Não sei quem já viu um selinho aí embaixo do blog Adoção Tardia. Adoção tardia é adoção de crianças e, não, de bebês. É o caso do Arima em Karekano. Mas por que estou falando nisso? Terminei de ler o volume 18. Não gosto desta fase de Karekano, tampouco tenho simpatia pelo pai do Arima, ou acho kawaii todo mundo - inclusive Miyazawa - ficar se derramando para cima dele. Neste volume, o pai do Arima, aquele que o criou e educou, veio com o papo de "vou contar a história do seu pai verdadeiro". Atrocidade total, mais uma para a conta dessa fase tresloucada de Karekano. Não sei como os japoneses encaram a questão da adoção, não acredito que seja deslize da tradutora aqui, pois no início, na apresentação das personagens, vem "pai biológico" e "mãe biológica", daí, culpo a autora, ou um fator cultural. Pai e mãe verdadeiros são os que educam, amam, passam noites em claro.
O problema é que muita gente coloca na cabeça que quem engravida tem que amar o bebê, porque existe essa coisa de "instinto materno", daí entra em parafuso quando vê toda a sorte de atrocidades e o desapego de algumas "mães". Maternidade e maternagem são coisas diferentes. Da mesma forma, o pai - tantas vezes esquecido e isentado de culpa - é quem ocupa o espaço, quem se faz presente e não quem engravida alguém e, muitas vezes, vai embora. E não venham com o papo de que muitos sujeitos não sabem que são "o pai", porque alegam promiscuidade da parceira. Homem que transa com alguém sem camisinha assume o risco e não há nada hoje que um exame de DNA não resolva.
Dito isso, aguardo um mangá - se alguém souber me passe o nome - que aborde a adoção de forma madura e não dessa maneira cretina que Karekano está fazendo ao focar nos biológicos, nas neuroses do chato do Arima, e esquecer que pai e mãe foram os tios que estavam lá o tmepo inteiro, que demonizaram a mãe biológica (*que era o cão mesmo, no matter what!*) e passam a mão na cabeça do pai biológico, que é um canalha boa pinta.
Falando em adoção tardia, esta modalidade de adoção é a menos praticada em nosso país. Aqui, a maioria das pessoas preferem bebê, menina, branca, as outras crianças não têm vez. Claro, que uma adoção tardia tem suas dificuldades, a própria adaptação do Arima - parte boa desse arco problemático - mostrou bem isso, no entanto, deve ser bem gratificante adotar uma criança e ser, também, adotada por ela. Um bebê recém nascido, zero quilômetro, não pode fazer isso.
O problema é que muita gente coloca na cabeça que quem engravida tem que amar o bebê, porque existe essa coisa de "instinto materno", daí entra em parafuso quando vê toda a sorte de atrocidades e o desapego de algumas "mães". Maternidade e maternagem são coisas diferentes. Da mesma forma, o pai - tantas vezes esquecido e isentado de culpa - é quem ocupa o espaço, quem se faz presente e não quem engravida alguém e, muitas vezes, vai embora. E não venham com o papo de que muitos sujeitos não sabem que são "o pai", porque alegam promiscuidade da parceira. Homem que transa com alguém sem camisinha assume o risco e não há nada hoje que um exame de DNA não resolva.
Dito isso, aguardo um mangá - se alguém souber me passe o nome - que aborde a adoção de forma madura e não dessa maneira cretina que Karekano está fazendo ao focar nos biológicos, nas neuroses do chato do Arima, e esquecer que pai e mãe foram os tios que estavam lá o tmepo inteiro, que demonizaram a mãe biológica (*que era o cão mesmo, no matter what!*) e passam a mão na cabeça do pai biológico, que é um canalha boa pinta.
Falando em adoção tardia, esta modalidade de adoção é a menos praticada em nosso país. Aqui, a maioria das pessoas preferem bebê, menina, branca, as outras crianças não têm vez. Claro, que uma adoção tardia tem suas dificuldades, a própria adaptação do Arima - parte boa desse arco problemático - mostrou bem isso, no entanto, deve ser bem gratificante adotar uma criança e ser, também, adotada por ela. Um bebê recém nascido, zero quilômetro, não pode fazer isso.
10 pessoas comentaram:
quando vc ler o 20 vc vai dexar de lado esse comentário pk ai eh soh o começo da historia. tudo tem uma razão. por favor leia o 20 - jah saiu aki no brasil- num sei aonde vc mora mais aki em são paulo eu jah comprei umas tres semanas...
Hana-chan, eu não desgosto deste arco de Karekano somente pelo tratamento dado á adoção. Acho que enlouquecer o Arima como fizeram foi péssimo, transformar Miyazawa em mãe adolescente e nas condições em que ela engravidou, foi pior ainda. O comportamento do pai do Arima até o momento é lamentável e um adulto de 36 anos já teve tempo de fazer análise e se estabilizar. A gota d'água foi a história do "seu pai verdadeiro". Outra coisa, eu li o último volume e o último capítulo. As escolhas de vida de Miyazawa, ocupando o lugar que Arima deixou vago, e deste último que escolheu uma profissão X que parece mais auto-punição, foi quase o fim da picada... Claro, que o desfecho pedófilo sutil com o Asapi e a filha dos dois foi o pior. Na boa, gosto de Karekano, mas a autora errou a mão. O mangá segue muito bom até o volume treze, a partir de então ele oscila e para pior.
Calma que depois melhora ^^
Eu também não gostava desse arco, mas o final dele é memso bem bonito... leia até o 20 e vai ver que o pai do Arima realmente é admiravel e tb vai ver sobre os pais de criação dele...
Devo concodar com a Valéria...
admito que não li o Karekano,mas assisti o anime...
o termo "pai verdadeiro" não pegou bem.Mesmo que esse personagem seja bom ou não teve condições de criar o filho,o "pai verdadeiro" continua sendo,sem dúvida, aquele que o criou.
Sou a favor da adoção de crianças mais velhas e pretendo um dia adotar uma.Por mais "humanos" que sejam os pais adotivos,ou seja,estejam propensos a cometer erros,quando se propõem a cuidar de uma criança,amam-na do mesmo jeito que teriam amado um filho gerado por eles mesmos,e desejam o melhor futuro para seus filhos,adotivos ou não..
Adotar crianças mais velhas é um gesto notável e deveria ser incentivado com menos burocracia!^^
Realmente o modo como a miyazawa engravido foi ruim e não gostei, não que karekano seja um mangá pra aconselhar mas foi um péssimo exemplo pras menininhas burrinhas -_-.Foi um "simples" acidente.... (¬_¬) não desceu bem em mim....
Acho que vc deveria dar uma chance a karekano eu gostei do rumo até o 20
Falei que não sabia nada sobre adoção no Japão. Pois bem, uma colega me passou um link, é uma situação mais complicada que a brasileira. O Confucionismo preza os laços de sangue por conta do culto aos ancestrais, mães solteiras são perseguidas e espera-se que elas abortem, crianças abandonadas – e há a roda dos expostos como havia no Brasil, mantida por instituições católicas – geralmente ficam nos orfanatos e instituições até a maioridade. Nem bebês são adotados. Eu lembro de quando discuti o Túmulo dos Vaga-Lumes com meu marido e tocamos na questão dos órfãos abandonados. Em sociedades cristãs e judaicas espera-se que os órfãos sejam amparados, as instituições podem ser ruins, mas não é visto como legítimo deixar a criança ao léu. Por conta disso, muitos órfãos foram acolhidos na II Guerra, já na cultura japonesa o órfão, especialmente aquele sem laços de consangüinidade, é um peso e a adoção um tabu. Não é muito diferente no Islã, pelas minhas leituras, a idéia de adoção é muito recente, porque criança sem pai, é criança sem identidade, sem clã, sem direitos. Mais tarde, eu traduzo o artigo.
Fonte: http://www.chinadaily.com.cn/lifestyle/2007-07/09/content_5422233.htm
Quanto a dar uma chance para Karekano, não sei se foi para mim, mas eu li Karekano praticamente inteiro. Tenho todo o mangá comprado aqui em casa em japonês. Agora, gostar da série não me impede de ver os seus problemas e de desgostar do arco do Arima, do estupro (*foi estupro, não importa a gentileza da Miyazawa em mentir*), a visão rosa da gravidez na adolescência e o último capítulo que não deveria estar lá. Vou colecionar toda a edição da Panini, eu gosto de Karekano, mas minha visão da história não é positiva. O mangá deveria ter fechado no volume 13 e a autora se mostrou pouco madura para levar a série por tantos volumes.
Nossa sinceramente como eu posso ser tão lerda (¬_¬) agora q vc falo eu fui ver mas a pessoa aqui pensou que naum tinha rolado nada naquela hora...na biblioteca, pq a autora não mostro nada muito explicito então tinha pensado que ele simplesmente largo ela lá -.-' agora que vc falo isso piora a situação aff vc mostro pontos que agora refletindo fazem muito sentido realmente a autora exagero nessa dor do arima e em outros pontos.
Realmente ela tem uma visão muito rosa nessas coisas tipo o romance da tsubasa com o cantor....q eles no fim simplesmente se casam quando apenas tinha começado uma relação...
O caso da Chibahime e do cantor nem é tanto o problema. Eles se apaixonam, ela decide que quer ser dona de casa. Algo muito comum no Japão. O "rosa" fica por parte do casal principal. Gravidez na adolescência vista como algo tranqüilo, especialmente antes do casamento. E, claro, um estupro que não recebe o peso necessário. E olha que eu acho que a Miyazawa tem todo o direito de perdoar o Arima, ler a seqüencia do perdão é ver algupem que ama muito oferecer a mão apra resgatar o amado do fundo do poço. Era isso, ou ele se suicidaria.
Exato, Miyazawa não deixou de usar algum preservativo, simplesmente não houve tempo, nem vontade do parceiro. E mais, ela engravida e fica feliz por ser tão fértil...
Me lembrei de um episódio no Anime Kure-nai, em que um personagem, que tiravas os filhos das mulheres do clã e dava para outras mulheres criarem (enquanto as verdadeiras mães eram enclausuradas), disse em uma das cenas algo como "mãe é a que cria". Achei interessante citar isso, mesmo que no anime isso não seja considerado certo, já que o personagem tinha esse costume doentio.
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