quinta-feira, 19 de maio de 2005

Lolicon preocupa japoneses


O Japan Times publicou um artigo sobre os esforços para que as leis sobre pornografia infantil sejam expandidad para abarcar animação do gênero, leia-se os hentais que mostram crianças ou mulheres que parecem menores de idade. De acordo com o artigo, 50% de toda a animação pornográfica no Japão mostrameninas em idade escolar. Kaoru Kobayashi, que está sendo julgado por ter assassinado uma menininha de 7 anos disse que passou a se interessar por meninas quando assistia animes hentai no 2º grau.

OK, ninguém vai virar um tarado assassino por assistir anime hentai, mas a tara por menininhas kawaii é, sim, preocupante e pela discussão não está tão de acordo assim com a cultura japonesa como muitos advogam. Fora isso, os crimes contra mulheres, em especial colegiais, têm crescido por lá. Enfim, toda a censura é ruim, mas o assunto é sério e o número de mangás, jogos e anime (lolicon, shotacon, steamy e hentai) estão sendo mandados para o mundo inteiro.

Como feminista e educadora, fico com o pé atrás em relação ao que eles podem estimular direta ou indiretamente. Fico imaginando, por exemplo, que tipo de cabecinha é capaz de imaginar bebês, menininhos e menininhas sendo violentados por tentáculos (**forma fálica clara**) e sentem tesão com essas coisas ou acha graça. Enfim, o Schodt no seu livro Dream Land in Japan já apontava os problemas que esse tipo de coisa poderia apresentar para a indústria de animes, mangás e games japoneses. Eu realmente queria que essa "moda" perdesse força, e esses esqueletos voltassem para o armário, usando crianças reais ou não, tais materiais expõem, a meu ver, uma sociedade que tem desajustes muito sérios.

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