Já devo ter comentado aqui que faço parte de uma comunidade sobre adoção no Orkut, aliás, não somente faço parte como ajudo a moderá-la. Na quarta-feira foi exibido um especial do programa Casos de Família do SBT com a presença de alguns membros da comunidade contando suas experiências. Antes que alguém torça o nariz porque conehce o programa, eu digo que eu mesma estava preocupada com os desdobramentos, pois, no geral, este programa é um lixo, mas tudo correu bem. O resultado foi mais que satisfatório e o formato depoimento não permitiu os bate-bocas e baixarias que são comuns a esta atração.
Eu gravei o programa e coloquei no Youtube. São seis partes ao todo. A imagem aí em cima é da primeira, a fala de uma pessoa muito querida, a Thereza, que já sendo mãe adotiva de um rapaz com mais de 20 anos, decidiu adotar um grupo de três irmãos. Adoção em grupo e tardia é ainda muito difícil neste Brasil.
Só esclarecendo, apesar das reclamações de tempo de espera, há muitas crianças disponíveis para adoção neste país, mas a maioria fora do perfil preferido dos brasileiros. Cerca de 95% dos adotantes deseja recém nascido, menina (*uma das poucas vezes em que ser mulher é uma vantagem*), branco, saudável. Como este não é o perfil da maioria dos miseráveis ou da média da população brasileira, este sonho (*racista*) da bebezinha rosadinha de propaganda de xampu pode obrigar os candidatos à filas de até seis anos.
A maioria das crianças abrigadas não está disponível para adoção (*não houve destituição do poder familiar ou estão abrigadas por conta da pobreza extrema dos pais*), mas os que estão ou têm algum problema físico ou mental, ou são negros e pardos, ou maiores de seis anos (*adoção tardia é a partir dos três anos*), ou pertencem a grupos de irmãos que só podem (*ou devem*) ser adotados juntos. Eu realmente gostaria que o assunto da adoção, assim como do direito que a mãe tem de entregar seu bebê legalmente (*indo ao fórum, falando com a Assistente Social*) ganhasse espaço na mídia. Aliás, uma campanha sobre esta última questão poderia ajudar a diminuir sensivelmente os casos de abandono de incapaz... mas esta é outra discussão e não vou me prolongar. Essa postagem é off-topic e de utilidade pública.
Eu gravei o programa e coloquei no Youtube. São seis partes ao todo. A imagem aí em cima é da primeira, a fala de uma pessoa muito querida, a Thereza, que já sendo mãe adotiva de um rapaz com mais de 20 anos, decidiu adotar um grupo de três irmãos. Adoção em grupo e tardia é ainda muito difícil neste Brasil.
Só esclarecendo, apesar das reclamações de tempo de espera, há muitas crianças disponíveis para adoção neste país, mas a maioria fora do perfil preferido dos brasileiros. Cerca de 95% dos adotantes deseja recém nascido, menina (*uma das poucas vezes em que ser mulher é uma vantagem*), branco, saudável. Como este não é o perfil da maioria dos miseráveis ou da média da população brasileira, este sonho (*racista*) da bebezinha rosadinha de propaganda de xampu pode obrigar os candidatos à filas de até seis anos.
A maioria das crianças abrigadas não está disponível para adoção (*não houve destituição do poder familiar ou estão abrigadas por conta da pobreza extrema dos pais*), mas os que estão ou têm algum problema físico ou mental, ou são negros e pardos, ou maiores de seis anos (*adoção tardia é a partir dos três anos*), ou pertencem a grupos de irmãos que só podem (*ou devem*) ser adotados juntos. Eu realmente gostaria que o assunto da adoção, assim como do direito que a mãe tem de entregar seu bebê legalmente (*indo ao fórum, falando com a Assistente Social*) ganhasse espaço na mídia. Aliás, uma campanha sobre esta última questão poderia ajudar a diminuir sensivelmente os casos de abandono de incapaz... mas esta é outra discussão e não vou me prolongar. Essa postagem é off-topic e de utilidade pública.
9 pessoas comentaram:
adoção é uma necessidade para o nosso país. acho muito legal destacar isso aqui. Pra mim, incentivar a adoção tem tanta responsabilidade social quanto reciclar plástico ou economizar água... é um investimento direto para um futuro melhor para todos.
Sabe se aquele cadastro nacional visando facilitar o processo ja foi implantado?
Legal.
Particularmente eu não pretendo ter filhos biologicos. Se possivel gostaria apenas de ter filhos adotivos. Não vejo necessidade de colocar mais uma criança no mundo, sendo que tem tantas abandonadas por aí.
Acho muito importante que esse assunto permaneça em evidência.
A burocracia maltrata as crianças, abrigos são escolas de crimes, minha irmã já trabalhou num desses onde até mesmo já foi agredida fisicamente. Se eles tivessem ao menos uma estrutura melhor seria menos cruel, embora não amenize a falta do calor de uma família.
Onde trabalho acompanho casos e casos, é fácil concluir que há muitas parideiras e poucas mães e pais de verdade.
Penso que ainda sou muito nova e instável para pensar em maternidade com seriedade mas, se um dia eu tiver essa maturidade, gostaria de optar pela adoção. Que até lá, tudo seja mais simples.
Ah, Mickey! Há abrigos e abrigos. Existem problemas, mas há abrigos muito bons. Será que o problema deste no qual sua irmã trabalhou não era a administração?
Trabalho na área de Infância e Juventude, e posso afirmar que o cadastro nacional de adoção já está funcionando.
A grande questão não é a existencia desse cadastro, mas sim a mentalidade de quem quer adotar, que, em muitos casos, continua a sonhar uma 'bonequinha loira e fofa'.
Felizmente, nem todos os interessados em adoção são assim.
Vale ressaltar, esse é um dos poucos programas nesse estilo q não utiliza de baixaria, vale o crédito por ele.
Deveriam conscientizar q a populção brasileira nãoé de brancos... e ressaltar q somos multiraciais e multiculturais... mas eh uma discussão de muintas delongas e que nem todos estão afim disso.
Anna
Eu discordo. Rola muita baixaria. O programa do dia seguinte, por exemplo, foi uma vergonha. PORÉM, alguma cosia se salva. E os bons frutos precisam ser valorizados.
Verdade.
Tem muita baixaria sim, mas infelizmente parece tb ter uma grande repercurssão junto a sociedade.
E adoção tem que ser tratada (de maneira seria claro) em todos os canais que alcancem a população.
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