Mais uma matéria sobre Serenity, o quadrinho cristão em estilo mangá. Desta vez, é claramente colocado como produto que visa atingir as garotas. Interessante é que o autor - que parece realmente ser um legítimo representante pop da direita protestante americana - recebeu a proposta de Stan Lee (*Precisa dizer quem é?*) para criar algo cristão em estilo supers, mas o autor não se empolgou e percebeu que as meninas estavam lendo mangá porque não havia quadrinhos para elas, viu os lucros que os mangás estavam tendo e... assistiu Sailor Moon! Enfim, a gente sabe bem que há espaço para tudo, mas a brecha para Serenity foi aberta pelo shoujo mangá. Frases do cara:
"Tudo o que estamos fazendo é pegando um formato de mídia popular usando para expressar as preocupações do dia-a-dia da nossa audiência alvo. Nós estanhos trazendo o Cristianismo de volta ao mainstream, que é o lugar ao qual ele pertence."
Bem direto e objetivo.
"Nós queremos dazer alguma coisa na qual as personagens tenham crescimento real e progresso em suas vidas."
Lição tirada diretamente dos mangás.
"Houve quadrinhos Cristãos antes de 'Serenity', mas esses quadrinhos tendiam a cair em duas categorias - essencialmente a história de super-heróis com anjos e as histórias sentimentalóides sem nenhum pé na realidade."
Sem dúvida, ele deve estar certo. Acrescentaria os quadrinhos bíblicos daqueles com desenhos bem sérios e desinteressantes. Tudo muito formal, tradução direta do original americano. Ganhei uma coleção da Vida do Apóstolo Paulo em quadrinhos quando ganhei um concurso na Igreja. Foi lá nos extras que conheci a história do mártir Policarpo e vi pela primeira vez a lista com as "7 maravilhas do Mundo Antigo"
"Nós não somos um nicho. Nós somos o mainstream que o mundo secular das editoras e do entretenimento ignorou por muito tempo. Eu não estou dizendo que é dever deles sustentar esses valores (*cristãos*), mas por um longo tempo eles agiram como se os Cristãos não existissem. Os valores Cristãos são os valores dominantes da nação."
Se Serenity não fosse tão fraquinho eu ficaria com medo. Mas dizer qeu a indústria de entretenimento americana esqueceu os cristãos é uma mentira. Aliás, quem foi um dos grandes responsáveis pela perseguição e castração da criatividade dos artistas de lá, não foram os representantes dos tais valores cristãos? Só que para o cara do estúdio Buzz isso não conta...
0 pessoas comentaram:
Postar um comentário