Castigos Corporais no Japão: Resultados Chocantes

Este é o título de um post do site What thinks Japan. O tema dessa vez era castigos corporais na escola e, para surpresa do dono do site, 54% dos entrevistados (52% homens, 13.9% na faixa dos 20, 46.0% na faixa dos 30, 31.9% na faixa dos 40, e 8.1% de outras idades) é a favor de castigos corporais na escola e 70% diz ter sofrido castigos corporais. Dentre aquilo que os entrevistados consideram castigos corporais estão ficar em pé no corredor (60,6%), cascudos (57,4%), ser obrigado a ficar sentado na posição seiza (55,5%), levar com o livro na cabeça (44.8%), tapa (39,4%), correr em volta da quadra (39,4%), tomar um soco (18,8%), ser acertado por um giz (18,4%), puxão de cabelo (6,6%), outros (18,6%). Dentre os que têm filhos (31.5%), a maioria defende que a melhor época para os castigos corporais é no primário.

Enfim, o autor do post diz que espera ter traduzido corretamente, já que os resultados foram tão incômodos. De acordo com ele, em japonês "castigo corporal" é ai no muchi (愛のムチ) ou "amor duro/rígido". O autor acredita que os castigos corporais foram banidos das escolas japonesas (*eu também acredito*), mas que quem conhece o sistema sabe que eles continuam. Se levarmos à sério o que vemos em animes e mangás - e nem estou falando em mangás sérios como Confidential Confessions - eles continuam, sim. Aliás, eu acredito que o fenômeno do bullying esteja ligado a essa outra violência. Sim, pessoal, mesmo para quem acredita que castigos corporais são válidos, é preciso admitir que se trata de uma violência. Acredito até que se fosse feita uma pesquisa no Brasil a maioria se diria a favor, mas desde que com o filho dos outros.