quarta-feira, 20 de junho de 2007

Animes, Cosplay e um Romance Mal Resolvido 2


Vejam o último round da coisa. Matéria do G1 que pertence a Globo. Cadê a citação ao motivador da fuga que rendeu tanto espaço no Fantástico? Onde está a referência mínima aos animes e cosplay? Detalhe interessante, o rapaz não estudava, o que é demérito, mas trabalhava, isso mostra que dificilmente sua vida era ver anime, nem falo em cosplay, porque isso só se faz em evento e quem pode e gosta. Qual foi mesmo o motivo para não ir com a cara do rapaz se não temos mais a referência ao motivador? “Tratei o Robson com carinho e com respeito, apesar de não gostar das unhas pintadas que ele usava." Eu posso bem imaginar... Agora é que eu não acredito muito nesses pai compreensivo ou confuso (*usado pela mídia em seu desespero?*), e embora não defenda o que os dois fizeram, sua irresponsabilidade, imagino que há muito caroço neste angu.

E teve gente dizendo que a matéria do Fantástico foi "correta" e que eles estavam se alienando no mundo dos animes e a menina ia mal nos estudos, coisa que o texto ou o vídeo da dita matéria - talvez em outra, não na do Fantástico - não disse. Mas ao reclamarem, os fãs de animes, chamem-se otakus ou não, isso para mim pouca relevância tem, são "exagerados" e, claro, desocupados (*quem comenta o comentário de desocupados, não é desocupado, claro*), pois há muitos problemas "reais" no país. Sim, é o nosso velho jogo de empurra ou do contente; não reclamo, porque há coisas piores, mas em relação ao que está pior, também nada faço, porque é impossível resolver, então fico na minha e taco pedra em quem se movimenta para fazer qualquer coisa... Chato e cansativo esse cruzar de braços cultural. Mas, talvez a reclamação dos fãs tenha feito com que se omitisse a "terrível verdade" a respeito de fazer cosplay nesta última matéria, mas se fosse realmente algo importante, estaria lá. quem sabe a busca de terapia para os adolescentes que precisam largar desse hábito esquisito e "provocador" de se vestir (*garoto de unhas pintadas...*). Realmente, a mídia é espetáculo e a Globo deve ter tido bons motivos para fazer o que fez... Talvez Naruto esteja incomodando antes mesmo de estrear, ou Yu Yu Hakushô que é de outra emissora ou... As outras emissoras que se cuidem, porque com Malhação e a novela das seis em crise, algo precisa ser feito e rápido!


Jovem que fugiu com namorada vai passar duas semanas na Paraíba

Por Alba Valéria Mendonça - Do G1, no Rio

O adolescente Robson Celestino, de 17 anos, que no último dia 6 fugiu com a namorada Clara Graham, de 14 anos, vai passar as próximas duas semanas com uma tia na Paraíba.

Segundo a mãe do rapaz, Suzana Celestino de Souza, ele vai viajar para esfriar a cabeça e colocar as idéias no lugar. Na volta, Robson prometeu retornar aos estudos. Ele parou de estudar em 2006, quando cursava o 1º ano do ensino médio no Colégio Guanabarense, no Rio Comprido, na Zona Norte do Rio.

Na primeira noite em casa depois dos oito dias de fuga, Robson passou a noite muito agitado. Mas agora, segundo Suzana, o adolescente já está mais conformado com a situação. Desde que voltou para casa, Robson não teve mais contato com Clara.

“Nunca tive nada contra o namoro dele com a Clara. Mas acho que no momento, o melhor é deixar as coisas se acalmarem e ver o que acontece. Ele viaja na quarta-feira (20) com a tia”, contou a mãe do adolescente.

Suzana disse que o filho abandonou os estudos quando decidiu trabalhar. Ele era ajudante numa empresa de transporte para deficientes. Ela afirmou que Robson saía de casa por volta das 6h e chegava de volta muito tarde. A mãe disse ainda que fez de tudo para que o filho não parasse de estudar. Ela o matriculou num outro colégio, à noite, mas ele não conseguiu chegar a tempo para assistir as aulas. Ultimamente, Robson estava desempregado, pois seu contrato de trabalho tinha terminado.

A mãe de Robson disse que não vai se opor se o filho quiser continuar o namoro com Clara. Suzana acredita que o filho não vai mais fugir de casa, mas teme que se a proibição do namoro for mantida, os jovens darão um jeito de se encontrar.

“Quem já foi adolescente sabe que talvez esse romance até já tivesse acabado. Proibir só torna a situação mais interessante para eles. A gente sabe que isso realmente não é amor. É paixão de adolescente, que um dia acaba”, comentou Suzana.

Proibido proibir

O pai de Clara, Miguel Bruno de Souza, também aprendeu uma lição com a fuga da filha com o namorado: “proibir é um ato errado, é coisa de otário”, desabafou. Ele disse que no primeiro dia, a menina se mostrou muito triste e cabisbaixa, mas que aos poucos, está voltando à rotina dentro de casa. No entanto, muita coisa ainda precisa ser discutida antes que ela volte a ver Robson.

“Sou da geração dos anos 60, vivi a repressão dos anos 70 e deveria ter percebido que proibir não é a melhor solução. Foi um grande erro. Eu acabei mitificando a figura dele para Clara, eu o coloquei num pedestal. O Robson disse que vai mudar e eu torço para que isso aconteça, porque ele tem qualidades. Ele é um rapaz esperto, mas mentiu muito e manipulou todos nós”, disse Miguel.

Já na próxima segunda-feira (18), Clara deve retornar às aulas na Escola Parque, na Gávea, na Zona Sul do Rio. Segundo o pai, a menina não perdeu nenhuma prova do bimestre, mas vai precisar recuperar a semana de aula perdida. Miguel ainda está bastante magoado com Robson e prefere não fazer previsões sobre o futuro do namoro da filha.

“Tratei o Robson com carinho e com respeito, apesar de não gostar das unhas pintadas que ele usava. E ele, durante a fuga, gozou do meu desespero, em mensagens passadas para os amigos. O namoro não está proibido, mas vai ter de ser muito discutido”, conclui Miguel.

1 pessoas comentaram:

É o velho negócio, criticar o que está em moda, sempre da audiência. Agora foi com os cosplay e animes. Antes foi com o RPG (o caso dos bandidos que jogavam RPG). O caso dos Cardgames que incitavam práticas nada "cristãs". O videogame incentiva o assassinato em massa. Mas nínguém questiona se essas pessoas têm problemas em casa. Ninguém questiona que existem milhares de pessoas que jogam (ou assistem) e são perfeitamente normais. Por quê? Porque não dá audiência. E ninguém quer admitir a culpa, mais fácil culpar os outros.
Eu me lembro que tinha uma época que ridicularizavam o pessoal da Frota Estrelar do Brasil, só porque eles iam para conveções vestidos com o uniformes da Série Star Trek. Chamavam de nerds desocupados. E agora a história se repete.

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