Eu decidi fazer a tradução de uma entrevista com Stuart Levy, um dos cabeças da Tokyopop. A entrevista foi dada para o site Publishers Weeky e se intitula Passion and Business at Tokyopop. A parte que traduzi é onde ele fala não de shoujo, mas do preconceito em relação às garotas adolescentes e de como ele percebe esse tipo de publico. Muito ilustrativa do porque a Tokyopop cresce cada vez mais e de como as consumidoras são importantes nos EUA (*E aqui também, talvez? Mas como saber?*). Respeito é a palavra chave. Eis o trechinho:
"PWCW: Outros tipos de mangá podem funcionar além do shoujo?
SL: Primeiro, qualquer um que diga que uma garota adolescente é uma consumidora unidimensional estereotipada de entretenimento não compreende as adolescentes de forma alguma. Adolescentes são absolutamente complicados e são rebeldes. A media precisa cruzar os gêneros nos dias de hoje e ter apelo junto a meninos e meninas. Olhe para Naruto, o título n.º1 da VIZ. É sobre um garotinho ninja. Agora, por que isso pe algo do qual as adolescentes gostam automaticamente? Porque são elas que estão comprando Naruto.
Como editor, tudo o que eu seu é que você tem que agir de acordo com aquilo que acredita e fazer alguma coisa divertida. Você pode mirar em uma audiência e montar um grupo focal e analisar isso até a morte, mas no fim das contas, se não há algo mágico na história, se não existe uma personagem, ou conflito, ou protagonista que prenda a atenção ou desperte interesse, as pessoas não vão querer ler. Não tem nada a ver com fórmula; tem a ver com pureza e verdade, na minha opinião. Se as coisas se tornam homogeneizadas, é quando você se torna desonesto [risos]. Mantendo a novidade, variando as fórmulas, está é a única forma de se sair bem neste tipo de negócio. E se você falhar no processo, pelo menos você fez o seu melhor."
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