quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Harry Potter, Livro #6 Terminado


Como terminei Harry Potter and the Half Blood Prince, decidi comentar. Sei que muita gente leu e gosta, então, acho que vale a pena. Ah, li em inglês então não quero saber, embora alguns eu saiba, dos nomes traduzidos e outras aberrações que a edição brasileira traz. Me desculpe quem prefere.

Ler o livro também foi infinitamente superior a ler resumos. Eu sabia quem iria morrer, quem iria ficar com quem MAS muita coisa escapou, como o "acidente" do Bill, as memórias do Riddle, a baixada de bola do Harry diante da sabedoria do Dumbledore, a angústia do Draco, o problema da Tonks, etc, etc. Sempre melhor ir direto a fonte e não aos intermediários.

Para começo de conversa, o livro foi muito mais coeso e não foi prolixo como o livro #4 e especialmente o livro #5. Ele foi direto e tinha uma narrativa bem mais equilibrada. Mesmo que eu não concorde com alguns encaminhamentos, foi um bom livro: cheio de situações interessantes, objetivo e direto. Queria poder emendar o último livro, mas toma uma espera de dois anos...

Ah, aviso, pode conter spoilers!

Foi bom também ter um pouco mais do Snape. Não entrego o que aconteceu, mas digo que ainda confio nele. E acho, sim, que ele fez o que Dumbledore pediu. Mesmo que isso não fique claro agora. Para mim ele é um agente duplo, a serviço de Dumbledore, capaz de fazer qualquer coisa para cumprir sua missão. Até matar... E mais, ele impediu o Harry de usar um unforgivable curse (Cruxiatus) e não acredito que foi para humilhar a protagonista, mas para impedir que ele se contaminasse com o mal. Bem, ainda aposto que Snape salva o Harry no fim, e talvez morra no processo. Aliás, R.A.B. pode ser o Snape... ou até o Sirius... enfim...

Draco também estava bem na sua angústia. Claro, a autora poderia explorá-lo mais, disso eu senti falta. Mas a sua conversa com Dumbledore foi muito significativa, além da cena do banheiro. Eu espero que ele consiga a redenção no final, algo que marcaria um amadurecimento por parte do garoto mimado, pois é isso que ele é, o garotinho da mamãe e do papai, que aind apode tomar jeito na vida. Talvez se Voldermort matasse Narcisa, as coisas se definiriam. E eu ainda torço para que ele fique com a Hermione, pois, sinceramente, ela não merece o arqui-babaca do Ron como "destino". Mas parece que isos não muda e é altamente clichê.

Falando em romances, o caso do Harry com a Ginny acabou fluindo bem. No início achei forçado, a descoberta repentina. E o desfecho, claro foi lugar comum: o herói deve estar sozinho, não pode amar, pois aqueles que ama ficam expostos. Só que com o desenrolar da história todos sabemos que ninguém no universo de HP está seguro. Todos podem ser vítimas de Voldermort e não ser namorada de Harry não muda coisa alguma. ainda mais quando se é uma Weasley e ligada aos membros da Ordem do Fênix. E claro, Hermione fica com o pastel do Ron no sétimo livro... vai acabar se tornando o modelo ideal de mãe anos 50 medíocre que é a Senhora Weasley.

Moody não apareceu! Que pena! :( Achei interessante a tragédia sofrida pelo Bill com seu lindo rosto desfigurado... Sempre existe a máscara do Fantasma da Ópera para se esconder atrás. ^_^ A paixonite da Tonks pelo Lupin acrescentou um pouco ao livro também. Eu gosto dos dois e acho que o Lupin precisa de alguém que goste dele, já que sem os amigos ele está cada vez mais só.

E é isso, a autora deixa tantas coisas no ar e explora tão pouco algumas tramas que deve fazer a alegria dos autores e autoras de fanfics. E isso é ruim? Não, de forma alguma, só alimenta ainda mais essa máquina comercial chamada Harry Potter. E que venha o último livro!

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