Saíram os indicados para o prêmio principal de um dos mais importantes festivais de quadrinhos do mundo, os de Angoulême, na França. O festival será no dia 24 de janeiro e os quatro mangás dentre indicados foram: Death Note, Tekkonkinkreet, Helter Skelter e Disappearance Diary. Helter Skelter de Kyoko Okazaki é josei, publicado na revista Feel Young, ganhou o Tezuka Awards de 2004, quase dez anos depois de ser publicado. Não vou reproduzir os resumos sobre a história, mas parece ser uma fantasia meio perturbadora sobre a indústria de cosméticos e cirurgia plástica. Detalhe é que Moyoco Anno foi assistente de Okazaki. Falando nela, ela está entre os indicados na categoria de quadrinhos para jovens/adolescentes com seu Sugar Sugar Rune.
Voltando ao mangá josei, a França é um dos países que mais publica este tipo de material, daí me surpreende quando aparecem matérias sobre a tal manga mania dizendo que quem lê mangá na Europa é adolescente. Ora bolas, para quem se publica josei? E uns títulos bem complexos, densos? Me parece uma contradição e tanto, ou então só prestam atenção aos leitores homens quando fazem estas matérias ou ao pessoal que só curte shoujo escolar e que não abre o leque para outros títulos. A notícia completa está no site do ANN.
Voltando ao mangá josei, a França é um dos países que mais publica este tipo de material, daí me surpreende quando aparecem matérias sobre a tal manga mania dizendo que quem lê mangá na Europa é adolescente. Ora bolas, para quem se publica josei? E uns títulos bem complexos, densos? Me parece uma contradição e tanto, ou então só prestam atenção aos leitores homens quando fazem estas matérias ou ao pessoal que só curte shoujo escolar e que não abre o leque para outros títulos. A notícia completa está no site do ANN.
2 pessoas comentaram:
Eu li Helter Skelter e honestamente, ele me pareceu tudo, menos exatamente o que eu chamaria de josei. É uma questão de critérios muito minha. E história é uma ficção interessantíssima, e mexe com a mesma questão abordada no filme Dumplings. O melhor de tudo é como a trama se desenrola, com umas reviravoltas bem loucas e um final que parece escrito pelo Robert Rodriguez.
Recordo que ao final do mangá - porém não o final que parecia ser o da história em si - havia uma observação de que a mangaka havia sofrido um acidente e estaria em coma. Como eu já li faz tempo, e o mangá já saiu há mais tempo ainda, das duas, uma, ou ela voltou à ativa mas não voltou ao Helter Skelter, ou este trata-se de um mangá póstumo.
Outra estranheza: não me admira que um mangá se saia bem no Angoulemê, mas acho meio estranho que *este* - com uma historia deste calibre, tenha chego lá junto de um público bem cheio de frescurinhas (me refiro a alguns temas serem impronunciáveis, enquanto que outros são bem abertos)...
O que eu não entendi é "pareceu tudo, menos exatamente o que eu chamaria de josei. É uma questão de critérios muito minha." Como você não explicou, ficou aberto para que a gente tire conclusões... Tenho pego de tudo esses dias e TUDO pode ser josei, ainda mais quando trata de questão do interesse das mulheres. Esse é o caso de Helter Skelter, que fala da pressão que a sociedade de consumo faz para que as mulheres também sejam "de consumo". Daí, a loucura da protagonista. E a autora carrega nas metáforas, também.
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