Esta matéria está no New York Times e mostra que é impossível ignorar esse estilo de moda que saiu das ruas japonesas e dos animes para o mundo. Gostemos dela ou não. O link foi passado pelo ANN.
A Cidade ViSível: Uma Nova Geração de Lolitas faz o seu Manifesto da Moda
Por DABRALI JIMENEZ
Published: September 26, 2008
As Lolitas estão aqui e em abundância. Seu mundo é aquele no qual a fantasia de infância de Alice no país das Maravilhas parece colidir com toda força na Família Adams. A sua miríade de influências incluem o vestuário infantil vitoriano, o Rococó francês, a escuridão d einspiração gótica e os animes japoneses. Muitas lolitas fazem sua própria roupa ou as encomendam especialmente.
Nancy Ramos, uma assistente de fotografo de 22 anos que mora em Co-op City no the Bronx, sentiu sua primeira atração pelas lolitas no Genericon, uma convenção de anime em Troy, Nova York.
“Eu vi uma garota vestida como Lolita e pensei que era a coisa mais bonita que eu já tinha visto,” Ms. Ramos disse. “Ela estava usando um par de sapatos plataforma de bailarina, e eu nunca tinha visto nada como eles antes. Eu fiquei fascinada em ver alguém que podia andar com saltos tão altos.”
Enquanto o termo está geralmente associado ao revolucionário romance “Lolita” de Vladimir Nabokov, , sobre uma tentadora garota de 12 anos, estas lolitas insitem que não há conexão entre elas e o seu homônimo.
“Nós dividimos o mesmo nome,” diz Amber Rutland, 18 anos, de Clinton Hill, Brooklyn. Ms. Rutland, uma da City-as-School, um colégio alternativo, é uma membro ativa da comunidade de lolitas, cujo número é difícil de precisar. Ela acrescenta: “Nossa Lolita é uma garota elegante inspirada na época Vitoriana e no Rococó. Elas ambicionam criar um senso de nobreza.”
O estilo, que emergiu da cena da moda de rua japonesa nos anos de 1990, tem muitas encarnações, dentre elas Elegant Gothic Lolitas, Erotic Lolitas, Gory Lolitas, Sweet Lolitas e White Lolitas. Enquanto alguns praticante se desviam para a influência gótica com suas roupas pretas, outras enfatizam aquilo que é descrito como “beleza” expressada através das cores pastéis e lindos laços.
Em Nova York, as Sweet Lolitas são especialmente populares. “É o visual mais infantil,” Ms. Rutland diz. “Um monte de estampas são frutas e doces ou animais fofinhos.”
Saias de babados com anáguas, vestidos beby-doll, bloomers,[1] espartilhos e vestidos de gola alta, saias franzidas tudo é parte de um estilo, e nenhum look está completo sem uma sombrinha, um chapéu, uma bolsa de mão e um par perfeito de Mary Janes.[2] Rendas finas e um corte bem comportado enfatizam a grande preferência pela modéstia.[3]
Para muitas jovens mulheres, ser uma Lolita é mais do que uma forma de vestir. É um estado de mente, uma forma de viver, mesmo quando não estão vestidas de Lolita. Como Ms. Ramos sintetizou, “Para mim, Lolita é uma rebelião.”
Por DABRALI JIMENEZ
Published: September 26, 2008
As Lolitas estão aqui e em abundância. Seu mundo é aquele no qual a fantasia de infância de Alice no país das Maravilhas parece colidir com toda força na Família Adams. A sua miríade de influências incluem o vestuário infantil vitoriano, o Rococó francês, a escuridão d einspiração gótica e os animes japoneses. Muitas lolitas fazem sua própria roupa ou as encomendam especialmente.
Nancy Ramos, uma assistente de fotografo de 22 anos que mora em Co-op City no the Bronx, sentiu sua primeira atração pelas lolitas no Genericon, uma convenção de anime em Troy, Nova York.
“Eu vi uma garota vestida como Lolita e pensei que era a coisa mais bonita que eu já tinha visto,” Ms. Ramos disse. “Ela estava usando um par de sapatos plataforma de bailarina, e eu nunca tinha visto nada como eles antes. Eu fiquei fascinada em ver alguém que podia andar com saltos tão altos.”
Enquanto o termo está geralmente associado ao revolucionário romance “Lolita” de Vladimir Nabokov, , sobre uma tentadora garota de 12 anos, estas lolitas insitem que não há conexão entre elas e o seu homônimo.
“Nós dividimos o mesmo nome,” diz Amber Rutland, 18 anos, de Clinton Hill, Brooklyn. Ms. Rutland, uma da City-as-School, um colégio alternativo, é uma membro ativa da comunidade de lolitas, cujo número é difícil de precisar. Ela acrescenta: “Nossa Lolita é uma garota elegante inspirada na época Vitoriana e no Rococó. Elas ambicionam criar um senso de nobreza.”
O estilo, que emergiu da cena da moda de rua japonesa nos anos de 1990, tem muitas encarnações, dentre elas Elegant Gothic Lolitas, Erotic Lolitas, Gory Lolitas, Sweet Lolitas e White Lolitas. Enquanto alguns praticante se desviam para a influência gótica com suas roupas pretas, outras enfatizam aquilo que é descrito como “beleza” expressada através das cores pastéis e lindos laços.
Em Nova York, as Sweet Lolitas são especialmente populares. “É o visual mais infantil,” Ms. Rutland diz. “Um monte de estampas são frutas e doces ou animais fofinhos.”
Saias de babados com anáguas, vestidos beby-doll, bloomers,[1] espartilhos e vestidos de gola alta, saias franzidas tudo é parte de um estilo, e nenhum look está completo sem uma sombrinha, um chapéu, uma bolsa de mão e um par perfeito de Mary Janes.[2] Rendas finas e um corte bem comportado enfatizam a grande preferência pela modéstia.[3]
Para muitas jovens mulheres, ser uma Lolita é mais do que uma forma de vestir. É um estado de mente, uma forma de viver, mesmo quando não estão vestidas de Lolita. Como Ms. Ramos sintetizou, “Para mim, Lolita é uma rebelião.”
[1] Tipo de calças largas que eram usadas por mulheres enquanto participavam em esportes; calcinha usada pelas cheerleaders (torcedoras em acontecimentos esportivos, como no futebol americano)
[2] Salto alto estilo boneca.
[3] Modéstia aqui tem sentido de recato.
[2] Salto alto estilo boneca.
[3] Modéstia aqui tem sentido de recato.
7 pessoas comentaram:
*O* lolitasssssss!!!
E o que vc acha sobre a moda Lolita, Valéria?
Gabriela, não acho graça em praticamente nenhuma moda de rua. No caso das lolitas, o que me desagrada é a premissa da infantilização. O que se aspira é parecer com uma boneca de porcelana antiga ou uma criança vitoriana estilizada. Não vejo como saudável o desejo de ser uma coisa, tampouco a infantilização. Pode parecer inofensivo, mas não é.
Em todo caso, o visual não me agrada ou seduz. Posto, porque é cultura pop japonesa.
Eu acharia a coisa mais bacana se essa mulherada confessasse logo que se veste assim porque acha bonito e pronto. Eu acho uma graça mas uma marmanja vir me dizer que se sente uma criancinha ou se veste assim como manifesto...ora, vai arrumar o que fazer! No Brasil, só se for prá se queixar do preço do Mupy. =P
Dá-lhe, Mickey!!!
Falou bem, Michey.
Eu gosto bastante de moda de rua (não sei se falamos da mesma coisa aqui, pode estar havendo uma confusão de termos, hehe), embora eu não ache graça nenhuma naquele desfile de esquisitices que é Akihabara.
Gosto de pessoas que reinventam a moda, que pegam o que acham mais interessante e usam e não se deixam levar por modismos. Mas produções "montadas" demais não me interessam.
O que me preocupa em casos como esses é quando a pessoa começa a regular tudo, atitudes, linguajar e etc, pra virar um clonezinho do que vêm de fora.
Eu me identific muito com as lolitas. Talvez vc gostará de nosso blog de poesia retrógrada www.poesiaretro.blogspot.com
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