Ontem, passando pela Livraria cultura tropecei em um mangá Harlequin, No Competition, na seção de quadrinhos importados. Foi a primeira vez que eu vi um desses por lá e foi muito bom descobrir que o preço de capa nos EUA caiu. Tinha visto gente reclamando, porque eles custavam quase 10 dólares e tinham menos páginas que os volumes comuns de mangá. Outra mudança é que ele veio com preview de outro mangá, a Prince needs a Princess. Gosteri do que vi, a arte é boa e talvez eu peça no futuro. Os mangás Harlequin Pink são da coleção "light", isto é, recomendável para maiores de 12 anos e sem cenas picantes. Depois da experiência ruim com o Holding on to Alex, que é da coleção violet, eu fiquei com o pé atrás, mas, enfim, não me arrependi.
O livro original, de Debbie Macomber, é dos anos 80. Acho que a Dark Horse e a Harlequin estão optando por material mais antigo, ao invés de adaptações de livros mais recentes. Macomber tem outro de seus livros-mangás a venda nos EUA, Jinxed. Com tão pouco material publicado, deveriam diversificar as autoras. A história é bem agradável, não é brilhante, mas não ofende a inteligência de ninguém, nem tem um gosto amargo anos 50 e um canalha como interesse romântico da heroína como em Holding on to Alex.
Resumindo a história: Carrie sente-se inferior à irmã gêmea Camille, que é vista por todas como uma beldade e depois de crescida sempre lhe rouba os namorados. Carrie sempre foi a melhor aluna da turma e tornou-se pintora, e usa a irmã como modelo. Um dos retratos que faz da irmã, batizado de "No Competition", é considerada uma obra prima. Um brilhante arquiteto de nome Shane decide comprar o retrato e se interessa pela pintora, mas Carrie resiste à idéia de que um homem, em especial um homem tão atraente (*e rico*) esteja apaixonado por ela. Depois de algumas confusões e muita paciência do rapaz, eles se acertam, mas eis que Camille atravessa o caminho dos dois e parece disposta a acabar com mais um romance da irmã.
Como disse, a história é levinha, tem final feliz, mas tratou muito bem o relacionamento entre as irmãs e como ambas resolvem suas diferenças. Se o mangá fosse mais longo a coisa seria mais bem trabalhada, no livro deve ter sido, eu suponho. Aliás, o número de páginas dos mangás Harlequin me parecem insuficientes para desenvolver certas questões. Mas a história é agradável e seria ainda mais se a artista fosse mais competente.
O que me pergunto é quando a Harlequin vai começar a lançar uma coleção com os tais Clássicos Históricos, pois até o momento só publicaram nos EUA os mangás com temática contemporânea. Seria muito bom se a saga dos De Burgh, que saiu no Japão, fosse publicada em inglês. Falando nisso, meus exemplares japoneses chegam no mês que vem. Não sei se No Competition saiu no Brasil, nem que nome teve por aqui, mas se alguém souber, agradeço a informação. Só para quem não sabe, no Japão os mangás Harlequin são considerados josei.
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