Fiquei feliz pelo Castelo Animado ser indicado ao Oscar de animação. Não acho que Miyazaki leve outra vez, acredito mais que a academia vá premiar A Noiva Cadáver. De qualquer forma, não ver a Disney no meio dos indicados muito me alegra. Não que eu não curta os desenhos da Disney, mas eu gosto daquilo que muita gente detesta: animação tradicional dominante, muitas músicas e inspiração em contos e histórias de domínio mais ou menos universal. Isso quer dizer que coisas tipo Chicken Little não me agradam, mas que posso assistir e amar Toy Story, por exemplo.
Quanto ao Oscar de filme Estrangeiro, foi muito bom não indicarem Os Dois Filhos de Francisco. Espero que o Ministério da cultura pare de aceitar suborno ou pressão da Globo e indique filmes de qualidade, com cara de premiação, não novelinha da Globo feita para o cinema. Trago ainda o gosto amargo daquela bobagem chamada Olga na memória. E, claro, alguém sempre vai dizer esse é bom porque fala de Holocausto (*e os judeus dominam Hollywood*) ou esse tem criancinha (*e a academia adora criancinha*). Bobagem! Tá aí Minha Vida de Menina, A Casa da Areia e Cidade Baixa, todos recebem prêmios, todos poderiam ter muito mais chance, mas tem que ser um filme da Globo. E quem viu Dois Filhos sabe que é um filme simpático, só terminou mal, posi não tinha nada que os doi manés serem mostrados fazendo show no final. Bastava terminar o filme com o close na cara feliz do Seu Francisco. Aliás, elenco de primeira, Dira Paes e Ângelo Antônio são nota 10.
Quanto aos prêmios principais, não sei para quem torço. Não pude assistir O Jardineiro Fiel, não sei se realmente é bom. Os demais, salvo Munique que tem uma estranha barriga no final, ainda não estrearam. Falando em Munique, tenho que dizer que o filme é bom, mas ainda com os vícios de Spielberg bem evidentes. E como falei, com os últimos 20 minutos bem forçados. A cena de sexo com flashbacks do atentado das Olimpíadas ficou grotesca.
Aliás, eu tinha que assistir Munique, já que o primeiro filme "adulto" que assisti, lá pelos meus 7 anos (1983) foi sobre o caso. Até o último minuto eu esperava que alguém salvasse os atletas... Meu pai avisou que isso não iria acontecer, ele não era de mentir, mas algo na minha cabeça de criança ficou em compasso de espera. Foi triste, tristíssimo. E nesse sentido o fiilme de Spielberg opera bem: sangue chama sangue, desgraça chama desgraça, e ninguém sai ileso no final. As duas torres ao fundo dizem muita coisa, e como a tragédia foi coberta pela mídia, todos nós a sentimos. Quantas mais teremos que ver?
0 pessoas comentaram:
Postar um comentário