Sei que efetivamente isso pode representar coisa nenhuma, mas o ato simbólico de ver um negro eleito como presidente dos EUA, e um negro chamado Barack Hussein Obama, filho de africano, foi emocionante, pelo menos para mim. Desde a primeira "Guerra do Golfo", havia gente que teorizasse a eleição de um negro e projetavam isso para 2014, com Colin-Powell candidato. Alguns brincavam que a Constituição americana seria mudada e o adversário dele seria o Schwarzenegger. Todo mundo sabe que a esposa do General Colin-Powell o impediu de competir dizendo que não queria que o marido fosse o primeiro presidente negro assassinado dos EUA. Aliás, este é um risco que Obama corre.
No mais, o discurso mais emocionante foi o de McCain. Ele discursou reconhecendo a derrota, mas foi tão eloqüente e gentil que eu fiquei com os olhos marejados. Pieguisse total, eu sei, mas ficou a impressão de que o sujeito era um "cara legal" que se juntou às pessoas erradas, no caso, a direita religiosa, que tomou uma traulitada espetacular, escolhendo uma repolha como candidata a vice e se posicionando no final da campanha abertamente contra os imigrantes ilegais. Que esta eleição comece a varrer esses malucos de volta para as suas tocas, embora ainda demore um pouco (*vide matéria sobre o prefeito eleito do Rio de Janeiro*). Isso, claro, se Obama assumir.
McCain disse que a avó de Obama ficaria feliz em ter vivido mais alguns dias e visto o neto eleito e que era um momento histórico para os EUA, um momento a ser lembrado, pois pela primeira vez, em um país no qual as leis de segregação eram reais até três décadas atrás, um negro se elegeu. O reconhecimento do caráter histórico e a saudação aos negros foi algo assim que eu não imaginava. Pensem que há muita gente viva que sofreu na pele o peso dessas leis, que não podia sentar do lado de um branco, que tinha que ceder lugar no ônibus e que ainda hoje o racismo nos EUA é real. McCain pagou pelas suas escolhas, por se deslocar de uma posição republicana moderada para a extrema-direita e endossar uma escolha enlouquecida como a da Sara Palin. Não havia nenhuma mulher republicana que pudesse cumprir a função? Há uma senadora (*acho*) pelo Texas que é até contra o voto feminino e que diz que só está no Congresso, porque os homens americanos deixaram de assumir os seus deveres. Pegavam esta senhora.
Enfim, se Obama não valer para mais nada (*o discurso dele foi fraquinho*), vale por isso. E coloquem na conta do Bush, porque foi o seu governo desastroso que possibilitou a eleição de um negro. Quero ver também como a esposa do Obama vai se inserir, alguém como ela não pode se apagar, mas existe a sombra do que fizeram com a Hillary Clinton no primeiro governo de seu marido. Aliás, eu preferia a Hillary Clinton, que deveria ser convidada a compor o governo, mas isso já é outra história. Ah, e não se preocupem que o blog não vai virar point de comentários políticos, simplesmente, eu precisava falar, não consegui segurar: EU VI O PRIMEIRO PRESIDENTE NEGRO DOS EUA SER ELEITO!
No mais, o discurso mais emocionante foi o de McCain. Ele discursou reconhecendo a derrota, mas foi tão eloqüente e gentil que eu fiquei com os olhos marejados. Pieguisse total, eu sei, mas ficou a impressão de que o sujeito era um "cara legal" que se juntou às pessoas erradas, no caso, a direita religiosa, que tomou uma traulitada espetacular, escolhendo uma repolha como candidata a vice e se posicionando no final da campanha abertamente contra os imigrantes ilegais. Que esta eleição comece a varrer esses malucos de volta para as suas tocas, embora ainda demore um pouco (*vide matéria sobre o prefeito eleito do Rio de Janeiro*). Isso, claro, se Obama assumir.
McCain disse que a avó de Obama ficaria feliz em ter vivido mais alguns dias e visto o neto eleito e que era um momento histórico para os EUA, um momento a ser lembrado, pois pela primeira vez, em um país no qual as leis de segregação eram reais até três décadas atrás, um negro se elegeu. O reconhecimento do caráter histórico e a saudação aos negros foi algo assim que eu não imaginava. Pensem que há muita gente viva que sofreu na pele o peso dessas leis, que não podia sentar do lado de um branco, que tinha que ceder lugar no ônibus e que ainda hoje o racismo nos EUA é real. McCain pagou pelas suas escolhas, por se deslocar de uma posição republicana moderada para a extrema-direita e endossar uma escolha enlouquecida como a da Sara Palin. Não havia nenhuma mulher republicana que pudesse cumprir a função? Há uma senadora (*acho*) pelo Texas que é até contra o voto feminino e que diz que só está no Congresso, porque os homens americanos deixaram de assumir os seus deveres. Pegavam esta senhora.
Enfim, se Obama não valer para mais nada (*o discurso dele foi fraquinho*), vale por isso. E coloquem na conta do Bush, porque foi o seu governo desastroso que possibilitou a eleição de um negro. Quero ver também como a esposa do Obama vai se inserir, alguém como ela não pode se apagar, mas existe a sombra do que fizeram com a Hillary Clinton no primeiro governo de seu marido. Aliás, eu preferia a Hillary Clinton, que deveria ser convidada a compor o governo, mas isso já é outra história. Ah, e não se preocupem que o blog não vai virar point de comentários políticos, simplesmente, eu precisava falar, não consegui segurar: EU VI O PRIMEIRO PRESIDENTE NEGRO DOS EUA SER ELEITO!
14 pessoas comentaram:
É bom lembrar que o McCain sempre foi um adversário digno de respeito, diferente da Palin. Ele tem a sua agenda, mas expõe isso às claras, não tem medo de defender posições que são antipáticas para os republicanos (como na questão do etanol), e nunca se dobrou a orientação do partido – sempre criticou Bush.
Por outro lado, ô antro que é o partido dele...
Alexandre, ao longo da campanha ele foi criticado por ter se deslocado para a direita. Estava em todos os jornais e muitos dos eleitores certos dele se afastaram. Aceitar a Palin foi burrice e ele como candidato teve que acatar. E defendeu-a em público várias vezes. Não há desculpa.
você está mais que certa, os EUA são uma potência mundial ainda (aind aque há muitos que digam que o gigante está adormecendo de novo), e passar por esse momento histórico sem comentar nada a respeito é algo injustificável. É uma coluna de shoujo, mas ainda sim é a coluna da Valéria... e ela gosta de história =D~
Vi o discurso do Mccain ao vivo no site da CNN - foi ele que anunciou a vitória de Obama. Antes disso a própria CNN já dava Obama como vencedor.
Um dos maiores erros do Mccain foi colocar aquela mulher como vice mesmo. Ela é bush-like e tinha valores de 200 anos atrás. Como é que o cara faz uma burrada dessas. LOL.
Agora é ver se ele vai realmente fazer um bom trabalho, ou se vai fazer algo meia-boca, como Lula tá fazendo.
De qualquer forma, mesmo sendo meia-boca, ainda será melhor que Bush. LOL.
Você sugerindo uma mulher contra o voto feminino ser vice-presidente? Fiquei confusa agora...
Em comparação com Sara Palin, pelo menos ela tem décadas de "serviço" ao país.
Nossa, que vexame.
Eu prefiro minha avó como vice-presidente dos EUA do que uma mulher que quer proibir o voto feminino.
Sério, só isso faz a Sarah Palin, apesar de tudo, bem pior. Por favor, não seja política, porque pelo visto você topa TUDO por um voto (como fez McCain). Vergonhoso.
Alessandra, só publiquei seu comentário pelo absurdo do que você escreveu. Sinceramente? Antes de tudo, meus pêsames por ter uma avó que mereça ser colocada na mesma frase que a Sara Palin.
Eu estava sendo irônica. Entende isso? Bem, se não entende, melhor não visitar mais o meu blog, pois mais cedo ou mais tarde, você pode começar a acreditar que eu sou nazista, racista ou sei lá mais o quê, já que sua leitura enviesada a conduziu a pensar que eu, Valéria, faria TUDO (*Assim em caixa-alta*), por um voto.
Só alguém que não entende ironia ou não entende nada de História ou Constituição Americana poderia acreditar que alguém pudesse, em um mandato comum, democraticamente eleito, pudesse confiscar coisas como o voto das mulheres. Seria o mesmo que reavivar a Escravidão. Não é algo que esteja sequer em discussão a despeito do que qualquer personalidade enlouquecida pudesse propor.
No mais, eu, como feminista, acredito que "o pessoal é político". A cada fala mnha isso transborda em minhas colocações. Quando falei em "blog tornar-se político", me referia a comentar notícias daqui ou de qualquer lugar. Mas você não entende ironia, não entende, talvez, que cada texto meu sobre a Eloá era mais que político, não deve entender que quando falo de discriminação aos shoujo mangá ou de papéis femininos nos mangás, eu estou sendo política.
Estou escrevendo isso, não para alguém que acha que eu faria TUDO por um voto, mas para outro que talvez possam entender o que é fazer política dentro da postura teórica que eu abraço.
Enfim, é cada uma que me aparece...
McCain não é má pessoa. E a presença da Palin na chapa dele, acredite ou não, tinha MELHORADO as chances dele, atraindo pro cara os votos da extrema direita, que não votava nele por ser um republicano moderado.
Foi poucas semanas depois de a ter escolhido como vice que o McCain encostou no Obama nas pesquisas. E só ficou para trás por causa da crise econômica (ironia das ironia, historicamente os democratas eram considerados maus economistas em relação aos republicanos, hoje é o oposto!). Gostem ou não, a presença daquela doida na chapa dele quase lhe deu a vitória!
Já o Obama deveria investir em coletes à prova de bala. O presidente americano médio já é um alvo em potencial para tudo que é maluco (diabos, até o Reagan, popular como foi, levou uns pipocos de um maluco). Um presidente como o Obama atrai não apenas os malucos mas o pessoal que joga pesado! Eu prevejo que deve sofrer umas dez tentativas de assassinato antes do fim do mandato. Sofreu duas antes mesmo das eleições!
(OK, vocês podem dizer que não foram tentativas sérias, mas o Sirhan Sirhan liquidou Robert Kennedy com muito menos planejamento...)
Enfim, boa sorte ao cara. Ele vai precisar!
Pedro, acompanhando as eleições todos os dias, eu discordo de você. Palin representou um genho no primeiro momento, apra logo em seguida ser atacada por praticamente todos menos os que usam antolhos.
McCain ao ter Palin como vice perdeu mais do que ganhou. Perdeu parte dos seus eleitores moderados e como disse o Cantardo Calligaris na Folha (*posso postar aqui*), foi irresponsável. Ele tem 72 anos, saúde frágil, não colocou a "nação primeiro", ao aceitá-la como vice. Havia outras opções.
A vitória de Obama nunca esteve certa. Eu duvidava até que se consolidou. Mas os americanos se mostraram menos racistas, ou com mais medo d aPalin, ou com mais aversão a tudo que está próximo de Bush do que eu poderia imaginar. :)
Mostraram o início do discurso do McCain na Globo agora, o cavalheirismo no meio daquelas figuras enlouquecidas, algumas e vestindo como clones da Palin... Realmente, uma pena, as escolhas que as pessoas fazem. e falo de terem escolhido o Mccain ao Bush e de agora ele ter pendido para os insanos da extrema-direita, enfim...
E, de novo, emocionante foi a fala da professora primária negra: "Agora posso falar para meus alunos (negros/latinos/orientais/ETC) que tudo é possível. Que eles podem ocupar qualquer lugar!"
Mas, como o Pedro falou, e eu tambám, a vida d eObama vai estar por um fio daqui para frente.
Valeria eu gostei bem mais do discurso d Obama! Achei q ele falou mto bonito! Eu chorei quando ele tava falando e quando ele lembrou do sonho dos fundadores do eua...foi lindo d+!XDDD
fico feliz por ele!;D
Gostei do discurso dele ainda, mas a parte sobre a senhora de 106 anos.
É um peso e tanto ser a esperança de todo um país e ainda boa parcela do mundo.
De manhã não mostraram direito o discurso do Obama, mas no jornal da noite eu vi que foi igualmente emocionante. Mas ainda estou impressionada com cavalheirismo e elegância do MacCain.
Postar um comentário