terça-feira, 26 de julho de 2005

Comentando


Independente de tudo o que foi dito sobre preço de capa e distribuidoras, fica a minha dúvida: Se a licença for cara vale a pena manter o licenciamento sem vendas astronômicas? Quanto ao mercado brasileiro, eu realmente acho que as editoras estão publicando mangá porque sabem que vende.

Agora, nem sempre as escolhas dos títulos são as melhores. No caso de Peach Girl, a coisa se torna ainda pior. Como alguém começa uma coleção pelo número #20? E mais, como retomar uma coleção que ficou perdida lá atrás com o número atual? Não se trata de comics (*e muitos deles também têm cronologias*), nem de fumetti. Fora que na maioria do país, não chegamos so #20. Será então que o S.O.S. só vale para quem mora em SP e RJ?

E a proposta de pacotes promocionais é possível? Isso seria uma demonstração de que a editora pode abrir mão de algum lucro, para ganhar bem mais lá adiante. Só que em nenhum e-mail da Elza Keiko tal possibilidade foi ventilada.

Não me levem a mal, confio no que a Elza está dizendo, mas sinceramente, há mais caroço nesse angu, coisas que você talvez ela não saiba, ou não possa falar. E pior ainda, eu li os textos em veículos "oficiais" da Panini (*fórum, revista PG*) que diziam que a série vendia bem e que não seria cancelada. A mudança de rumo é, no mínimo, prejudicial a imagem da editora. E não precisa fazer boicote para queimar o filme da Panini, basta dizer algo do tipo "Olha tal mangá é bom, mas nada garante que vá ser publicado até o fim. Eles costumam cancelar seus títulos, e culpam as baixas vendagens, mas atrasam muito, aumentam preços, as revistas não são bem distribuídas e não fazem promoções para atrair novos leitores. Colecionar mangás dessa editora é correr riscos.".

E pergunto mais e isso é muito importante: É possível revelar a tiragem de PG e quanto vende? Isso, sim, poderia tocar e muito os fãs-consumidores. Se minha revista favorita estivesse vendendo tão mal, eu até compraria outro número #20, talvez até três só para ajudar.

É essa política das editoras de quadrinhos no Brasil, que escondem vendas e tiragens, que nos impede de acreditar sem muita reserva naquilo que é dito sobre o que está em publicação. Falam que vendem muito, parecem vender mesmo em alguns casos, mas quando menos se espera pipoca uma notícia como essa. Mas peço que o pessoal escreva para a Panini, assine o abaixo-assinado on line, não deixe de comprar o mangá e, se possível, recomende o título. É o que podemos fazer, o resto tem que ser esforço da editora para que seu nome não se suje com os consumidores.

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