Finalmente o meu exemplar de Angel (Tenshi - 天使) de Erica Sakurazawa apareceu. Eu não conhecia nada da série e conhecia pouco a autora, mas achei o mangá no site da Livraria Saraiva por um preço razoável. Não me arrependi de forma nenhuma. Demorou horrores para chegar, três meses quase, acho que a loja não esperava que alguém fosse encomendar esse mangá desconhecido.
Angel é um josei, e tem todos as virtudes e defeitos desse segmento do shoujo mangá. A história é simples, as personagens são bem desenvolvidas, e tudo se resolve em um volume só, feito com pequenos capítulos que poderiam ser lidos como histórias fechadas. Eis o grande mérito. A arte, com as imensas bocas que algumas autoras de josei parecem amar, não é excelente, parece muito mais um esboço. Seria o ponto fraco para muitas pessoas. Mas, como tenho algumas revistas adultas aqui, sei que muitas autoras têm um traço descuidado, nada de bonequinhas bonitinhas, afinal, a ênfase está na narrativa, no roteiro, na qualidade da história.
Angel é um josei, e tem todos as virtudes e defeitos desse segmento do shoujo mangá. A história é simples, as personagens são bem desenvolvidas, e tudo se resolve em um volume só, feito com pequenos capítulos que poderiam ser lidos como histórias fechadas. Eis o grande mérito. A arte, com as imensas bocas que algumas autoras de josei parecem amar, não é excelente, parece muito mais um esboço. Seria o ponto fraco para muitas pessoas. Mas, como tenho algumas revistas adultas aqui, sei que muitas autoras têm um traço descuidado, nada de bonequinhas bonitinhas, afinal, a ênfase está na narrativa, no roteiro, na qualidade da história.
Angel – que foi publicado pela Tokyopop – conta a história de um rapaz, Kato, que encontra um anjo em um bar. Sempre que a menina anjo o beija, crescem asas nas suas costas que desaparecem depois de algum tempo. O anjo é mudo e só se alimenta de gin com limão. Sim, a anjinha é chegada em bebidas alcoólicas. O rapaz fica intrigado porque somente ele pode vê-la e, também, porque o anjo desaparece às vezes.
Quando a menina anjo some, ela está ajudando outras pessoas e o mangá traz um desfile de tipos solitários das grandes cidades que expõem as mazelas da sociedade japonesa contemporânea: o balconista que mora sozinho em uma kitnet, o solteirão que não tem família, a moça do interior que vem para a cidade em busca de uma vida melhor, a menina que sofre bullying e deseja se matar, a mãe solteira, a divorciada infeliz que não dá a devida atenção à sua filhinha, a vizinha cujo marido está longe há meses trabalhando. Uma lista considerável para míseros 9 capítulos.
Angel parece um daqueles filmes intimistas, que receberiam muitos elogios dos críticos, mesmo tendo sido feito com baixo orçamento. As histórias são tocantes, e trazem uma mensagem positiva, pois há esperança para todos, desde que você queira tentar. Eu acredito nisso, então, acabei gostando de Angel. Já encomendei o segundo volume, acho que último, chamado Angel Nest. Há também um filme live action baseado no mangá. A página oficial é esta aqui. Altamente recomendável.
Muita gente diz que a VIZ é que lança os bons mangás, leia-se "sucessos de vendas", mas o pessoal da Tokyopop tem um olho clínico para rastrear material de qualidade superior. E há uma resenha excelente sobre a obra de Erica Sakurazawa aqui. Vale a leitura.
0 pessoas comentaram:
Postar um comentário