quarta-feira, 25 de maio de 2005

Kodama 2005 - 2º dia


Atrasei na minha análise do segundo dia (domingo) do Kodama, mas aí vai:

Tive problemas para entrar no evento. Não estava armada, ou pelo menos achava que não estava, mas quiseram confiscar as minhas canetas. protestei, disse que não iria deixar o estojo e nenhuma caneta e que não era criança para ficar pixando sei lá o que. A moça recuou, mas ficou com minha tesoura de unha que tem múltiplas funções. Mostrei a bolsa toda, mas cho que fiz uma cara tão feia e como já tenho cara de mãe de alguém não me fizeram entornar nada. :P

Achei muito estranha a proibição dos cartazes e placasa. Por que fazer isso afinal? Muita gente, na falta de diversão de verdade, estava compensando com aquilo. Tinha gente pedindo dinheiro para completar almoço, vendendo beijos (*e outras coisas*), protestando contra algum cosplay, se solidarizando com alguém... enfim, exerc´cio de liberdade criativa que foi confiscada, sabe-se lá porque.

Não entrei para assistir nenhum anime, mas das vezes anteriores, acho que salvo o 1ª Kodama, também não tinha feito isso. Quando vi a programação com seus Narutos e similares, senti que para mim não ia fazer diferença. Aliás, por falta do que fazer, quase fui embora às duas da tarde. Meu marido e eu chegamos até a falar que no ano que vem só iríamos no 1º dia. Por pouco não volto para casa a tempo de assistir Deep Space Nine.

Não comprei mais do que dois cards de Jornada nas Estrelas (*acreditem, é verdade*) no segundo dia. Eram os mais baratos, porque eram do filme Generations e saíram por R$1,00 cada. Não comprei nenhum mangá! Nem camisa. Nada, nada! Estava de olho em umas Replicants usadas mas o sujeito não aceitou vender por um preço decente, estavam cobrando mais do que um exemplar novo na Fonomag. Como as revistas eram velhas, tinha as quatro primeiras edições, que correspondem a 1996 e 1997, dizer que comprou caro não valia. Acho que as lojas estão fazendo cada vez mais feio e ignorando o potencial do público de Brasília. Há muita gente com dinheiro aqui, e sei que comprariam qualquer coisa com mínima qualidade. Ou seja, as lojas cobram caro, trazem pouco material (*não vi muita coisa esse ano*), e voltam com sobras.

A palestra com os dubladores me pareceu um fiasco. colocaram tudo pela manhã, quando ainda estava vazio, só apareceram três sujeitos e todo mundo que queria ouvir alguma coisa teve que sentar no chão. Eu não ligo para dubladores, não pego autógrafo e essa parte do evento não me enche os olhos MAS é certament um dos pontos altos para muita gente. Enfim, acredito que muita gente ficou decepcionada, se eu tivesse esperado por essa parte também ficaria.

Faltou atração no palco principal e decidiram preencher com apresentações do tipo duelo de jedis... nada contra, mas será que não poderiam ter feito melhor? a entrada foi cara, queria palestras, um som melhor e, no mínimo, lugar para sentar. Muita gente compareceu, talvez mais do que nos anos anteriores, e o pessoal do Kodama precisa ter mais profissionalismo. Não que eu ache que vai surgir outro evento melhor em Brasília, mas, simplesmente por respeito aos pagantes.

Destaque para os cosplays, eles estavam muito bem feitos e o grupo de Ragnarock que venceu estava 10 (*tinha uma ex-aluna minha no meio*). Pena que não consegui tirar foto dos três meninos vestidos de gothic lolitas, aliás, os góiticos e meninos de menina imperaram. Destque para as duas sailors. Ficamos, meu marido e eu, tentando descobrir o sexo das duas (*Vênus e Mercúrio*) mas só quando cheguei perto e pedi para tirar foto, a coisa ficou clara. Isso é que era performatividade corajosa. ^_^

Meu dia seria perdido se não tivesse ido fazer um workshop de garage kits. O Marcos Vini, que vem todos os anos, levou uns kits intercambiáveis, resultado, cada um poderia montar a sua boneca como bem quisesse. Colocar o workshop em tendas (*os outros também estava*) não foi má idéia porque deu visibilidade maior a coisa. Nos outros anos, eram dois ou três gatos pingados, esse ano juntou muita gente e a maioria eram mulheres. Achei legal, mas uma propaganda melhor dos cursos também ajudaria e o Vini poderia ter tido duas turmas, uma no sábado e outra no domingo. E por que não informarem com antecedência horários e lugares dos workshops? Lamentável, foi mais perda que ganho. O vento e o sol também atrapalharam um pouco o trabalho. No final, a melhor coisa que levei do Kodama foi minha Pinky Street (*é o nome que se dá a esse tipo de boneca*). Foi um bom trabalho para uma principaiante. ^_^

Se tivesse que dar nota, esse Kodama ficaria com o conceito mais baixo, seja pela organização, infra-estrutura ou pelas lojas. Fora, claro, que colocaram o evento no fim de semana da tradicional feira de cultura japonesa da Escola Modelo, teve muita gente tendo que optar entre uma ou outra. Esperemos por melhoras no ano que vem. :(

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