Estou postando a tradução de um trecho da entevista que o pessoal do Newsrama fez com Evelyn Dubocq, Diretor de Relações Públicas da VIZ Media. Ele fala de muitas coisas mas dá particular atenção à expansão do setor de shoujo mangá da editora. A Shoujo Beat é um sucesso e a VIZ quer explorar ao máximo um filão que tem uma base de consumidores em crescimento. Bem, traduzi exatamente a parte em que eles falam de shoujo. Comparem com o que acontece no Brasil, e não estou falando de número de publicações aqui, mas do respeito e interesse pelo público feminino (*e seu dinheiro*), principalmente. Importante, também, é que se admite a riqueza e a especificidade do shoujo mangá, coisa que se insiste em negar no Brasil, já que associar o gênero ao feminino, para os machistas d eplantão, seria matar suas possibilidades de atrair o leitor do sexo oposto. E vale nesse sentido a difamação, inclusive, quando se admite que shoujo "é coisa de mulher" (nas suas origens) isso é feito para desqualificar e dizer que é ruim, é menos interessante, que é coisa melosa e sem profundidade. A entrevista também fala da Signature Line para o público adulto e jovem mais exigente, por enquanto, somente shounens e seinen, mas quem sabe eles ofereçam algo shoujo mais para adiante. Vale a pena ler a entrevista toda, para acessar, é só clicar AQUI.
NRAMA: Um dos grandes lançamentos de 2005 foi a nova revista Shojo Beat. Shoujo é um pouco diferente do tipo de mangá tradicional que muitos esperam, a partir disso, como você percebe a recepção que a revista tem tido?
ED: A recepção da revista Shojo Beat tem sido fenomenal e nós acabamos de lançar nossa maior edição até o momento – a de janeiro de 2006 – com mais de 260 páginas! O gênero shoujo tem um grande apelo de massa junto às mulheres jovens com títulos como Nana e Absolute Boyfriend (NOTA: Zettai Kareshi, da mesma autora de Fushigi Yuugi.) de algumas das autoras mais reconhecidas e famosas dentro do gênero. Nós acreditamos que este movimento irá crescer exponencialmente no futuro próximo. Shojo Beat é realmente uma revista única, trazendo conteúdo de interesse das meninas apresentado de forma cativante e de fácil leitura. Estamos muito excitados em anunciar também que a nossa edição de abril incluirá uma entrevista com Keiko Takemiya, uma das mais famosas artistas da história do mangá no Japão. Suas obras ainda não foram publicadas em inglês, mas Keiko Takemiya está entre as primeiras autoras de shoujo (NOTA: pequeno exagero aqui.) e é muito conhecida por séries como The Song of the Wind and the Trees (Kaze to Ki no Uta) e The Grave of the Pharaoh (NOTA: Este eu não conheço nem de ouvir falar...).
NRAMA: Haverá uma seleção mais ampla (NOTA: Em temáticas e estilo, suponho.) em resultado do lançamento da Shojo Beat em 2005?
ED: Sim. Além da nova antologia mensal, VIZ Media está investindo em material que tenha apelo junto a esta nova base de leitoras com uma nova linha de séries de shoujo mangá com o selo Shojo Beat. Dentro dele, títulos como Nana, Kamikaze Girls e Godchild (NOTA: Da mesma autora de Angel Sanctuary.) serão oferecidos. Nós realmente vemos um grande futuro pela frente para o gênero shoujo na América do Norte. Não importa o interesse do leitor, há sempre um título shoujo que pode chamar sua atenção (NOTA: Bom seria que nossos editores aqui percebessem isso.). Crimson Hero, por exemplo, é a primeira série shoujo de esportes (NOTA: a sair nos EUA, claro.), e mostra as aventuras e dramas de uma jovem jogadora de vôlei, enquanto Kaze Hikaru coloca uma personagem feminina em um drama samurai do tipo mais popular (NOTA: Como samurai, inclusive com tonsura, coisa que muitos mangás não fazem para que a protagonista não fique "feia".). Ambas estão disponíveis nas lojas de todo o país.
1 pessoas comentaram:
Ola Valeria! Queria apenas te falar que coloquei um link do seu blog no meu, tudo bem?
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