Coloco aqui uma matéria que saiu hoje no Jornal O Dia do Rio de Janeiro, falando dos 20 anos do término da novela O Direito de Amar. Ela começou em 1986, porque eu estava na 6ª série na época. Junto com A Escrava Isaura é minha novela de época favorita. Perfeita em todos os sentidos, com Carlos Vereza e Carlos Zara duelando para ver quem era o melhor. Aliás, o vilão Sr. de Monserrat era magnífico e, claro, Carlos Vereza não tinha a canastice do Leôncio-mau-mau do Rubens de Falco. o casal protagonista, Glória Pires e Lauro Corona, era lindo sem ser piegas. Já os coadjuvantes trabalharam bem, os meninos que faziam agitações políticas, um deles, Danilo foi torturado e ficou cego, as sobrinhas do padre. E, claro, a louca que certamente tinha por base a esposa do Sr. Rochester de Jane Eyre. Tudo inspirado em uma novela de rádio da poderosíssima Janete Clair chamada A Noiva das Trevas. Tremo e temo só de pensar em um remake.
É o tipo de material talhado para virar shoujo mangá talvez até um quadrinho brasileiro com inspiração em shoujo mangá. Mesmo que limpassem os coadjuvantes, ainda assim ficaria magnífico nas mãos de Chiho Saito, talvez mais que magnífico. Sonho: Seria o novo Waltz Wa Shiroi Dress De. Bem, deixem-me sonhar... Saudades da novela, saudades do Carlos Zara e do Lauro Corona, saudares também do Rômulo Arantes, saudades da abertura... bem que poderiam lançar em DVD... Compraria com certeza!
Há 20 anos, 'Direito de Amar' cativava o público com disputa amorosa
Rio - Inspirado na radionovela "Noiva das Trevas", de Janete Clair, Walter Negrão levava à tevê, há 20 anos, a história da disputa entre pai e filho pelo amor de uma mulher. A trama central de Direito de Amar parecia não ser nada além de um clichê.
Mas se grandes histórias de amor sempre cativaram o público, o triângulo amoroso formado por Rosália, Adriano e Monserrat - personagens de Glória Pires, Lauro Corona e Carlos Vereza - arrebatou os telespectadores desde o dia da estréia, em 16 de fevereiro de 1986.
"A melhor lembrança que tenho deste trabalho é o sucesso que alcançamos na época. As pessoas gostam do romantismo à moda antiga, anterior às más influências do progresso", enfatiza o autor.
O folhetim tinha como pano de fundo o Rio de Janeiro do início do século XX. A mocinha era obrigada a se casar com o banqueiro Monserrat para pagar uma dívida de seu pai. Em um baile de máscaras, no entanto, ela conhece o filho do homem a quem foi prometida e se apaixona por ele.
Carlos Vereza, apesar de ser o vilão da história, conquistou o público. "O Vereza retratou com precisão a personalidade nada maniqueísta que tentei impor ao vilão", defende Negrão, ao argumentar que o calcanhar-de-aquiles daquele homem mau era justamente sua paixão pela mocinha. O ator, por sua vez, lembra-se do reconhecimento que teve na época. "Foi um vilão que, definitivamente, caiu no gosto popular", afirma.
Outra personagem muito maltratada por Monserrat era Joana, de Ittala Nandi. Ninguém sabia ao certo quem era aquela mulher que vivia aprisionada na residência do banqueiro e era considerada louca. "Jayme Monjardim convidou outras atrizes antes de me chamar. Como ela só entrava no trigésimo capítulo da novela, parecia desinteressante", conta Ittala.
Para a sorte dela, o papel ganhou grande destaque no decorrer da trama e caiu na boca do povo. "Sem querer parecer metida, chegou uma hora em que só se falava da Joana", gaba-se. Mas em determinado momento do trabalho, a atriz cansou de apanhar do vilão. Ligou para Walter Negrão e sugeriu que a personagem revidasse alguns tabefes de Monserrat. O autor topou a idéia. "O Vereza se safava de todos os meus tapas. Só um tabefe o acertou, e foi dos bons", recorda Ittala, aos risos.
Entre as boas lembranças de Direito de Amar, ficou uma grande tristeza. Glória Pires se lembra das estripulias que fazia nos bastidores ao lado de Cissa Guimarães e Lauro Corona. Mas como essa foi a última novela que o ator fez até o final, diz que o trabalho traz recordações nostálgicas. "Sinto um certo banzo porque foi meu último trabalho ao lado do Lauro, que era um grande amigo", confessa. O ator morreu de aids, em julho de 1989.
Se o clima era de sintonia entre o casal de protagonistas, Walter Negrão aponta o bom entendimento entre o restante da equipe como um dos fatores para que a produção tenha dado tão certo. "Autor, direção, elenco e produção trabalhavam em um astral tão bom que eu sempre dava um jeito de vir de São Paulo, aonde morava, para o Rio", revela. Essa alegria que dominou o ambiente de gravações, segundo Negrão, transpareceu no vídeo e transformou a novela em um sucesso nacional e internacional. "Só na Alemanha, a história já foi reprisada cinco vezes. Em uma delas eu estava em Munique e tive o prazer de ver", valoriza o autor.
As informações são da repórter Gabriela Germano
É o tipo de material talhado para virar shoujo mangá talvez até um quadrinho brasileiro com inspiração em shoujo mangá. Mesmo que limpassem os coadjuvantes, ainda assim ficaria magnífico nas mãos de Chiho Saito, talvez mais que magnífico. Sonho: Seria o novo Waltz Wa Shiroi Dress De. Bem, deixem-me sonhar... Saudades da novela, saudades do Carlos Zara e do Lauro Corona, saudares também do Rômulo Arantes, saudades da abertura... bem que poderiam lançar em DVD... Compraria com certeza!
Há 20 anos, 'Direito de Amar' cativava o público com disputa amorosa
Rio - Inspirado na radionovela "Noiva das Trevas", de Janete Clair, Walter Negrão levava à tevê, há 20 anos, a história da disputa entre pai e filho pelo amor de uma mulher. A trama central de Direito de Amar parecia não ser nada além de um clichê.
Mas se grandes histórias de amor sempre cativaram o público, o triângulo amoroso formado por Rosália, Adriano e Monserrat - personagens de Glória Pires, Lauro Corona e Carlos Vereza - arrebatou os telespectadores desde o dia da estréia, em 16 de fevereiro de 1986.
"A melhor lembrança que tenho deste trabalho é o sucesso que alcançamos na época. As pessoas gostam do romantismo à moda antiga, anterior às más influências do progresso", enfatiza o autor.
O folhetim tinha como pano de fundo o Rio de Janeiro do início do século XX. A mocinha era obrigada a se casar com o banqueiro Monserrat para pagar uma dívida de seu pai. Em um baile de máscaras, no entanto, ela conhece o filho do homem a quem foi prometida e se apaixona por ele.
Carlos Vereza, apesar de ser o vilão da história, conquistou o público. "O Vereza retratou com precisão a personalidade nada maniqueísta que tentei impor ao vilão", defende Negrão, ao argumentar que o calcanhar-de-aquiles daquele homem mau era justamente sua paixão pela mocinha. O ator, por sua vez, lembra-se do reconhecimento que teve na época. "Foi um vilão que, definitivamente, caiu no gosto popular", afirma.
Outra personagem muito maltratada por Monserrat era Joana, de Ittala Nandi. Ninguém sabia ao certo quem era aquela mulher que vivia aprisionada na residência do banqueiro e era considerada louca. "Jayme Monjardim convidou outras atrizes antes de me chamar. Como ela só entrava no trigésimo capítulo da novela, parecia desinteressante", conta Ittala.
Para a sorte dela, o papel ganhou grande destaque no decorrer da trama e caiu na boca do povo. "Sem querer parecer metida, chegou uma hora em que só se falava da Joana", gaba-se. Mas em determinado momento do trabalho, a atriz cansou de apanhar do vilão. Ligou para Walter Negrão e sugeriu que a personagem revidasse alguns tabefes de Monserrat. O autor topou a idéia. "O Vereza se safava de todos os meus tapas. Só um tabefe o acertou, e foi dos bons", recorda Ittala, aos risos.
Entre as boas lembranças de Direito de Amar, ficou uma grande tristeza. Glória Pires se lembra das estripulias que fazia nos bastidores ao lado de Cissa Guimarães e Lauro Corona. Mas como essa foi a última novela que o ator fez até o final, diz que o trabalho traz recordações nostálgicas. "Sinto um certo banzo porque foi meu último trabalho ao lado do Lauro, que era um grande amigo", confessa. O ator morreu de aids, em julho de 1989.
Se o clima era de sintonia entre o casal de protagonistas, Walter Negrão aponta o bom entendimento entre o restante da equipe como um dos fatores para que a produção tenha dado tão certo. "Autor, direção, elenco e produção trabalhavam em um astral tão bom que eu sempre dava um jeito de vir de São Paulo, aonde morava, para o Rio", revela. Essa alegria que dominou o ambiente de gravações, segundo Negrão, transpareceu no vídeo e transformou a novela em um sucesso nacional e internacional. "Só na Alemanha, a história já foi reprisada cinco vezes. Em uma delas eu estava em Munique e tive o prazer de ver", valoriza o autor.
As informações são da repórter Gabriela Germano
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