terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lost in Translation



Hoje no ANN havia link para essa matéria que saiu no site Advocate.com, que é de notícias LGBT (Lésbicas-Gays-Bissexuais-Transgêneros), explicando o que é yuri. Trata-se de um artigo introdutório com todas as limitações e problemas que algo assim possui. A autora acerta em muitos pontos, como no fato da experiência homossexual feminina ser subestimada nos mangás ou em alguns deles, mas falha, também. Oscar não é uma garota (girl), ela é uma mulher (woman) durante boa parte do mangá. Merecia ser tratada como tal. Riyoko Ikeda madrinha do yuri, eu não sei. Aliás, Ikeda não cruza a linha na Rosa de Versalhes. Ela flerta, mas não concretiza nada. E quando o faz, como em Claudine, a protagonista se mata com um tiro na cabeça. Yuri feliz é raro, especialmente nos anos 70, mas eu escolheria Paros no Ken se quisesse mostrar algo de realmente revolucionário.
Lost in Translation

O que não é gay nos quadrinhos com romances entre garotas? No Japão, tudo. Caroline Ryder explora o esquivo mundo dos mangás lésbicos.

By Caroline Ryder

O apetite da América por tudo o que é japonês é voraz – sushi, karaokê, Hello Kitty. Nos últimos sete anos a fixação nipônica se virou para os mangás, quadrinhos que têm uma estética asiática diferente e são publicados em incontáveis gêneros, incluindo romance, ação-aventura, horror – mesmo sexualidade.

Em 2007 as vendas de mangás representaram 56% dos lucros de todas as graphic novels vendidas nos Estados Unidos. E as coisas têm estado particularmente boas para os mangás no cinema ultimamente: a Warner Bros. lançou Speed Racer no início do ano, e a 20th Century Fox está adaptando Dragon Ball para 2009. As editoras americanas Harper Collins e Random House associaram-se a editoras de mangá.

Os gêneros de mangá são tão amplos que existe um inteiro subgênero que retrata o amor entre garotas. Yuri – que pode ser traduzido como lírio – gira em torno de qualquer coisa desde sexo hardcore entre impossíveis garotas pneumáticas[1] até contos adocicados sobre a atração entre colegiais onde andar de mãos dadas é o máximo a que se vai chegar. E apesar de você poder ser perdoada por pensar que yuri são histórias com enfoque gay escritas para uma audiência gay, os japoneses provavelmente vão discordar. Em um país no qual a sexualidade ainda tem muito de tabu, mesmo os mais conservadores pais e mães japoneses não se importam que suas filhas leiam mangás yuri, porque os quadrinhos não são vistos como “material gay”. (Só para constar, há também mangás com histórias de amor entre garotos, chamadas de yaoi. Cruas em sua representação dos romances e relações sexuais entre rapazes, elas são lidas principalmente por mulheres heterossexuais no Japão.)

Este pudor cultural pode ser atribuído ao conceito de tatemono honmono, um termo que se aplica ao espaço entre o que as coisas parecem ser e o que elas realmente são, diz Erica Friedman, fundadora da ALC Publishing, a única editora totalmente Yuri do mundo. “No Japão existe uma grande pressão da sociedade para que as pessoas vivam como heterossexuais, mais do que qualquer ocidental possa imaginar,” diz Friedman, que também é presidente do Yuricon, uma convenção dedicada a tudo o que é yuri nos animes e mangás. Yuri é aceito – contanto que seja percebido como parte de um mundo de fantasia.”

Para a mente occidental contemporânea, esta nuance pode causar perplexidade. No seu livro Japanamerica, Roland Kelts explica que “os códigos estritos de etiqueta que governam a vida cotidiana no Japão também permitem um extraordinário grau de criatividade e permissividade social: a liberdade de explorar outras identidades.” Então enquanto uma mulher casada pode ser capaz de explorar sua sexualidade livremente sem nenhuma censura lendo yuri no metrô, esta liberdade termina tão logo ela chegue na última página.

Pegue First Love Sisters, um classic mangá doce e inocente que, como muitas histórias Yuri, se passa em uma escola. A história gira em torno de Kizaki Haruna, uma misteriosa adolescente morena, e Chika Matsuzato, uma aluna mais jovem que desenvolve uma atração um tanto obsessiva por ela. “No momento em que encontrei Haruna-san,” Matsuzato diz emocionada, “pareceu fazer calor de repente, a própria atmosfera mudou.” É matéria romântica, que culmina com Kizaki lambendo o sorvete que sujou o rosto de Chika. Mas isso não significa que se trata de uma história lésbica, diz a ilustradora Mizuo Shinonome. “O sexo feminino... é delicado, e muda muito com experiências como o casamento e o parto,” ela escreve no final de First Love Sisters. “O amor entre mulheres deve ser visto como efêmero, luminoso e gentil.” Luminoso e gentil ele pode ser, mas efêmero? A concepção de que os relacionamentos lésbicos são coisa de colegiais, algo transitório, é clara.

First Love Sisters é publicada nos EUA pela Seven Seas Entertainment, uma das editoras mais importantes de mangá mainstream traduzindo títulos yuri japoneses para o mercado americano. O crescimento estável da demanda por material yuri reflete o boom maior do manga no país. Enquanto não existem estatísticas para os títulos Yuri, a venda de mangas nos EUA em 2007 chegou a 220 milhões de dólares, segundo a Publishers Weekly. Teóricos da cultura como Eoland Kelts dizem que o interesse pelos mangás foram estimulados depois do 11 de setembro, quando os leitores americanos se tornaram capazes de se relacionarem com as narrativas pós-apocalípticas que os mangás freqüentemente contém.[2] Qualquer que seja a motivação, a fascinação parece ter fôlego para continuar, particularmente porque os estúdios de Hollywood parecem famintos por um novo suprimento de heróis de ação, e se viram para os japoneses em busca de inspiração.

“Eu adoraria ver mais material yuri lançado,” diz Lillian Diaz-Przybyl, uma editora sênior na Tokyopop, a segunda maior editora de mangás traduzidos dos EUA. Tokyopop publicou 12 Days, uma sombria, e profundamente sentimental graphic novel da artista expatriada sul coreana June Kim sobre uma mulher que lamenta a morte de sua amante consumindo suas cinzas dentro de milk-shake por 12 dias.[3] O Yaoi estabeleceu um consistente público leitor nos EUA, Diaz diz, possivelmente porque existe uma maior demanda por temas relacionados ao masculino mas, também, por conta de um contínuo mal entendido sobre o que Yuri realmente significa. “Algumas pessoas pensam que se trata de pornografia lésbica para o público masculino – e este tipo de mangá existe – mas há muito mais do que isso,” ela diz.

Riyoko Ikeda, que é considerada por muitos como a madrinha do yuri nos círculos de mangá, criou em 1972 A Rosa de Versalhes, um dos primeiros mangas que apresenta temáticas ligadas ao relacionamento entre garotas e foi o primeiro mangá traduzido disponível comercialmente nos EUA. Ele conta a história de Oscar, uma bela menina que se veste de garoto e serve como líder dos guardas do palácio de Maria Antonieta.[4] A maioria das mulheres da corte se sentiam atraídas pela elegante Oscar e ficavam com ciúmes sempre que ela era vista em companhia feminina. A Rosa de Versalhes foi adaptada para o palco pelo Teatro Takarazuka, um teatro regional do Japão no qual as mulheres fazem tanto os papéis femininos quanto masculinos. As fãs do Takarazuka são conhecidas pela sua devoção às atrizes, e assim como acontece com o Yuri, os pais e mães vêem isso como fantasia segura, que nada tem a ver com ser gay de verdade.
[1] Deve estar falando dos seios enormes.
[2] Olha só a idéia! O crescimento do shoujo mangá explicado por suas tramas pós-apocalípticas?! Dos que saem nos EUA, só lembro de um que se enquadra de cara que é Basara. Algum outro? Olha só a explicação canhestra e excludente.
[3] OK, isso é muito doentio!!!!
[4] Oscar não é “a girl”, caramba! Ela é “a woman”, “a grown up and full woman”. :P

Hakushaku no Yousei já tem nome em Inglês



Hakushaku no Yousei (伯爵と妖精) é uma das promessas shoujo da temporada e já saíram imagens com o nome em inglês da série. Aparece escrito "Earl and Fairy" (Conde e Fada), sim sem artigo "the", nas imagens oficiais da série. Vamos esperar. Além de Conde e Fada, teremos gato na História. ^_^

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ranking da Taiyosha



Saiu o ranking da Taiyosha com somente um shoujo no top 10, Nana, que ocupa agora a 5ª posição. Desta vez, houve uma mexida boa em relação à semana passada e mesmo que alguns títulos se mantenham fortes, tanto em shoujo, quanto em josei, apareceram títulos novos. Genbu Kaiden, por exemplo, aposto que deve aparecer no top 10 da Tohan. Algumas séries voltam com seus novos volumes, como Koibana!, e acredito que este volume #14 seja o penúltimo ou mesmo o último de Crimson Hero. Já em josei a novidade fica por conta dos Harlequin que aparecem em três posições e mangás como Watashitachi wa Hanshoku Shite que é a primeira vez que eu vejo no top 10, se bem me lembro.

SHOUJO
1. Nana #20
2. Fushigi Yuugi Genbu Kaiden #9
3. Kiyoku Yawaku #8
4. Hoshi wa Utau #3
5. Kyou kara Ma no Tsuku Jiyuugyou! #6
6. Koibana! Koiseyo Hanabi
7. Kiss/Hug #3
8. Crimson Hero #14
9. Akuma to Love Song #5
10. Ouran Host Club #13

JOSEI
1. Hotaru no Hikari #12
2. Nodame Cantabile #21
3. Watashitachi wa Hanshoku Shiteiru #8
4. Itsuwari ga Ai ni Kawaru Toki
5. Sajou no Kekkon
6. Chi.Ka.Ra #1
7. Real Clothes #5
8. HR de Tsukamaete #4
9. Sheik no Senta
10. Eki Kara Gofun #2

domingo, 28 de setembro de 2008

Mais um pedacinho de Lost in Austen: Casados por 200 Anos



Lizzie finalmente conhece Darcy e diz ser casada com ele. O rapaz, claro, diz que não faz sentido e se fosse verdade ele saberia. Depois, ela mostra na net e caem no site Colin Firth - Mr. Darcy. Muito bom.

Dossiêr Riyoko Ikeda



O site francês Manga News trouxe um imenso dossiêr sobre Riyoko Ikeda e sua obra. Está muito bom e quem lê em francês não deveria perder. No final, há uma lista de sites (*todos meus conehcidos*) em inglês, francês, italiano e japonês tratando de Ikeda e suas obras. Vale a visita.

sábado, 27 de setembro de 2008

Moyashimon nos EUA



Eu falei que era questão de tempo. Agora, abrindo o ANN estava a notícia lá. Moyashimon (もやしもん) mangá gahou todos os principais prêmios como Kodansha Award e o grande prêmio do 12º Tezuka Award. Assim como fez com Nodame, a Del Rey viu longe e agarrou um mangá importante antes que ele ganhesse força entre os fãs do Ocidente. Enfim, o traço é meio sujinho, mas a idéia da série é muito legal. Façam uma busca aqui no blog e vocês vão achar várias menções a esta série. Mais um mangá que eu me verei obrigada a comprar a partir do ano que vem... Minha resenha de Moyashimon saiu na Neo Tokyo #32.

Morre Paul Newman



Está em todos os sites, Paul Newman, um dos maiores atores do cinema americano de sua época e um dos mais bonitos, também, faleceu de câncer aos 83 anos. Tinha lido tempos atrás que ele pedira para morrer em casa. Agora se foi. A ficha dele no IMDB ainda não foi atualizada. Hoje deveriam fazer reprise de Gata em Teto de Zinco Quente ou Butch Cassidy and the Sundance Kid. Agora só falta me anunciarem a morte do Kirk Douglas ou do Clint Eastwood.

Lost in Austen: Cena Final


Aí vai a cena final de Lost in Austen, quando Amanda e Darcy finalmente se acertam. Aliás, eu entendi errado a frase do episódio #3. Ela não diz que o mundo a odeia, ela diz que o mundo a odiará, se ficar com Darcy ao invés de Lizzie. Mas, voilà! Ela ficou com ele mesmo e foi muito legal. ^_^ A cena é especial para a Natania. E, sim, acabei de recriar conta no Youtube, até que deletem tudo de novo. Mas, desta vez, não vou me esforçar em colocar muita coisa, não.

"Shoujo" fora dos títulos das revistas



Matt Thorn fez um post sobre o uso da palavra "shoujo" (少女) no Japão. Ele diz que a palavra ganhou um suo coloquial, mas que entrou em declínio e que hoje se encontra fora da maioria dos títulos das revistas. Ela dá nome a um gênero de mangá, é usado no meio cultural (*ex.: shoujo cultura*), mas não está mais em evidência. Ele diz no artigo que somente a revista Shoujo Comic (Shocomi) mantém a palavra em seu título dentre as revistas shoujo e que outras fazem uso do termo, mas nada tem a ver som shoujo de fato. Ele até brinca que se mostrasse o conteúdo da revista Shoujo Kakumei poderia ir preso. Enfim, o artigo está em inglês e vale a leitura.

Ouran Host Club na TV Americana



A Funimation, TV por assinatura nos EUA que passa shoujo anime, ao contrário da nossa Animax Latina que só nos atira migalhas e vem se descaracterizando a cada dia, acabou de anunciar que Ouran será exibido na TV. Não há data ainda, mas o lançamento em DVD, pelo próprio selo da Funimation, é agora em 28 de outubro, segundo o ANN.

Novo Mangá da Autora de Peach Girl nos EUA



Papillon - Hana to Chou (パピヨン―花と蝶―) é a nova série de Miwa Ueda, autora de Peach Girl e estreou em 2006. Ela aparece sempre no ranking de shoujo da Taiyosha (*ainda não vi no top 10 geral*) e tem um traço muito bonito. Agora, de acordo com o Missión Tokyo, a série será lançada pela Del Rey, que publica Nodame Cantabile, nos EUA. Primeiro volume sai em janeiro e será trimestral. No Japão já foram lançados 5 volumes. A página do mangá na Betsufure é esta aqui. Mais uma demonstração do sucesso de Miwa Ueda. Alguém tem alguma dúvida de que Peach Girl fracassou no Brasil por culpa da Panini? Eu não tenho nenhuma.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Fansite de Chie Shinohara



Bem, bem, eu sou fã de Chie Shinohara e fiquei feliz em receber da Laura a notícia deste novo site italiano. Se não me engano, ela fez Letras Português-Italiano e domina muito bem a nossa língua. É possível trocar idéias com ela sem problemas. Enfim, o endereço do site é este aqui. Para quem não lembra, Chie Shinohara é a autora de Anatolia Story. ^_^
UFA!!!! Acho que é o último post de hoje. Não sei quando volto a atualizar o blog, viu, pessoal?

Novo Mangá Shounen de Yuu Watase



Tempos atrás falei do novo mangá shounen da Yuu Watase, pois é, agora ele já tem nome. Segundo o Missión Tokyo a série irá se chamar Arata Kangatari e estréia na Shonen Sunday que chega às bancas em 1º de outubro. O capítulo primeiro terá 51 páginas e cobrirá o espaço deixado pelo recesso de Cross Game de Mitsuru Adachi. Ao que parece a série tem um recorte mitológico, como o sucesso Fushigi Yuugi, da mesma autora. E falando nisso, o Alexandre comentou no blog dele que no dia que o Adachi morrer (*sim, ele brincou com isso*), que a Rumiko Takahashi se aposentar e que Detective Conan encerrar, a revista vai para o saco. Olha que eu aposto que a Watase, se realmente quiser ficar no universo shounen, pode injetar um bom ânimo na revista. ^_^

Os Mangás mais interessantes de acordo com os adolescentes japoneses



O site Oricon fez uma pesquisa para descobrir quais os mangás mais interessantes na opinião de 300 adolescentes japoneses entre 14 e 19 anos. Como tem acontecido em qualquer ranking por lá, One Piece aparece em primeiro seguido de Slam Dunk. Mas os shoujo e josei estão bem representados. E não vou mentir, fico feliz de não ver nem Naruto, nem Nana entre os dez mais. Mas a idade baixa dos entrevistados explica a ausência de clássicos neste top 10. Enfim, segue a lista:

1. One Piece
2. Slam Dunk
3. Dragonball
3. Death Note
5. Gintama
6. Lovely Complex
6. Nodame Cantabile
8. Detective Conan
9. Hana Yori Dango
9. Fullmetal Alchemist

Como não encontrei o endereço da pesquisa dentro do site da Oricon, passo o link do
Tokyograph e do Missión Tokyo para a notícia.

PERGUNTA: Adolescente, ou não, quais são os mangás mais interessantes para você? (*Não estou falando de todos os tempos, pois isto é muita pretensão, mas os seus favoritos*). Coloque a lista nos comentários. ^_^

Webkare: Em busca do Namorado Perfeito



Webkare é o novo hit no Japão entre mulheres na casa dos vinte anos (52% das usuárias) e de trinta anos (18% das usuárias) que combatem a solidão e o descompasso entre o mundo feminino e masculino com jogos virtuais. Lançado em 10 de setembro, a página conseguiu 10 mil filiações e cerca 3 milhões e 500 mil acessos em cinco dias. Há quatro opções de namorados e o jogo é bem interativo. Segundo o site Tech Crunch, o sucesso foi tão grande que já se pensa em uma versão para homens, prêmios especiais para membros vips, extensão para celulares e, quem sabe, a internacionalização do site. Sobre este último ponto, acredito que pode, sim fazer sucesso, ao contrário do que o redator do Tech Crunch colocou, só imagino que a faixa etária das usuárias será mais baixa.

Garotos viram Garotas Bonitas



Bem, que a tv japonesa é cheia de coisas curiosas e bizarras quase todo mundo sabe. No caso deste programa, ele mostra pelo menos duas coisas, a primeira é a fascinação pelo onagata (*ator que representa os papéis femininos no Kabuki e reproduz com perfeição a "essência do feminino*"), o segundo ponto é que as meninas realmente curtem ver este tipo de performance e não se trata d einvenção de shoujo mangá. Alguém lembra do que fazem com o Yuuki em Fruits Basket? É muito parecido com este progrmaa aí. e há vários episódios no Youtube.

Ranking da Oricon


Esta semana o Namiki (*eu sei que ele mudou de nick, mas continuo usando o antigo*) me avisou que o Oricon também decidiu publicar o seu ranking de vendagens de mangás. Diferente da Taiyosha e da Tohan, ele traz os 30 mais vendidos e informações sobre vendagens e outros. Trazendo tantas informações, ele é útil para que possamos saber a quantas anda o desempenho de um determinado mangá ao longo das semanas, isto porque ele pode sair do top 10, mas continuar vendendo bem. Esta semana não vou traduzir nada dela, mas vou pensar se traduzo a partir da próxima os dez mais ou todos. O link do ranking é este aqui.

Notícias do Takarazuka



O Igor, meu informante para questões do Takarazuka, enviou um longo post avisando das novidades do grupo. A primeira notícia é que os gaidens da Rosa de Versalhes, feitos especialmente para o Takarazuka com assessoria da própria Riyoko Ikeda, fizeram tanto sucesso que eles vão continuar ano que vem. Foi anunciado que Soragumi fará um novo Gaiden para 2009, o nome é Gaiden Versailles no Bara - Andre-hen - e terá Yamato Yuuga como André. Segundo o Igor, o Revue Dancing for you será apresentado esse ano junto com o musical Paradise Prince, mas será reapresentado junto com o Gaiden durante as apresentações no Chunichi Theater, de 1 a 23 de fevereiro de 2009, em Nagoya. Esse gaiden de André é totalmente novo e não se sabe ainda sobre o que irá se tratar..

O Takarazuka também fará seu primeiro espetáculo baseado em um videogame, chamado Gyakuten Saiban ou Phoenix Wright: Ace Attorney, como é conhecido no Ocidente. Como protagonista teremos Ranju Tomu no papel de Phoenix Wright. Segundo o diretor, serão mantidos os nomes da versão americana, porque eles têm mais a cara do Takarazuka. O musical será feito em parceria com a Capcom. As músicas da trilha sonora do game provavelmente aparecerão no musical. As informações sobre o musical vieram deste site (*clique na caixinha amarela para ver o vídeo com uma entrevista com o diretor da peça, Suzuki Kei, e uma representante da Capcom*) O Canned Dogs também deu a notícia.

Ranking da Tohan



Também com atraso, o ranking da Tohan. No top 10 geral de shoujo temos somente Nana que lidera de novo. Publicados no Brasil temos Nana, claro, e One Piece (*OK, não sei se ainda está sendo publicado, mas acredito que sim*). Já Cross Game, de Mitsuru Adachi, o 8º do ranking, entre em recesso até 2009, segundo o Missión Tokyo.

1. Nana #20
2. Kuroshitsuji #5
3. Air Gear #22
4. Ahiru no Sora #21
5. Tenjo Tenge#19
6. Hajime no Ippo #85
7. One Piece #51
8. Cross Game #13
9. Diamond no Ace #12
10. Kaikouki #37

Natsume Yūjin-Chō ganha segunda temporada



Eu não assisti nenhum episódio, então não posso comentar, mas, pelo jeito, Natsume Yūjin-Chō (夏目友人帳) fez muito sucesso. O anime, baseado em um mangá da revista Lala, terá segunda temporada estreando em janeiro, segundo o ANN. O mangá tem aparecido sempre nos rankings de mais vendidos da Tohan e da Taiyosha nos últimos tempos.

Ranking da Taiyosha



Estou publicando com atraso o ranking da Taiyosha. Nana continuou no topo do top 10 geral e algumas séries novas apareceram nos rankings específicos como Hoshi wa Utau, da autora de Fruits Basket. Os resistentes são mostram grande longevidade como Ouran e Papilon Hana To Chou, este último da mesma autora de Peach Girl. Em josei, acontece o mesmo e o topo do ranking não muda.

SHOUJO
1. Nana #20
2. Ouran High School Host Club #13
3. Hoshi wa Utau #3
4. Ore-sama Teacher #3
5. Papilion - Hana To Chou #5
6. AlaKure #8
7. Sorairo Kaigan #5
8. Venus Capriccio #5
9. Chocolate Cosmos #3
10. Rasetsu no Hana #5

JOSEI
1. Hotaru ni Hikari #12
2. Nodame Cantabile #21
3. Chihayafuru #2
4. Gogo no Ocha wa Yousei ni Niwa de
5. Real Clothes #5
6. Seinaru Hanayome no Hanran #3
7. Shikewaishi #5
8. HR de Tsukamaete #4
9. @Full Moon #1
10. Chi.Ka.Ra #1

Lost in Austen 4: Por que não mais dois episódios?


Acabei de assistir ao último episódio do seriado Lost in Austen e este foi de longe o meu favorito. Elizabeth apareceu e a personagem foi tão bem retratada que pedia um episódio inteiro no século XXI. Faria grande diferença ter Darcy, Amanda e Elizabeth circulando na Londres contemporânea por pelo menos um capítulo. Tudo durou no máximo 15 minutos. Foi tudo muito corrido, e este é o defeito, o único defeito desse hilário e romântico último episódio.

O capítulo passado me decepcionou um pouco, mas já superei. O Wickham – mesmo que não me convençam com a história do mal entendido com a Georgiana – foi uma contribuição interessante. Não entendi porque cismou de ajudar Amanda, aliás, eu realmente preciso das legendas para compreender melhor algumas coisas (*reassistindo o episódio com legendas em inglês, percebi que não há explicação MESMO*). Já Darcy, depois de dar um passa fora na protagonista ao descobrir que ela não era mais virgem, fica aflito com a possibilidade de perdê-la e sente-se culpado por causa das confusões que Bingley vem causando. E, claro, seu noivado com a irmã de seu melhor amigo não teve muito futuro, não. Aliás, Carolina Bingley mal aparece, já Georgiana, não deu as caras.

Quando Bingley foge com Lydia, Amanda fica enlouquecida com o desastre que causou e com a tristeza de Jane. Nada acontece entre os dois, aliás, não era este o objetivo, mas aquele delírio de Mrs. Bennet no livro, de que o marido iria desafiar o sedutor para um duelo, realmente acontece. E Mr. Bennet se fere gravemente. Amanda ajuda no curativo, se estranha com Darcy e depois sai correndo desesperada, porque precisa encontrar Elizabeth. E eis que uma porta – não a original – a leva de volta às ruas de Londres. Ela está em casa e precisa achar Lizzie raidamente para que ela a ajude e veja o pai ferido. Destaque para a cena em que Amanda escova os dentes obsessivamente. Quem viu o primeiro capítulo vai entender. ^_^
Ela encontra o namorado xarope, que obviamente está se sentindo culpado pelo que fez. Ele observa que ela está mais gorda (*e estava se desculpando*) e a pede em casamento. :P Ah, e ele sabe onde está Elizabeth. A melhor amiga de Amanda lhe arranjou um emprego de babá. Amanda vai de moto com o namorado atrás de Lizzie e quem ela avista na rua? Mr. Darcy! Ela desce e larga o pastel plantado sem perceber. Darcy acha a Londres de Amanda um inferno, mas acredita nela, e, claro, diz que não se importa mais se ela é virgem, ou não, pois a ama. Ponto para ele.

Eles encontram Elizabeth, depois, claro, de alguns incidentes, como uma fala racista involuntária de Darcy no ônibus. De novo tudo foi rápido demais! Quantas possibilidades perdidas! Já Lizzie, ao contrário de amanda, está muito bem obrigada. Arrumou um emprego, domina internet, celular e tudo mais que aparecer. Tem cartão de crédito e está feliz porque o mundo mudou e existem muitos horizontes para as mulheres. A cara de Darcy foi ótima quando ela diz que tem que falar com os patrões, "Dr. and Mr. Rosemberg". Ela explica rápido que o doutor é ela. Outra oportunidade subaproveitada, discutir a condição feminina, mas a mensagem ficou, ou pelo menos assim eu acho. Lizzie tinha algo de proto-feminista naquele seu mundinho chato do início do século XIX, e, sim, ela se realiza ao chegar na Londres contemporânea. O detalhe interessante é que ela sabe que é uma personagem literária.
Quando ela reconhece Darcy, arregala os olhos e solta que é casada com ele. O que, claro, faz Mr. Darcy dizer que se fosse verdade ele saberia. E ela explica que isso está no livro e que são casados há 200 anos. E prova mostrando na internet uma página chamada “Colin Firth - Mr. Darcy”. É bonitinho os dois olhando a tela do lap top com Darcy pasmado. Amanda fica com um ar triste, pois ela sabe que só tem a perder, mas é preciso voltar para o livro.

De volta ao apartamento de Amanda, Lizzie não consegue abrir a porta. Amanda é quem tem que abrir e precisa ir junto com eles. Destaque para o namorado mala dando tiro no próprio pé ao soltar algo que foi quase um “Ou ele ou eu!”. Bobinho... Lembrei da Rosa Púrpura do Cairo, mas desta vez a mocinha não escolheu errado. Afinal, é o Mr. Darcy!!! Como o sujeito é tolo o suficiente para fazer esse tipo de pergunta cretina? Enfim, Amanda nem pensa duas vezes, pois é preciso levar Lizzie de volta. Ela quer que sua melhor amiga vá junto. Engraçado é que a moça dispara “Eu sou negra!”. “Ah, mas são só 20 minutos!”. “Não, não posso viver sem chocolate, eletricidade e algo que não entendi (*imaginei que ele tenha dito papel higiênico... será que acertei?*)”.
De volta ao passado, Darcy se comporta de forma estranha, parece ter esquecido de tudo, por outro lado, as coisas começam a entrar nos trilhos. Jane enfrenta Collins, Lady de Bourgh decide ajudar a anular o casamento desde que Amanda vá para longe de Darcy, e Mrs. Bennet mostra juízo ao confrontar a Tia de Darcy. Ah, eu adorei o final de Jane e Bingley. ^_^ Eles decidem fugir para a América, uma sociedade mais aberta, e viver longe dos preconceitos de Londres. Ah, e todos os seus filhos e filhas se chamarão "Amanda". :P Em qualquer versão os dois são sempre fofinhos demais.

Amanda beija Darcy enquanto ele dorme, ou parece que dorme... É um momento bem terno, um beijo de despedida. No dia seguinte, tenta fazer com que ele e Lizzie se aproximem. Darcy e Lizzie decidem cumprir com seu dever, cientes de que são personagens de um livro. E Lizzie bem que se esforça, mas, ela quer ser uma mulher moderna! Ah, por que não abriram para discutir melhor essa questão? Lizzie certamente é muito mais inteligente e capaz do que Amanda, isso ficou claro, e mostrá-la se virando e divertindo-se em Londres seria muito mais enriquecedor para a minissérie. Por fim, Lizzie volta para o século XXI com a bênção do pai e Amanda, bem, ela fica com o Darcy. Yessss!!!! Eu gostei do final... e gostei do diálogo final... E espero ter entendido direitinho... Que saiam legendas logo para que eu possa confirmar...
Agora, pelo que vi nos fóruns ingleses, tem gente que odiou, odiou, odiou... :D E um dos comentário do Amazon.uk também foi na mesma linha... Quer saber? Eu não me importo em correr para o seriado de 1995 de novo, mas, com certeza Lost in Austen foi muito legal. Me fez rir muito em um momento em que me encontro sob muita pressão e amanda concretizou o sonho de muitas leitoras de Pride & Prejudice que é ficar com Mr. Darcy no final. Teve seus pontos baixos? Ah, sim! Pontas soltas? Com certeza!@ Mas foi muito bom. E Lizzie preferiando o século XXI, não tem preço! ^_^

Mais dois episódios fariam muita diferença, mas não aconteceu. Fazer o que? Para mim, Lost in Austen tem o segundo melhor Mr. Darcy que já vi. E, sim, adoraria que lançassem o livro, versão romanceada da série. Aliás, que venham mais seriados baseados em fanfics. ^_^ Eu compraria no ato. Aliás, tenho que me segurar para não comprar os DVDs. Espero que lancem logo as legendas.

Brasileiras Publicam pela Tokyopop



Esta notícia deveria ter sido dada na terça-feira, mas eu fiquei esses dias off, então entra somente hoje. Duas brasileiras estão publicando pela Tokyopop. :) O nome da série é Veritas Kiss e as autoras são a Kari Ellison e a Tabby Kink (*que sempre visita este blog*). Tenho muito orgulho delas e desejo a maior sorte do mundo. É bom ver duas coisas acontecendo, a primeira são brasileiros ganhando visibilidade no mercado de quadrinhos, a segunda, e que me agrada bem mais, é ver que alguns desses artistas são mulheres.  É o Clube do Bolinha sendo derrubado e, porque não dizer, os animes e mangás foram e são um incentivo para muitas garotas.
Só corrigindo: somente a Tabby Kink é brasileira. Eu me enganei.  

Não se preocupem, eu estou bem!



Pessoal, sei que quem visita este blog regularmente deve estar estranhando o meu sumiço, mas não precisam se preocupar (*Adorei receber seu telefonema, Natania!*).  Esses dias eu realmente não tive muito tempo para respirar e será mais ou menos assim até o fim de outubro.

Marquei minha banca de doutorado. Será no dia 31 de outubro. Mas, claro, a tese não está exatamente pronta, então, até que eu ajeite tudo, vou ficar meio off. Se tudo correr bem, iniciarei novembro sem um grande peso nos meus ombros, se correr mal...

Além da correria da tese, semana passada foi prova no Colégio Militar, e por conta da minha licença no primeiro semestre, fui escalada para todas as fiscalizações. Tive que acordar 5:30 todo dia e ainda fiquei gripada. Terceira gripe em mais ou menos dois meses. Estou com a minha imunidade baixa, imagino que seja o estresse. Depois, veio a correção das malditas provas. 12 páginas de prova, 36 alunos por turma em média, cinco turmas. Antes que alguém me chame de louca, aviso que as provas no Colégio Militar são essa monstruosidade mesmo, mas eu não faço as provas, não sou coordenadora, eu só corrijo e ouço as reclamações dos meus alunos e alunas.

Para fechar, vou ser transferida para o terceiro ano. Deve acontecer na semana que vem. Daí, fico me dividindo entre primeiro e terceiro e terei que estudar e correr para acompanhar o pique. Enfim, é isso. Só abri um espeço para assistir Lost in Austen. Daqui a pouco comento o episódio final.

É isso, não se preocupem, mas saibam que fico feliz pelo carinho.

domingo, 21 de setembro de 2008

Quadrinhos para Mulheres Adultas



Não tinha visto antes, mas o Sequential Tart colocou no ar a primeira parte de uma matéira sobre quadrinhos intitulado Comics for Grown-Up Women, Part 1 - Tramps Like Us and Other Josei Manga. Tramps Like Us é Kimi Wa Pet!, e até hoje não entendo essa escolha de nome. Enfim, a matéria está muito boazinha (*mas não vou traduzir*) e prestando toda a homenagem a este mangá muito divertido, além de falar de uma das minhas josei mangá-kas favoritas, a Erica Sakurazawa, além de elogiar Suppli, que eu ainda não conseguiu me convencer muito. Logo de saída, a autora, Margaret O'Connell, manda uma pancada boa ao expor a ignorância e limitação da Gwyneth Paltrow que na onda de Homem de Ferro disse em uma entrevista que quadrinhos são coisas de garoto. Pode ser para quem só conhece comics mainstream. De qualquer forma, esta semana sai a segunda parte.

Para ler e ver



Segue uma matéria interessante do Correio Braziliense sobre as adaptações da literatura (*e não vou falar de Ciranda de Pedra ainda, mas aquilo guarda pouco parentesco com o livro original*) para a TV e de como este tipo de produto vem sendo abandonado. Aliás, é lamentável, especialmente porque eu sou constantemente apresentada a certos livros pelos filmes, minisséries e mesmo novelas. Esse suposto abandono só me faz lamentar, especialmente quando há tantos bons livros para serem adaptados e em outros países isso é tão comum, vide a Inglaterra com a BBC, a ITV e sabe-se lá quais outros canais.

Bem, país sem história, povo sem memória, como dizia o slogan de uma das camisas do meu tempos de graduação. E a literatura é uma das formas de memória, também. Há excelentes livros da nossa literatura por aí para serem adaptados. Basta ver que nossa novela de maior sucesso internacional, Escrava Isaura, é baseado em um livro (menor) da nossa literatura. Não precisa ser livro sobre décadas ou séculos passados, pois Queridos Amigos foi uma das melhores minisséries que a Globo fez nos últimos tempos. Eu tive um prazer enorme em assistir e estou esperando o lançamento do DVD para comprar. Mas quando vejo que até fanfics são transformados em série (*e livro antes disso*) na Inglaterra, vide Lost in Austen, tenho vontade de chorar. E é isso que me resta, reclamar e assistir as séries inglesas, às vezes alguma francesa ou americana, e quando posso, aproveitando o dólar baixo, comprar albumas delas para a coleção.
NOVELAS
Para ler e ver

As tramas adaptadas de obras literárias se sobressaem pela qualidade do texto, mas perdem espaço na tevê

Mariana Trigo
TV Press

Há tempos, tramas inspiradas ou adaptadas de clássicos da literatura eram quase sempre garantia de êxito na tevê. Atualmente, nem sempre textos reconhecidos são sinônimo de boa audiência. Enquanto mutantes chamam a atenção na Record, por exemplo, a Globo pena com a insatisfatória audiência de Ciranda de pedra. A novela de Alcides Nogueira, adaptada do livro homônimo de Lygia Fagundes Telles, é exemplo de qualidade dramatúrgica que passa despercebida, quase que empoeirada em seus cenários de época. “Falo sobre relações muito delicadas, o universo duro e visceral da Lygia. É prazeroso levar uma obra literária a milhões de telespectadores”, consola-se o autor.

Manoel Carlos, que adaptou a novela A sucessora, em 1978 – do romance homônimo de Carolina Nabuco –, é um dos primeiros autores a defender os clássicos da literatura na tevê. O autor afirma que, após 30 anos, sonha em reescrever o romance para a telinha. “Mas a Globo não me deixa fazer adaptações. É uma pena! Nossa tevê precisa muito disso”, avalia Manoel. Segundo consta, depois da adaptação da minissérie Presença de Anita, do livro homônimo de Mário Donato, a emissora não permite que ele faça adaptações por ser um dos raros autores a assinar roteiros com credibilidade.

Já na Record, o panorama é outro. A atual fase bem-sucedida da emissora iniciou com duas adaptações literárias: A escrava Isaura, transposta em 2004 do romance de Bernardo Guimarães por Tiago Santiago, e Essas mulheres, de 2005. Assinada por Marcílio Moraes, a trama foi inspirada nos clássicos Senhora, Diva e Lucíola, de José de Alencar. “Tenho projetos para outras adaptações literárias, com textos de Shakespeare, Aluísio Azevedo, Dostoiévski, Goethe e José de Alencar”, entrega Marcílio, que no momento está ocupado em escrever uma série de ação para a emissora.

Mas nem sempre as tramas moldadas na literatura são de época. Recentemente, Maria Adelaide Amaral transformou seu romance Aos meus amigos na minissérie Queridos amigos. “No início, não me dei conta de que estava, pela primeira vez, fazendo um trabalho exclusivamente meu para a tevê”, lembra a autora, responsável por transpor para a televisão obras como A Muralha, de Dinah Silveira de Queiroz, Os Maias, de Eça de Queiroz, e A casa das sete mulheres, de Letícia Wierzchowski. Diferentemente da colega, Ana Maria Moretzsohn passou um sufoco quando adaptou Serras azuis, na Band, há 10 anos. Temeu as críticas do autor do romance, Geraldo França de Lima, ainda vivo à época. “Acaba sendo complicado porque queremos agradar o autor”, explica Ana.

Diversão didática

A tevê é um veículo de massa e a população tem muito pouco acesso à literatura no país. Para conseguir divulgar amplamente grandes clássicos literários, a inspiração e adaptação de obras funciona como entretenimento. Sem didatismos enfadonhos, atrair a atenção do público com grandes histórias de autores renomados pode fazer com que a população que mal abre livros seja contemplada com clássicos. Para muitos autores de novelas, o resgate de jóias literárias poderia ser mais incentivado nas emissoras. “Isso deveria ser obrigatório em todas as tevês”, defende Marcílio Moraes.

Ricardo Linhares não só concorda e acredita que, em diversos momentos, as emissoras não prezam pela qualidade das novelas que colocam no ar. Muitas vezes as histórias não passam de produtos que devem ser rentáveis e as emissoras apelam para textos rasteiros, em busca de uma satisfatória audiência. “Seria interessante se houvesse um horário dedicado a adaptações literárias, talvez numa emissora do governo, sem compromissos com a audiência. Mas que privilegiasse a qualidade e o resgate da nossa literatura”, argumenta Ricardo.

Em parceria com Aguinaldo Silva, Linhares foi responsável por adaptar algumas obras de Jorge Amado para a tevê. Porto dos milagres foi inspirada em Mar morto; Tieta, no romance homônimo. “Os personagens de Jorge são sempre humanos, pitorescos e contraditórios. O nome dele é uma grife. O grande problema da literatura é que ela não tem fôlego para segurar 200 capítulos na tevê”, constata o autor.

Mesmo assim, Gilberto Braga fez história com algumas de suas adaptações. Para implantar o horário das seis em novelas, a Globo pediu que o autor se inspirasse nas tramas Helena, de Machado de Assis, e Senhora, de José de Alencar. A primeira se transformou numa mininovela de 20 capítulos em 1975 e estreou a faixa das seis da emissora. Senhora, por sua vez, foi ao ar no mesmo ano, na seqüência. “Dias Gomes dizia que só havia desvantagens em adaptações. Se ficasse bom, o mérito seria do autor. Se fosse um desastre, a culpa seria do adaptador”, diverte-se Gilberto.

Nem todos concordam com Dias Gomes. Obras de grandes autores da literatura nacional e internacional podem sustentar, pelo menos, o esqueleto de uma boa história, com argumentos e personagens que trazem credibilidade a tramas bem estruturadas. Uma promessa disso é a minissérie Capitu, de Luiz Fernando Carvalho, adaptada do clássico de Machado de Assis, Dom Casmurro, prevista que estréia até novembro na Globo.

Revista Especializada em BD sai no Japão



Euromanga é a primeira revista japonesa especializada em BD, isto é, Bande dessinée, como os franceses chamam os quadrinhos. A capa no número 1 é esta aí em cima e tem página oficial na net. Sai em sentido ocidental, o que me faz lembrar das infindáveis discussões de uns anos atrás do pesosal que queria espelhar mangá porque era impossível para nós aqui conseguirmos ler e apreender a narrativa. O sucesso dos mangás sepultou essas discussões e as vozes do apocalipse ou se calaram (*mas torcem secretamente por uma crise dos mangás para poderem voltar ao assunto*), ou mudaram de lado (*alguns fingindo esquecer o passado*). Como eu já dizia naquela época, os japoneses, chineses e outros que não lêem no mesmo sentido que nós na sua vida diária, mas que são capazes de consumir produtos em sentido ocidental devem ser gênios, ou, claro, as pesquisas usadas para tentar convencer da necessidade do espelhamento de mangás foram feitas em outra época, com outros objetivos e, muito provavelmente, já estão superadas pelas evidências.

Filme sobre Louisa May Alcott



Recebi a notícia por e-mail hoje. Está em produção um filme, para a TV, sobre Louisa May Alcott, autora de Little Women e o nome já diz tudo, Louisa May Alcott: The Woman Behind Little Women. Fui procurar mais informações e parece ser um docudrama. Espero que fique tão bom quanto um sobre as Seis Esposas de Henrique VIII (*o site oficial da série é um espétáculo, mas perdi o link por enquanto*) que assisti ao longo da semana. A estréia é em 2009.

Aliás, achei engraçado ver Alcott no livro da Contexto sobre os 50 maiores educadores. Mas o que é Little Women ou Little Men do que um manual de bom comportamento? Enfim, acabei tropeçando em um artigo sobre a autora que dá a idéia de sua grandeza. Só a compara com a Jane Austen como se ambas escrevessem apra o mesmo público. A audiência de Alcott começa mais cedo, mesmo que burras velhas como eu ainda sintam prazer lendo Little Women, é a mesma das leitoras de Heide e, não, de Orgulho e Preconceito.

Anime póstumo de Akira Kurosawa



De acordo com o Missión Tokyo, em 2010, centenário de nascimento de Akira Kurosawa, será lançado um anime baseado no último roteiro escrito pelo diretor que faleceu em 1998. O nome do filme é A Máscara da Morte Vermelha e seria baseado em Edgar Allan Poe. Kurosawa fez outros filmes baseados em obras ocidentais, como Ran, que é uma versão do Rei Lear de Shakespeare. Agora é esperar para ver como ficará o produto final, já que o diretor faleceu antes de poder filmar o roteiro.

Miman renai: Mais um Mangá Pedófilo



Passando pelo Canned Dogs havia uma resenha de mangá Miman renai (未満レンアイ) da Comic High! que me parece o próximo forte candidato à mangá pedófilo que receberá um anime rapidinho e vai cair no gosto de muita gente que curte essas pseudo-histórias de amor. Vejam o enredo: programador de 29 anos, solteiro, especialista em eroge (*jogos pornográficos com menininhas bonitinhas*) e que trabalha no ramo, não tem nenhum interesse por garotinhas como aquelas que ele coloca nos games. Um belo dia o cidadão está em um restaurante familiar (*deve ser um ryotei, como o de Crimson Hero*), uma garotinha fofinha de 13 anos (*que acredito ser idade de consentimento por lá*) aparece do nada e se desculpa dizendo que não poderia namorar com ele, apesar de uma amiga ter marcado o encontro. Claro, era tudo um mal entendido, mas o rapaz se apaixona pela menininha e não consegue tirá-la da cabeça. Com um pouquinho de sorte é o novo hit da temporada, ou seja, a produção de pedofilia disfarçada no Japão é infinita.

Velhas Histórias, Novas Narrativas



Este é o título de uma entrevista que está no site americano Newsrama falando de outro lançamento (pseudo)cristão caça níqueis chamado Mecha Manga Bible Heroes. Isso mesmo, pegamos a palavra mágica "mangá", que pode ser aplicada a qualquer coisa que se queira vender, mais a palavra "mecha" que é mágica quando chega aos ouvidos ou olhos certos e a Bíblia, porque a maioria dos cristãos não vai querer atear fogo na editora e... Voilà! Eis aí o novo lançamento genial! Gostaram? O primeiro número é Davi contra Golias. Eu realmente posso estar de má vontade, mas eu não estou com paciência para esses golpes.

Aliás, alguém folheou o Mangá Bible da JBC? Como diz uma amiga de Orkut quando lê alguma aberração, JMC ("Jesus me chicoteia!")! O que é aquilo? Um amigo de faculdade chamaria de "visão do inferno", mas acho que nestas paragens as coisas devam ser melhor construídas, e estou falando de narrativa, imagem e tudo mais que supostamente um quadrinho - qualquer quadrinho - deva ter. Trocando em miúdos, não vou traduzir a entrevista, mas o cara que está vendendo o peixe realmente acredita no potencial do material junto aos nichos cristãos (*e eu não vou negar que ele possa estar correto*), que a idéia é genial e que pode atrair as pessoas para o original. Vamos esperar, pois possivelmente esse negócio vai sair por aqui.

sábado, 20 de setembro de 2008

Terminei Alpen Rose



Ontem finalmente chegou o meu último volume de Alpen Rose (アルペンローゼ). Como já comentei aqui (*há vários posts, basta jogar "Alpen Rose" na busca*), estava comprando da Itália usando o E-Bay. A greve dos correios e, talvez, a falta de alguém que recebesse as correspondências (*o porteiro do prédio em frente é quem recebe as nossas cartas e encomendas, porque meus vizinhos consideram a presença de um porteiro algo dispendioso e supérfluo. Logo, se o rapaz não está, podemos ficar sem as correspondências*) o volume oito, o último, se extraviou. Pois bem, como estava tratando com um vendedor honesto e mais do que isso, prestativo e gentil, reenviou o mangá para mim. Postou dia 10 de setembro na Itália e ele chegou ontem. Grazie, Pierugo!

Alpen Rose é uma série de 1983, mas ao contrário de outras contemporâneas e até posteriores, ela não envelheceu tanto. Por conta disso, eu posso imaginar a série publicada hoje sem ter como única destinação os fãs de shoujo mangá clássico, pois ela se mantém fresca, interessante, dinâmica e, sim, pode ser utilizada até como material paradidático nas aulas de história do 9º ano (*antiga oitava série*). A arte é old school, mas naquilo que tem de melhor. Michiyo Akaishi dsenha muito bem e bonito, seu único ponto fraco é a dificuldade de desenhar pessoas de meia idade convincentes, mas isso com o tempo – já que está em atividade ainda hoje – ela remediou. Aliás, ela é exímia desenhista de cenas de ação, armas e armamentos. Pena que façam tão poucas scanlations das séries dela.

O pano de fundo histórico, os anos anteriores e a própria II Guerra Mundial, é bem sólido, e a autora parece ter tido um imenso prazer em pesquisar e organizar dados, diz que inventou a música Alpen Rose (*que poderia ter sido usada na abertura do anime, mas não foi*) e apresenta várias das informações de forma resumida nas free-talks. O tom pacifista atravessa toda a série, com a exaltação do papel da Cruz Vermelha, da neutralidade suíça, país ponto de origem da série, assim como a condenação das bombas de Hiroshima e Nagasaki com Jeudi – a protagonista – em prantos e Lundi a consolando dizendo que uma guerra como aquela jamais voltaria a acontecer, pois os seres humanos aprenderam a lição e ensinariam seus filhos a resolverem seus problemas sem tal derramamento de sangue. Sabemos que não é bem assim.

Ao longo da história, as personagens crescem, a trama política ganha mais consistência e substitui a da procura pela família (*Jeudi acha sua mãe na metade do mangá e recupera a memória, obviamente*) e a autora amadurece de forma convincente o casal de protagonistas. No final, ela explica algumas idéias que foram abandonadas ao longo da história, como o longo sumiço de Lundi, e que para amadurecer a personagem, optou por colocá-lo usando terno e gravata. Enfim, as imagens bônus no final são excelentes. Uma delas – Lundi como cavaleiro medieval carregando Jeudi no cavalo – serviu de inspiração para a abertura do anime. Falando em anime, aliás, poderia ter sido um clássico se entregue em mãos competentes, pois o mangá é muito bom. Alpen Rose é infinitamente superior à Candy Candy com seus mil absurdos, por exemplo. E eu sou fã de Candy Candy, mas Alpen Rose teria tudo para marcar muito mais.

Ao tentarem imitar Candy Candy (*Jeudi jovem enfermeira no início do anime*) e limarem as discussões mais sérias, como a questão geo-política (*e ainda assim foi o anime mais censurado na Itália e na França em todos os tempos*), além da violência e do conteúdo sexual o anime se tornou somente mais um na multidão. E eu explico que não há sexo em nenhum momento do mangá, mas Jeudi passa por situações difíceis e é alvo da perseguição obsessiva (*e pedófila*) do Conde Georges Du Gourmont que é o tipo de vilão que você odeia, que é um mala sem alça (*quase morreu e voltou um sem número de vezes*), mas que no fim desperta simpatia, pois ele via na heroína a mulher que a muito havia perdido.

Há também o irmão mais velho de Lundi, Jean-Jacques, que anda na fina linha entre a vilania e o heroísmo, sendo aliado dos nazistas, apadrinhado do Conde e um exímio assassino. Mas também ele tinha um coração e coloca-se em risco para salvar Jeudi do Conde já completamente louco. Sua morte deixa Lundi desesperado, mas ele retorna e entrega um buquê de alpen roses no dia do casamento de Lundi e Jeudi. Eles não o vêem, mas sabem que ele está vivo. Também no final da série, Leon, o andrógino gênio da música, acaba cortando os cabelos, e deixa de ter aquela aparência "Lady Oscar" que marca tantas personagens em séries shoujo e nem tanto (*como Lenda dos Heróis Galacticos*) até hoje. Ele chegou a cortejar Jeudi, quando Lundi foi dado como morto, mas a menina deixou claro que só desejava a sua amizade.

Sim, tudo termina em casamento. Afinal, as protagonistas enfrentaram um sem número de percalços e nada mais justo. O primeiro beijo foi no primeiro volume. Por mais que outros interessados pudessem atravessar o caminho dos dois, ambos permaneceram fiéis e foram recompensados. No final do mangá, Jeudi é uma enfermeira (*isso é colocado no início do anime*) e Lundi estudante de medicina comprometido com a missão de atender a todos que deles precisassem, amigos ou inimigos, pois esta é a nobre missão da Cruz Vermelha e uma das formas de tentar construir um mundo melhor. Dinheiro muito bem investido.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Lost in Austen: Será que haverá segunda temporada?



Eu não vejo muito espaço apra isso, salvo se eles tiverem muita imaginação... Mas enfim, é muito rolo para resolverem em um episódio só. De qualquer forma, eu suspeito que possamos ter mais episódios. Toda página que entro está com Season 1. Se eles tivessem construído a história a partir da idéia de uma leitora que viajasse por dentro dos livros, mesmo que fossem só de Jane Austen, acho que seria um bom mote para um bom número de episódios, só que do jeito que começou a série... Bem, vamos esperar...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Mangás que terminam



Tanto o Denka World como o Missión Tokyo noticiaram o final de Chocolate Cosmos (チョコレートコスモス), que apareceu no ranking da Taiyosha esta semana. A série se encerrou na edição 11 da Ribon e contará com quatro volumes. A autora da série, Nana Haruta, estreou como mangá-ka aos 15 anos, é uma das estrelas da revista Ribon e Chocolate Cosmos é sua terceira série. Love Berrish é sua série mais famosa no Ocidente até o momento e ela não deve ficar parada, pois a Ribon precisa de suas estrelas produzindo, já que é uma das antologias japonesas que passa pela maior crise de vendas.

Outra série que se encerra é Kitchen Princess (キッチンのお姫さま), desta vez, na revista Nakayoshi. A série de Miyuki Kobayashi e Natsumi Ando contará com 10 volumes. Kitchen Princess é um dos shoujo mais populares dos Estados Unidos no momento e apareceu muito bem entre as 20 graphic novels mais vendidas. Como curiosidade o Missión Tokyo diz que junto com o final da série foi publicada uma novel chamada Kitchen no Ohime-sama ~Tenshi no keeki wo sagase!~.

Lost in Austen 3



Hoje tive um dia infernal, perdi tempo, precioso tempo. A única coisa que poderia salvar meu dia: Lost in Austen. Mas o que foi aquilo? Que foi? Eu estou traumatizada.

Bingley virou alcoólatra e Jane está infeliz. Já Wickham foi realmente injustiçado por Darcy e é um cavalheiro. Georgiana é uma enlouquecida. Ela seduziu Wickham e parece que pirou na batatinha por conta da pressão e do medo que sente do irmão. Já Miss Bingley mostrou-se uma lésbica perversa, se declarou para a Amanda e propôs um triângulo com o Darcy, a quem ela deseja como marido de fachada. Já Mr. "camisa molhada" Darcy é um imbecil (*a jerk! a complete jerk!*) e ficou noivo da irmã do Bingley nas cenas do próximo episódio!!!!

Enfim, a Amanda - e nós todas - descobriu que o livro enlouqueceu e Elizabeth, claro, não deu as caras. Sim, eu sei que a série é um grande fanfic. Eu estou achando interessante, mas como todo fanfic, a gente nãoconsegue concordar com tudo e eu detesto quando pegam personagens que eu gosto e tocam terror com elas. De tudo que desgraçaram na história, o que mais me incomoda é a mudança com o Wickham. Sim, pois ele não tinah uma única nódoa, ele era um mau caráter consumado e o caso com a Georgiana foi um detalhe em uma carreira sórdida. Não dá para limpar a barra dele, sem salpicar o Darcy. Enfim, mas eu não perco por nad ao próximo episódio por nada!!! Só duvido que desatem os nós que fizeram em 40 e poucos minutos.


Como alguém me informou, todos os vídeos de Lost in Austen estão sendo tirados do Youtube. Logo, não sei o que esperar do próximo episódio. Queria um preview melhor que o do fim do episódio três (*Bingley fugiu com a Lidya!!! Com a Lydia, entenderam?*), porque não imagino como isso tudo vai terminar, não. Não sei mesmo... Tampouco sei dizer se gostei ou odiei este episódio maluco. Falando nisso, fui buscar o livro lost in Austen. Trata-se de uma espécia de RPG ou algo do gênero. Foi a fonte de inspiração apra a série, mas de forma muito tênue.
Tenho lido umas coicas loucas em uns fóruns. Houve uma criatura que disse que este Darcy era melhor que o do Colin Firth!!! Como diz minha amiga Sett, esse pessoal deve postar essas coisas sob efeito de drogas pesadas.

Lost in Austen 3: Download



Estava cansda e nem vim checar de madrugada, mas o torrent, como eu suspeitava, caiu na rede mais cedo. Eis o link para o episódio de ontem, o terceiro de quatro. Amanda consegue fazer Darcy entrar no lado. ^_^ Quando voltar do trabalho já deve ter baixado. Para download, clique AQUI.

Bugs! Bugs! Bugs!


Olhando agora para os links do blog, percebi o sumiço de um monte deles. Quem estava na lista e não está mais, não fique chateado. Assim que puder, coloco tudo de novo. Só falta este maldito lay-out novo ter limite de links. Percebi o sumiço de uns 10 links, desde blogs de amigos, até sites interessantes. Ô diazinho infernal...
Reverti para o modelo antigo. Ah, dane-se, depois eu vejo como conserto esse negócio.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ranking da Tohan



Saiu o ranking da Tohan com os mesmos três shoujo que estavam no da Taiyosha: Nana (1º), Ouran Host Club (3º) e Kaichou wa Maid-sama! (9º). Fiquei surpresa com a força de Ouran que subiu de 5º para 3º ao invés de cair. Por que afinal não fazem a continuação do anime? Serve OAV, sem problema.

1. Nana #20
2. One Piece #51
3. Ouran Host Club #13
4. D. Gray-man #16
5. Lucky☆Star #6
6. Kateikyoushi Hitman Reborn! #21
7. Angel Heart #27
8. Gintama #25
9. Kaichou wa Maid-sama! #6
10. Steel Ball Run! #16

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ranking da Taiyosha



Confesso que eu não tinha visto um ranking da Taiyosha tão esculhambado quanto esse. Já houve vezes de colocarem shoujo como josei e vice-versa, entupir o top 10 josei com mangás BL, mas desta vez, tanto o top 10 shoujo, quanto o josei, tem um um shounen ocupando o primeiro lugar. E vejam o abusurdo: NANA ESTÁ EM PRIMEIRO NO TOP 10 GERAL, COMO PODE SER O SEGUNDO NO DE SHOUJO?! E ainda parece ser um fanzine a estar no lugar errado e fanzine de Naruto. Resultado, tanto em shoujo quanto em josei temos nove mangás e ainda desconfio que tenha gente sobrando. Por exemplo, Gogo no Ocha wa Yousei no Niwa de é uma wecomic que sai pelo selo MiChao!KC da Kodansha. Será que está no lugar correto? Enfim, se estiver certo, o ranking geral traz três shoujo: Nana (1º), Ouran Host Club (5º) e Kaichou wa Maid-sama! (10º).

SHOUJO
1. Nana #20
2. Ouran Host Club #13
3. Kaichou wa Maid-sama! #6
4. La Corda D'Oro #11
5. Boku no Hatuskoi wo Kimi ni Sasagu #12
6. Papillon - Hana to Chou #5
7. Kokou Debut #12
8. Chocolate Cosmos #3
9. Shin Reinousha Ogata Katsumi Series

JOSEI
1. Hikaru no Hikari #12
2. Nodame cantabile #21
3. Shigeshoushi #5
4. Real Clothes #5
5. Chihayafuru #2
6. Suppli #7
7. @Full Moon #1
8. Kiss and Fight #10
9. Gogo no Ocha wa Yousei no Niwa de

P.S.: Agora que o Alexandre comentou, acredito que Bokutachi wa Shitte Shimatta #4, perdido no ranking de Seinen, seja o shoujo faltante no Top 10. Isso, porque ele vem muito bem nos últimos rankings e muito provavelmente continuaria lá.

Lost in Austen: Cena do Lago



Muito engraçado... Amanda pede para o Darcy entrar no lago e imitar o Colin Firth. "Não está no livro, mas está na minissérie". Uaaaaa!!!! Gargalhar de madrugada é tão bom. ^_^ Amanda: "O mundo inteiro me odeia!" Darcy: "Oh, isso é verdade, Amanda, mas eu lutarei contra o mundo inteiro. Você é a mulher que eu amo!". Ou algo assim... Tão cafona, mas eu A-DO-RO!!!!! Pena que o episódio só vai cair na rede na quinta-feira. Snif!!!! Tomara que pelo menos meu livro chegue amanhã! Eu viciei... E são somente quatro episódios... O link veio do blog da Sabrina de novo.

Comentário sobre o Ranking da Taiyosha


Demorou a sair, eu ainda não traduzi, mas olhei por cima o ranking da Taiyosha. Nana #20 lidera o top 10 geral. Aí, quando olhamos o top 10 de Shoujo Mangá o que vemos em primeiro? Naruto!!!! E parece ser um fanzine ou algo do gênero. Esses caras bebem? Eu só traduzo e publico como referência, porque realmente o sério é o da Tohan.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Life na reta final



Acho que foi amelhor notícia que li hoje nos sites de anime e mangá! Sim, porque já tinha comentado que desde o volume #17 Life (ライフ) estava com cara de fim de festa e que a autora faria muito mal em esticar. Pois bem, está no Missión Tokyo hoje, a partir da próxima Betsufure Life entra em seu trecho final. Supondo-se que isso tome somente um volume, Life deve fechar com 20 tomos, no máximo 21. Se a autora pensa em arco final, bem, aí já é outra história. Outra notícia boa sobre o mangá é que a Tokyopop confirmou o lançamento do volume #10 americano para novembro. Recebi e-mail do Amazon perguntando se eu ainda queria manter a pre-order. Claro que confirmei. Agora é esperar.

Entrevista com Junko Kawakami



Junko Kawakami é uma desenhista japonesa, que fez alguns josei para a Kadokawa (Young Rose - que deve estar ser extinta, pois não consta nem na Comipedia e só achei referências par até 1994) e para a Shodensha (Feel Young), e que hoje vive na França. O Alexandre Lancaster pediu para alguém traduzir, então decidi tentar. Meu francês é limitado, especialmente quando não é material da minha área (*contexto conhecido, mesmas expressões, autores que domino, etc.*), mas saiu a tradução. No fim das contas, achei a entrevista bem bobinha, mas posso ter errado alguma coisa. Por exemplo, alguém que se sente pressionada por produzir quatro páginas por mês não pode se sentir bem fazendo 25-30... Pode ter sido erro meu. De qualquer forma, a matéria original está aqui. Há uma outra entrevista com ela neste site. (*Parece, aliás, bem mais interessante*) Se alguém tiver alguma correção (*falo sério, correção, não pitaco sem noção*), eu agradeço.

O primeiro volume de sua série “It’s your World”, foi lançada com exclusividade na França, é uma première, antes do Japão. Uma iniciativa da Editora Kana que corresponde à sua vontade de consolidar os catálogos com séries próprias que não serão somente licenças vindas de grandes editoras japonesas.

Podemos dizer que Junko Kawakami mora em Paris e que ela é casada com um francês. Depois de uma carreira iniciada no fandom, antes de ser descoberta por um editor da Kadokawa, ela publicou na revista Young Rosé antes de se unir de novo ao estúdio de artistas Show Cream. Começava para ela uma carreira, no início autora de dezenas de histórias curtas, que marcaram um novo ponto de partida com a publicação em 2004 de sua primeira série longa, Paripari densetsu – La légende de Paris-Paris para a revista Feel Young, que foi publicada em volumes pela Shodensha, uma auto-ficção que conta sua vida cotidiana em Paris. O sucesso foi imediato. Depois, de uma meia-dúzia de séries, pelos seus cálculos, veio Your World que ela publica com exclusividade mundial pela Kana. Agora a entrevista.

O fato de ser publicada por um editor francês ao invés de um japonês muda radicalmente o seu método de trabalho.

É muito diferente. No Japão existe um editor e então um autor. Aqui, nós trabalhamos mais em grupo, de maneira mais direta. No Japão, a partir do momento que você entrega o trabalho no prazo, ninguém se preocupa mais, em saber como você está, fica por sua conta. Aqui, se não existe um contato regular, se você não responde as ligações, se instala o pânico, não é algo normal.

O estatuto do autor é muito diferente daquele que existe na França?

No Japão, há uma concorrência feroz, mas há mais oportunidades para os jovens autores. Os japoneses amam trabalhar e quando há mercado, eles trabalham muito. Pessoalmente, eu não gosto da pressão. Quando fiz 100% Orange Pink, era para uma publicação diária Le Monde. Eu tinha que entregar duas páginas duas vezes por mês. Era horrível, para mim, havia um prazo estabelecido. Quando eu acabava de fazer minhas páginas tinha que começar outras! Era muito estressante.

Qual é a tiragem média de um mangá “comum”?

10 mil exemplares, 15 mil, talvez.

Estas são cifras dos sonhos para os editores franceses ou estamos habituados a sermos mais prudentes. Em It’s Your World, que fala sobre a integração dos imigrantes japoneses na França, há o pai que vive nas nuvens, a mãe que é um pouco “bobinha”, a filha que é uma vítima da moda e o filho que tem dificuldades de adaptação, você conta um pouco da sua história?

Sim, Hiroya, o filho dessa família, poderia muito bem ficar preso ao seu modelo, quer dizer, que ele não compartilha dos mesmos valores que os franceses, há ainda o problema da língua. Mas como é muito jovem, ele acredita que pode mudar as coisas, se misturar com os outros. Ele se sente atraído por Fatima, uma francesa que não percebe a diferença de condição social em elação aos outros jovens. No Japão, há muitas nacionalidades, mas a mistura de raças é muito rara. Que uma pessoa tenha uma cor de cabelo diferente, já é um acontecimento. Assim, essa mistura de raças vista em Paris é a primeira surpresa.

Entretanto, a principal hostilidade que Hiroya encontra, é um jovem como ele, mas mestiço, filho de pais franco-japoneses. De onde veio essa idéia?

Não sei. Ela apareceu. Eu encontrei recentemente uma amiga japonesa que se casou com um fanco-japonês criado no Japão. Eles vêm de vez em quando à Paris. Talvez eu tenha me inspirado nele.

Como você chegou à editora Kana?

Eu trabalhava em um atelier dividido por muitos artistas. Entre nós havia um desenhista cuja esposa era japonesa e que tinha também vivido em Tokyo. Foi ele que me colocou em contato com a editora Kana.

Por que, na sua opinião, os quadrinhos franceses vendem tão pouco no Japão?

Sem dúvida, o que agrada aos japoneses é diferente daquilo que agrada aos franceses. Eu não sei. Talvez seja necessário desenhar as personagens com os “grandes olhos”. (risos)

Quais são os seus projetos?

Em setembro, eu publiquei uma série intitulada Cookies junto com outra chamada Da Vinci, ao mesmo tempo como resultado das séries em curso, eu tenho que produzir cerca de 25-30 páginas por mês, que eu faço sozinha.

Você usa um software para desenhistas?

Não ainda. Mas me disseram que se gasta muito mais tempo do que fazendo à mão. (risos)