Matéria da UOL sobre a feira de anime e mangá acontecida no Japão. Há uma galeria de imagens aqui
Mangás e animes viram negócio em evento japonês JAM
AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL, de Tóquio
Começou nesta quinta-feira (16), no belo complexo do Akihabara UDX - localizado no bairro japonês homônimo, considerado o paraíso dos eletrônicos e de hobbies em geral -, o JAM 2008, feira em que são propostos novos negócios usando licenças de mangás e animes.
O evento ocorre até sábado (18) e integra o CoFesta -- Festival Internacional de Conteúdo do Japão --, que reúne diversas feiras de produção cultural, como o Tokyo Game Show, dedicado aos jogos eletrônicos, e o Festival Internacional de Cinema de Tóquio, que começa no sábado.
A animação e os quadrinhos japoneses já passaram das fronteiras do arquipélago e são exibidos e editados no mundo inteiro. O intuito do JAM, que significa Japan Anime Colaboration Market, é propor novos produtos usando esses personagens e expressões culturais mundialmente reconhecidos. Para isso, reúnem-se no mesmo espaço empreendedores, estúdios e fabricantes de soluções, aqueles que podem ajudar a materializar um projeto. O mercado de produtos licenciados, no Japão, é de 500 bilhões de ienes (cerca de R$ 10,7 milhões).
No acanhado espaço de 1.010 m2, vê-se desde uma espécie de lampião japonês, chamado chouchin, com motivos de personagens de anime, até uma moderna "impressora" que faz modelos de massa em três dimensões (e coloridos) a partir de dados de computador, ao preço de seis milhões de ienes (US$ 59,5 mil). Ainda havia desenhos de areia, esculturas em papelão, um programa para PC que permite fazer animes caseiros e roupas com estampas de personagens de desenhos.
Negócio sério
Mas nem todos os produtos do JAM se destinam ao lazer. O The Atom Project for Tomorrow's Earth (Projeto Astro Boy para a Terra de amanhã) consiste em usar o clássico personagem de Osamu Tezuka, considerado o pai da animação japonesa, para pensar sobre os problemas que afetam a humanidade, como a destruição do meio ambiente.
Um dos produtos é o Astro Boy Alarm, que indica há quanto tempo um produto eletrônico está sendo usado. O objetivo é fazer conscientizar sobre o gasto de energia e seu impacto ambiental. Outro, mais simples, é o adesivo Astro Boy Checker, que é colocado na pia, onde a água cai. O decalque muda de cor dependendo de quanto tempo ficar exposto à água: em um primeiro momento, a expressão é de tristeza e fraqueza, depois, de ira. Mais uma vez, o intuito é apelar para as emoções da criança e ensinar-lhe sobre a preservação dos recursos naturais.
Por falar em Astro Boy, ele - e outros personagens de Tezuka - eram presenças recorrentes no evento. O robô do bem aparece em diversas formas, de bonecos feitos de papel (papercraft) até como inspiração de cadeira que, como o móvel inspirado em "Hinotori" (outro clássico do autor), pode agradar aos fãs, mas parecia desconfortável.
Mangás e animes viram negócio em evento japonês JAM
AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL, de Tóquio
Começou nesta quinta-feira (16), no belo complexo do Akihabara UDX - localizado no bairro japonês homônimo, considerado o paraíso dos eletrônicos e de hobbies em geral -, o JAM 2008, feira em que são propostos novos negócios usando licenças de mangás e animes.
O evento ocorre até sábado (18) e integra o CoFesta -- Festival Internacional de Conteúdo do Japão --, que reúne diversas feiras de produção cultural, como o Tokyo Game Show, dedicado aos jogos eletrônicos, e o Festival Internacional de Cinema de Tóquio, que começa no sábado.
A animação e os quadrinhos japoneses já passaram das fronteiras do arquipélago e são exibidos e editados no mundo inteiro. O intuito do JAM, que significa Japan Anime Colaboration Market, é propor novos produtos usando esses personagens e expressões culturais mundialmente reconhecidos. Para isso, reúnem-se no mesmo espaço empreendedores, estúdios e fabricantes de soluções, aqueles que podem ajudar a materializar um projeto. O mercado de produtos licenciados, no Japão, é de 500 bilhões de ienes (cerca de R$ 10,7 milhões).
No acanhado espaço de 1.010 m2, vê-se desde uma espécie de lampião japonês, chamado chouchin, com motivos de personagens de anime, até uma moderna "impressora" que faz modelos de massa em três dimensões (e coloridos) a partir de dados de computador, ao preço de seis milhões de ienes (US$ 59,5 mil). Ainda havia desenhos de areia, esculturas em papelão, um programa para PC que permite fazer animes caseiros e roupas com estampas de personagens de desenhos.
Negócio sério
Mas nem todos os produtos do JAM se destinam ao lazer. O The Atom Project for Tomorrow's Earth (Projeto Astro Boy para a Terra de amanhã) consiste em usar o clássico personagem de Osamu Tezuka, considerado o pai da animação japonesa, para pensar sobre os problemas que afetam a humanidade, como a destruição do meio ambiente.
Um dos produtos é o Astro Boy Alarm, que indica há quanto tempo um produto eletrônico está sendo usado. O objetivo é fazer conscientizar sobre o gasto de energia e seu impacto ambiental. Outro, mais simples, é o adesivo Astro Boy Checker, que é colocado na pia, onde a água cai. O decalque muda de cor dependendo de quanto tempo ficar exposto à água: em um primeiro momento, a expressão é de tristeza e fraqueza, depois, de ira. Mais uma vez, o intuito é apelar para as emoções da criança e ensinar-lhe sobre a preservação dos recursos naturais.
Por falar em Astro Boy, ele - e outros personagens de Tezuka - eram presenças recorrentes no evento. O robô do bem aparece em diversas formas, de bonecos feitos de papel (papercraft) até como inspiração de cadeira que, como o móvel inspirado em "Hinotori" (outro clássico do autor), pode agradar aos fãs, mas parecia desconfortável.
1 pessoas comentaram:
Todo marketing sobre animes e mangás, até um certo momento, é saudável. Também serve para medir a popularidade de um personagem e qual autor não ficaria feliz vendo sua criação pelo mundo todo?
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