Saiu um artigo traduzido no ComiPress falando do futuro das antologias de mangá. Aviso que o autor é fatalista e só tem em mente as revistas semanais shounen e seinen. Para quem acompanha, as quedas de vendagens têm atingido todo mundo, mas as revistas foram canceladas recentemente geralmente são as mensais, mesmo com quedas, as revistas semanais ainda continuam bem fortes, ou, pelo menos, esse é o caso da Shounen Jump. Tradução da tradução é sempre um problema, mas decidi fazer mesmo assim.
O Futuro das Revistas de Mangá
Muitos mangás são publicados em revistas, essas antologias são a base da cultura japonesa do mangá. Entretanto, com as vendas das revistas de mangá em queda, tem se tornado difícil tanto para o mangá-ka quanto para a editora das antologias conseguirem algum lucro com elas. Muitas revistas de mangá terminam não tendo nem lucro nem prejuízo ou resultando em déficit, de imediato mesmo a venda de tankoubon produz pouco lucro para ambas as partes. As antologias são baratas, e os pagamentos pelos originais insuficientes. É um problema da indústria que editoras isoladas não vão conseguir resolver por elas mesmas.
Haruyuki Nakano disse em seu livro O Estudo do Mangá que “as revistas de mangá precisam ser mais ativas”. Kentaro Tekekuma sugeriu a possibilidade dos mangás serem publicados diretamente como tankoubon.
O futuro das revistas semanais de mangá não parece bom. As publicações das revistas de shoujo mangá já mudaram de semanais para quinzenais [1], então, quem garante o futuro das revistas shounen e seinen? A Weekly Shonen Magazine e a Weekly Shonen Sunday se estabeleceram durante o boom das revistas semanais, quando não havia efetivamente uma demanda por revistas semanais. [2]
Por outro lado, somente as revistas semanais podem promover um título de mangá e torná-lo uma série popular. [3] Se as revistas semanais de mangá se forem, títulos como Star of the Giants, Tomorrow's Joe, Dragon Ball e 20th Century Boys não irão aparecer de novo. [4] Alguma coisa precisa ser feita, talvez seja possível para grandes títulos como Stop Nii-chan de Takashi Sekiya saírem em revistas mensais, ou talvez uma nova idéia será produzida a partir da proposta de publicação direta em formato tankoubon.
[1] A mudança, na época, final dos anos 70, início dos anos 80, não foi creditada às baixas vendagens, mas para garantir a qualidade do trabalho das artistas. Fora que as revistas que vendem mais geralmente são as que trazem brindes legais.
[2] Logo, elas representaram uma inovação.
[3] Claro que para esse senhor só existem séries shounen e seinen populares. Coisas como Nana, Hana Yori Dango, Fruits Basket ou ainda o material CLAMP não são sucesso. Aliás, há revistas mensais, bimestrais, trimestrais e não acho que sejam somente de shoujo ou josei mangá.
[4] O sujeito é apocalíptico. Ele acredita piamente que revistas semanais são da ordem da natureza, não tê-las é antinatural e representaria o fim da indústria de mangá.
[2] Logo, elas representaram uma inovação.
[3] Claro que para esse senhor só existem séries shounen e seinen populares. Coisas como Nana, Hana Yori Dango, Fruits Basket ou ainda o material CLAMP não são sucesso. Aliás, há revistas mensais, bimestrais, trimestrais e não acho que sejam somente de shoujo ou josei mangá.
[4] O sujeito é apocalíptico. Ele acredita piamente que revistas semanais são da ordem da natureza, não tê-las é antinatural e representaria o fim da indústria de mangá.
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