A Muralha, livros sobre roteiro, mangá, sei lá.

Ah, passei no sebo e encontrei um livro de História chamado Blood Sisters, sobre as memórias das mulheres na Revolução Francesa que está muito interessante. Talvez coloque na frente. É isso, não pensem que não vale a pena ler Club Dead por causa dos meus comentários. Agora, eu duvido que True Blood vá seguir mais que a idéia geral dos livros.

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