quarta-feira, 20 de julho de 2005

Onegai Teacher


Soube com certo atraso do novo mangá da JBC. Vi muita gente reclamando no fórum da editora, no Orkut, nas listas de discussão. Eu mesma poderia me juntar ao coro, mas acho que vale a pena ponderar um pouco. Nunca coloquei os olhos no mangá de Onegai, Teacher, mas vi o primeiro episódio do anime. Não é meu gênero de história, não achei nada demais, só que é o tipo de série que agrada a um monte de gente. Desde o término de Love Hina eu esperava outro mangá que seguisse o mesmo estilo ou passasse perto. Acredito que Onegai, Teacher tenha um pouco esta função.

Outro fator que deve ser considerado é o fato do mangá – que deriva do anime – só ter dois volumes. É o tipo de quadrinho feito para agradar aos fãs da série de tv e não há problema nisso. Só que, sendo curta, ela é fácil de ser colecionada e pode atrair leitores que curtem mangá, gostam de shounens românticos, mas não tem paciência ou dinheiro para longas coleções. Enfim, há vantagens e desvantagens.

Dentre o pessoal que reclamou, há os fãs de shoujo, gente como eu, que espera há tempos por um Karekano. Para essas pessoas, digo o seguinte: convém lembrar que a JBC já nos deu dois shoujos este ano, um deles, um lançamento de ponta.

Sim, gente, Fruits Basket – muita gente gostando ou não – é um lançamento de primeira linha. A JBC tem crédito para pisar na bola por um bom tempo – desde que não vá à falência no processo – depois de ter nos dado esta série de presente. Óbvio que precisamos de outros títulos importantes por aqui e para isso devemos continuar escrevendo, mostrando que os fãs de shoujo existem, mas não se pode esquecer que Fruits Basket veio e que foi a JBC quem trouxe, pegando muita gente – eu inclusa – de surpresa.

Fora Fruits Basket, a editora ainda substituiu um shoujo por outro, ao lançar Tokyo Babylon, um mangá que estou curtindo muito ler. Claro, que substituir CLAMP por CLAMP não é novidade, mas ainda assim, mantém mais um título shoujo nas bancas em um mercado que é dominado por shounens, alguns de qualidade muito questionável. Aliás, quando é que a Conrad, que se diz preocupada em publicar quadrinhos para mulheres, vai substituir Fushigi Yuugi? Isso, sim, demonstra um desrespeito – e duplo, por causa da tal matéria na Zero Hora – em relação aos fãs de shoujo mangá.

Enfim, se você detestou o lançamento de Onegai, Teacher, não deixe seu humor azedar por causa disso. São dois volumes somente, ou seja, quase indolor, e compra quem quer. O importante, pelo menos na minha opinião, é continuar escrevendo para as editoras fazendo sugestões razoáveis, em especial as que parecem nos ouvir um pouco, como a JBC e a Panini.

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