As Otome vão dominar o mundo

É uma matéria do Mainichi de 27 de janeiro (Geek girls read into new gender roles with gay guys' manga). Está falando do crescimento do número de mulheres otaku, que obviamente cunharam para si um substantivo apropriado otome, que quer dizer menina, donzela, virgem, algo próximo disso (*chequei no dicionário*). O número de lojas exclusivas para mulheres e os eventos voltados para ela vêm crescendo e a tendência é que, de acordo com a matéria, elas dominem Akihabara, o antigo reduto otaku. Nesses redutos de mulheres, que podem ir da adolescência até a meia idade, o yaoi domina e a presença dos doujinshis é maciça.

Para quem acha que coisas assim são absurdas, recordo que boa parte das gibiterias são clubes do bolinha, ou foram por muito tempo, e ninguém se importou. Assim como lojas de eletrônicos (*e cursos dessa área também*) e eventos de quadrinhos. O problema está - e falo do Ocidente, não do Japão - quando as mulheres começam a criar seus próprios nichos. Elas não excluem os homens, mas veja que a idéia de um local amigável para homens ou para mulheres pode variar muito.

Provavelmente, alguns produtos para mulheres poderiam constranger muitos homens (*não todos, ainda bem*), enquanto que gibiterias como as da matéria "Mulheres seminuas ajudam a vender gibi em comic shop" aparentemente não parecem incomodar nada muitos caras que eu conheço por serem ambientes visivelmente constrangedores para a maioria das mulheres. Não ser "girlfriendly", como diriam os americanos, nunca é problema, agora quando os homens são os incomodados...