Há um artigo no ANN expondo a questão. Eles pegaram os periódicos que dão dados de publicação e quantidade de páginas das revistas coletânea, partiram do princípio que 85% das páginas é mangá, deixaram de lado o dado de que mangás saem em outras mídias, como jornais e chegaram a algumas conclusões interessantes.
As revistas bimestrais, que aumentaram bastante em quantidade, não saem todas no mesmo mês e as revistas semanais saem em 48 semanas do ano, não 52. A média de páginas é de 102.411 por mês. Vejam que em 2007 as tiragens são mais de duas vezes maiores que em 1982. Será que mesmo assim é possível falar de crise, mesmo quando as revistas impressas competem com outras mídias? Eu realmente não sei. O Matt Thorn comentando para o site Journalista aquela bobagem da comparação entre Comics e Mangá, disse o seguinte:
As revistas bimestrais, que aumentaram bastante em quantidade, não saem todas no mesmo mês e as revistas semanais saem em 48 semanas do ano, não 52. A média de páginas é de 102.411 por mês. Vejam que em 2007 as tiragens são mais de duas vezes maiores que em 1982. Será que mesmo assim é possível falar de crise, mesmo quando as revistas impressas competem com outras mídias? Eu realmente não sei. O Matt Thorn comentando para o site Journalista aquela bobagem da comparação entre Comics e Mangá, disse o seguinte:
"Infelizmente, desde que as vendas de manga (junto com as vendas de toda sorte de periódico no Japão) começaram a cair depois de 1995, os editores vêm se intrometendo no produto cada vez mais. Isto é particularmente verdadeiro no caso dos seinen manga, onde os editores hoje em dia se apresentam orgulhosamente como co-criadores, mas o campo dos shoujo manga tem sido perigosamentedominado por editores homens de meia idade que se dão ao direito de imaginar o que as mulheres japonesas de 8 aos 50 anos querem ler. As Magníficas de 49 (Moto Hagio, Keiko Takemiya, Yumiko Ohshima, Ryohko Yamagishi, etc.) foram capazes de fazer coisas surpreendentes nos anos 1970 e 1980 porque eram felizes o suficiente por ter alguns poucos editores (tais como Junya Yamamoto) que tinham bom senso e as deixavam seguir seus instintos. Hoje, as vendas de shoujo mangá patinam ao mesmo tempo que os editores contam vantagem dizendo que encontraram a fórmula perfeita para o gênero."
OK, tem se produzido muito lixo esses dias, além de coisas repetitivas, mas acredito que o Matt Thorn esteja sendo ao mesmo tempo pessimista e saudosista em extremo. De qualquer forma, já era hora de uma segunda revolução no Japão. As mulheres precisam assumir os cargos de mando, se tornar editoras nas revistas shoujo, josei e BL. Só que tomando somente as de 49, o que temos? Ou elas continuam produzindo seus mangás com a liberdade que sua fama e experiência lhes dá, ou saíram do ramo, algumas poucas se tornando professoras. Acho que uma Takemiya ou uma Hagio Moto fariam uma diferença enorme se se tornassem editoras. É hora de uma segunda revolução, como eu disse.
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