domingo, 5 de maio de 2024

Gender Bender: Autora de Mizuiro Jidai inicia novo mangá na revista Ciao

Yuu Yabuuchi é uma veterana da revista Ciao e o Comic Natalie deu destaque a estreia de sua nova série na revista Ciao Plus.  E é uma série dentro de um dos gêneros mais clássicos do shoujo mangá, o gender bender.  Uesugi-kun wa Onnanoko o Yametai (上杉くんは女の子をやめたい) começa com o protagonista, Keisuke Uesugi, preocupado com o fato de todos na sua família serem baixinhos.  Uesugi tem um amigo muito próximo chamado Eito que, se entendi bem o CN, não é muito bonito, nem inteligente, mas deve ser alto.  Uesugi um dia ouve uma amiga de infância chamada Noeru comentar com outros colegas de escola que Uesugi ficaria muito bonitinho como garota.  Triste e deprimido, ao passar por um templo, ele faz um pedido... 

Segundo o CN, a série se centrará em um triângulo amoroso, provavelmente entre Uesugi, Eito e Noeru.  O título traduzido da série seria algo como "Uesugi-kun quer deixar de ser uma garota".  É uma comédia, está evidente.  Yabuuchi é uma especialista em retratar a transição da infância para a adolescência em suas obras.  E o CN informa que, apra comemorar a estreia, sua obra mais importante, Mizuiro Jidai (水色時代), estaria disponível gratuitamente no site da Ciao por 24 horas para leitura.

Um papo sério: mudança no Código Civil pode prejudicar e muito as mulheres

Nos últimos anos, estamos presenciando no Brasil a retirada de direitos sociais que imaginávamos, pelo menos, a minha geração assim pensava, que eram intocáveis.  A reforma da previdência roubou não somente o direito de aposentadoria de muitas pessoas, mas prejudicou e muito as viúvas, porque elas são maioria, no recebimento de suas pensões.  Mulheres que foram empurradas para a vida doméstica, ou que a abraçaram por vontade, trabalham muito, mas não têm renda formal.  Ao perderem seus maridos passaram a receber pensões ainda mais diminutas.  E não pensem que o governo atual vá mexer nisso, mesmo se quisesse, não teria força.[1]

Agora, está a caminho a reforma do Código Civil.  Os links que coloquei até agora são todos de páginas de sindicatos, mas a matéria que me chamou a atenção para o tema veio do Correio Braziliense e tem o seguinte título Mudança no Código Civil prevê que viúvas e viúvos não tenham direito à herança.  Segundo a matéria:

"O projeto do novo Código Civil, apresentado no Senado em abril, prevê que viúvas e viúvos não sejam mais herdeiros diretos de seus cônjuges. Em outras palavras, eles deixam de ter direito à herança caso a pessoa falecida tenha pais ou filhos vivos. Viúvas e viúvos só terão direito aos recursos se não existirem herdeiros necessários — descendentes (filhos e netos) ou ascendentes (pais e avós) — ou se o cônjuge falecido deixar testamento.  Em termos jurídicos, a mudança proporciona maior flexibilidade para os cônjuges regularem suas questões patrimoniais livremente. No entanto, a questão despertou polêmica devido à invisibilização do papel das mulheres como responsáveis pelo trabalho doméstico — e que a partir de agora não teriam mais direito à herança."


Pense na mulher que se dedicou ao lar a sua vida inteira, ajudando a garantir ao marido a tranquilidade para levar sua carreira adiante, ou que teve dupla jornada de trabalho, cuidando de boa parte dos afazeres domésticos e contribuindo com a renda familiar. Pense naquela mulher que foi cuidadora do marido até sua morte, porque estatisticamente somos nós, mulheres, as cuidadoras principais.  

A cultura dominante nos empurra para esse papel. Pense em casais homoafetivos, gente que foi escorraçada pela família, mas conseguiu dar a volta por cima e juntou um patrimônio. Morreu o parceiro, a parceira, o marido, você não é mais herdeiro do seu cônjuge.  Conheço gente que colocaria a madrasta, o padrasto, fora de casa antes de terminar o velório. A quem beneficia essa mudança?

Para quem disser que basta fazer um testamento ou casar em comunhão parcial ou total de bens.  Pesquisando, descobri que o valor médio HOJE para fazer um testamento, que envolva bens, deve ficar perto dos 2 mil reais.  Gente pobre não costuma fazer testamento, quem faz testamento é quem tem bens de verdade e, às vezes, nem nessa situação.  Há quem se acredite eterno.  Há quem more junto e pronto, até provar que tem algum direito, talvez nem tenha mais, já foi para rua.  Quem mais vai perder com uma reforma no Código Civil nesses termos são mulheres cis, pobres, negras, quem está na sigla LGBTQIA+.  Se você ainda achar OK, que basta se precaver, deixo as palavras do senador Fabiano Contarato.  Ele é da área de Direito, eu não sou, e fez um vídeo comentando a proposta.  

Fiquem de olho, porque de direito em direito ficamos sem nada, e quem perde direitos mais rápido somos nós, as mulheres, as pobres em particular.  É muito, muito, muito sério o que está em andamento.  Para quem quiser, recomendo o artigo do site AzMinas sobre a proposta do novo Código como um todo.  A parte que comento aqui está no tópico Zona Cinza.

[1] A reforma também definiu que viúvas e viúvos com filhos menores de 21 anos, não emancipados, recebem um adicional de 10% por dependente. O valor é limitado a 100% do benefício ou quatro filhos menores. O filho ou a filha que atingir a maioridade deixa de receber os 10%. A viúva ou viúvo receberão apenas os 60% a que têm direito.  Se o trabalhador que faleceu não era aposentado, a viúva ou viúvo terá direito a 60% da média de todos os salários do falecido, a partir de 1994, e não sobre os 80% maiores salários, como era antes quando o valor do benefício equivalia a 100% da aposentadoria recebida pelo segurado ou ao valor a que teria direito se fosse aposentado por invalidez. Se houvesse mais de um dependente, a pensão era dividida entre eles.  Fonte.

Mangá de Satoru Hiura vai virar dorama

Saionji-san wa Kaji o Shinai (西園寺さんは家事をしない), série atual de Satoru Hiura, muito conhecida por seu grande sucesso Hotaru no Hikari (ホタルノヒカリ), terminará na edição da Be Love que sai em 31 de maio e o dorama estreará em julho, mês de lançamento do quinto e último volume da série.  Com tão poucos volumes, imagino que não seja difícil adaptar.  A série aparentemente não tem scanlations, mas ela deve aparecer.  O resumo mais completo que encontrei estava no Comic Natalie, mas tive que fazer algumas adaptações, porque me pareceu confuso depois de passá-lo pelo tradutor:

Kazuki Saionji tem 38 anos, trabalha em uma empresa de aplicativos para a internet e é uma mulher que não faz trabalho doméstico, já Toshinao Kusumi, é um jovem pai solteiro com uma filhinha pequena. Saionji é muito competente no que faz, é alegre, positiva e atenciosa, e tem grande confiança de seus superiores, colegas e parceiros de negócios. O aplicativo principal que ela gerencia é de fornecimento de trabalhadoras domésticas e, por algum motivo que não sei, ela acaba tendo que ir morar na casa do rapaz e fornecer os tais serviços.  O resultado, já sabemos.  O título do mangá traduzido seria Saionji-san não faz trabalho doméstico.

Os papéis principais do dorama ficarão à cargo de Wakana Matsumoto, no papel de Saionji, e Hokuto Matsumura como Kusumi.  Achei curioso que Matsumoto é mais velha que a personagem título, não raro, salvo no caso de adolescentes, pegam atrizes mais jovens para fazer os papéis nos doramas e live actions.  

sábado, 4 de maio de 2024

Por que o sexo nos filmes está diminuindo? (Artigo traduzido)

A Folha de São Paulo trouxe uma matéria intitulada "Cenas de sexo diminuíram em 40% desde 2000 nas maiores bilheterias dos EUA".  Ela comenta um artigo do The Economist, mas não consegui quebrar o paywall para lê-lo completo.  No entanto, a FSP dizia que os dados para a matéria do The Economist tinham vindo de um levantamento feito por  Stephen Follows, cuja página é aberta.  Eu traduzi o artigo e o coloquei com a mesma estrutura logo abaixo.

Ao que parece, a pesquisa vai de encontro ao que estava no relatório chamado "Romance ou Nomance?", que eu traduzi tempos atrás, e, também, a um post mais antigo aqui do blog, falando de como o sexo mais ostensivo, que marcou os shoujo mangá nos anos 1990 até quase 2010, praticamente sumiu das revistas impressas e migrou para as revistas digitais, e comentando como as telenovelas ficaram mais castas (*e insossas*), também.  Enfim, as ponderações de Stephen Follows são interessantes, mas apontam para algo que é muito curioso e incomodo aos meus olhos.  Mostrar sexo consentido não pode, mas violência e outros temas altamente questionáveis continuam lá.  

Estamos mais puritanos, naquele sentido hipócrita do termo, e a ficção que produzimos para estar à luz do dia parece cada vez mais contida.  Peguem as discussões do pessoal sobre os animes da temporada e vejam o quanto qualquer coisa que saia da forminha ocidental de representação de desejo, relacionamento e sexualidades desperta furor e reprovação.   Como já escrevi em outros momentos, muitos (ditos) progressistas e os reacionários às vezes dão as mãos, o problema é que a colaboração entre esses dois grupos é sempre temporária e o segundo grupo é bem mais organizado e sempre disposto a eliminar o primeiro.  

Caminhamos a passos largos para O Conto da Aia, porque, no fim das contas, os (falsos) moralismos tem como suas vítimas imediatas as meninas, as mulheres, as minorias sexuais, enquanto isso, pastor moderninho pode dizer de púlpito que assediava a filha adolescente e tudo bem, só recebe risadas e aplausos.  Mas chega de pessimismo, o artigo traduzido está logo abaixo:

Por que o sexo nos filmes está diminuindo?

Há alguns anos, investiguei se os thrillers eróticos estavam realmente em extinção ou se era apenas um viés de disponibilidade devido ao fato de que os principais exemplos que me vêm à mente são, em sua maioria, da década de 1980.

Mais recentemente, Rachel Lloyd, do The Economist, pediu-me para analisar mais profundamente um dos gráficos, que indicava um declínio nos níveis de conteúdo sexual nos filmes.

Isto levou-me a atualizar e aprofundar o conjunto de dados para nos ajudar a examinar o que está a acontecer e a especular sobre o porquê. Você pode ler o artigo de Rachel no The Economist aqui, e compartilharei os dados abaixo.

Analisamos os 250 filmes de maior bilheteria de cada ano desde 2000, rastreando o nível de conteúdo sexual por meio de sinais de órgãos de classificação de filmes e bancos de dados de filmes. Há mais detalhes sobre a metodologia e critérios no final do artigo.

Com o tempo, o sexo diminui

Comparando cada ano com a linha de base de 2000, podemos ver um declínio constante na quantidade de sexo em longas-metragens. Em 2023, tinha caído quase 40% desde o início do século.

Outros “vícios” também estão diminuindo?

Ao querer compreender isto melhor, a primeira coisa que podemos perguntar é: ‘Estão outros tipos de ‘material questionável’ também em declínio?’.

Utilizando o mesmo método de procurar sinais de classificações e feedback sobre os filmes, podemos ter quase a certeza de que, não, os níveis de consumo de álcool, drogas, violência e palavrões não registaram o mesmo declínio que o conteúdo sexual.

O que está por trás do declínio?

Neste ponto, tenho certeza que você está se perguntando se é uma redução na intencionalidade do conteúdo sexual (ou seja, o mesmo número de cenas com sexo, mas em um nível mais discreto) ou se é um caso de menos cenas sexuais em geral.

A resposta é muito clara – é a última. O maior impulsionador desta redução generalizada do conteúdo sexual é o aumento do número de filmes que desviam de quaisquer cenas de natureza sexual. Em suma, há mais filmes completamente limpos.

Em quais tipos de filmes essa tendência é mais aparente?

A tendência decrescente está presente na maioria dos gêneros cinematográficos, mas é mais intensa em filmes de suspense e ação.

E é menos aparente entre os filmes românticos.

É interessante notar que os gêneros [cinematográficos] parecem se correlacionar vagamente com uma tendência anterior que discuti em relação ao gênero do público cinematográfico.

O gráfico abaixo usa dados da comScore e revela que thrillers e filmes de ação têm uma ligeira tendência masculina, e o romance tem o segundo maior valor com uma tendência feminina.

Então, por que isso está acontecendo?

Os dados não podem nos dar uma razão definitiva, mas há uma série de questões que poderíamos sugerir que estão desempenhando um papel:

  1. Mudanças no gosto do público. O público moderno, especialmente os mais jovens, como a Geração Z, pode ter menos interesse em representações explícitas da sexualidade. Em vez disso, há uma preferência crescente por conteúdos que evitem totalmente temas sexuais ou os tratem com mais sutileza.
  2. Mudança nas normas culturais. Os movimentos sociais e as discussões acirradas em torno do consentimento e da representação de género provavelmente contribuíram para uma abordagem mais cautelosa na inclusão de cenas de sexo em filmes. Produtores e cineastas podem ser mais sensíveis à forma como o conteúdo sexual pode ser percebido ou potencialmente gerar controvérsia.
  3. Considerações sobre o mercado global. Os filmes com bom desempenho nas bilheterias internacionais tendem a favorecer conteúdos que possam ser traduzidos em diferentes normas culturais. Cenas de sexo explícito podem resultar em classificações etárias ou censura mais restritivas, reduzindo assim o alcance potencial de um filme.
  4. A era do streaming. Com a ascensão dos serviços de streaming, que oferecem experiências de visualização personalizadas, poderá haver menos procura de conteúdo sexual em filmes de grande estreia. Produções e séries de nicho em plataformas de streaming, onde o conteúdo pode ser mais direcionado e controlado, podem absorver a demanda por esse tipo de material.
  5. Estereótipos ultrapassados. A tendência também poderia ser uma rejeição de estereótipos ultrapassados, onde as cenas de sexo eram muitas vezes marcadas pela objetificação e apresentadas através de um olhar predominantemente masculino. Os filmes modernos podem tentar retratar a sexualidade de uma forma mais autêntica e respeitosa. Isto parece particularmente relevante quando pensamos em gêneros “tradicionalmente voltados para os homens”, como thrillers e filmes de ação, como vimos acima.
  6. A disponibilidade de conteúdo adulto em outros lugares. Com a onipresença da pornografia na Internet, o público que busca conteúdo sexual explícito tem uma abundância de opções disponíveis online. Isto reduziu potencialmente a necessidade do cinema convencional preencher este nicho, permitindo que os filmes se concentrassem noutros elementos da narrativa sem a necessidade de incluir cenas de sexo para atrair espectadores.
  7. A ascensão dos coordenadores de intimidade. À medida que a indústria cinematográfica aborda situações anteriores de assédio e comportamento impróprio no set, o papel do Coordenador de Intimidade ganhou destaque. A sua presença pode desencorajar cenas de sexo gratuitas, a menos que sirvam um propósito narrativo crítico. Analisei isso há alguns meses e abaixo um gráfico-chave desse trabalho.

Notas

A pesquisa de hoje analisa os 250 longas-metragens de ação ao vivo de maior bilheteria de cada ano, de acordo com as bilheterias nacionais. Os dados brutos de uma variedade de fontes, incluindo OMDb, IMDb, Wikipedia, Common Sense Media, Dove.org, MPAA e BBFC. Usei esses sinais para construir minhas próprias medidas de conteúdo sexual em cada filme.

Excluí os filmes se a sua representação de conteúdo sexual se limitasse à violência sexual, como violação ou agressão sexual. Não foi um grande número de filmes, mas achei que era importante porque há uma diferença entre conteúdo sexual concebido para excitar e aqueles concebidos para repelir/causar repulsa.

A pesquisa de hoje se concentrou em filmes de grande bilheteria, pois esse era o critério que a The Economist queria que eu estudasse. No entanto, quando observei as tendências em uma seleção mais ampla de filmes, encontrei os mesmos resultados.

O gráfico de audiência usa uma concepção binária de gênero, pois foi assim que a comScore coletou os dados nesse período.

Epílogo

A engenhosidade deste artigo é um modelo que gosto muito. Eu tinha publicado o gráfico original que mostrava o declínio do sexo no ano passado, mas não tinha percebido o seu significado. Teria definhado como nota de rodapé do artigo original, se o The Economist não tivesse pedido mais detalhes.

Não só isso, mas a perspectiva de Rachel sobre o tema melhorou e aprimorou minha leitura dos dados. Você pode ler o artigo dela aqui.

Anime da Rosa de Versalhes terá exposição comemorativa na Itália

Os italianos amam Lady Oscar, o mangá foi publicado várias vezes no país, e o anime foi um marco na TV do país.  Pois bem, vi primeiro no Pro Shojo Spain que a Yamato Video, que lançou o anime na Itália, e o  WOW Spazio Fumetto, no Museo del Fumetto, em Milão farão uma exposição em homenagem ao 45º aniversário da animação.  Ela estará aberta entre os dias 25/05 e 15/09.

O Anime Click informa que a Yamato lançará uma nova edição em Blu-ray da série no dia 14 de julho e que a exposição trará estão produtos originais, edições raras, figurinos, informações históricas e tudo o que contribuiu para a criação do culto em torno da série de Riyoko Ikeda.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Mangá de Tomoko Yamashita vai virar anime

Ontem, o Manga Mogura anunciou que o mangá Ikoku Nikki (違国日記), de Tomoko Yamashita, terá animação para a TV.  Foi uma surpresa até certo ponto, afinal, a série já tinha sido adaptada para o cinema este ano e tem mais cara de dorama mesmo.  Pois bem, qual e história de Ikoku Nikki?

Makio Koudai, uma romancista de 35 anos, se viu obrigada a morar com sua sobrinha Asa, de 15 anos. Makio acolheu Asa por um impulso repentino depois que os pais da menina faleceram.  Makio era irmã da mãe de Asa. No dia seguinte, Makio volta a si e lembra que não se dá bem na companhia de outras pessoas. Assim começa sua vida diária, enquanto Makio tenta se acostumar com um colega de quarto, Asa tenta se acostumar com um adulto que nunca age como tal. 

A série, que foi publicada na Feel Young, foi indicada Manga Taishou Award 2019 e 2020 e para o Prêmio Cultural Tezuka Osamu 2024 tem 11 volumes ao todo.  Encerrado está e isso facilita uma adaptação.  O primeiro teaser trailer já saiu.  Para quem quiser, tem scanlations.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Anunciada a segunda temporada de Kakuriyo no Yadomeshi. A primeira é de 2018!!!!

Sabe quando você pensa que seu anime do coração não terá uma segunda temporada?  Quando você perde todas as esperanças?  Pois é, às vezes, raramente, é verdade, a indústria de anime vai lá e lhe surpreende.  Hoje, uma das  Twitter é o anúncio da segunda temporada de Kakuriyo no Yadomeshi (かくりよの宿飯), de Midori Yuuma (roteiro) e Laruha (ilustrações).  A série baseada em light novels e que tem mangá publicado na revista B's Log com arte de Waco Ioka.  O resumo que achei da série é o seguinte:

Aoi Tsubaki é uma estudante universitária que tem a habilidade de ver Ayakashi, uma característica que herdou de seu falecido avô. Um dia, quando Aoi passa por um santuário torii, ela vê um Ayakashi sentado ali e anuncia que está com fome. Porém, após lhe dar comida, Aoi é sequestrado pelo Ayakashi, um yokai chamado Odanna. Ele a leva para o Reino Oculto, um mundo onde vivem todos os Ayakashi. Ele diz a Aoi que o avô dela tinha uma dívida com ele e, como compensação, ela deveria se casar com ele. Em vez disso, Aoi negocia com o yokai, pedindo para trabalhar na sua pousada, a Tenjin'ya.

Segundo encontrei, Ayakashi (アヤカシ) é o nome coletivo para yōkai que aparecem acima da superfície de um corpo de água.  Enfim, confesso que eu não lembro dessa série.  ZERO lembrança mesmo, mas fiquei feliz, porque a gente sempre tem aquela série que a gente quer muito uma segunda temporada, que parecia coisa certa e nunca saiu.  A minha é Kurage-Hime (海月姫), qual é a sua?

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Riyoko Ikeda desenha Murasaki Shibiku

Apareceu para mim a notícia de que Riyoko Ikeda desenhou Murasaki Shibiku para um goshuin (御朱印), que será vendido no santuário Shimogamo, em Kyoto.  Vamos explicar o que é isso tudo que eu escrevi.

Riyoko Ikeda é a mangá-ka lembrada, principalmente, pela sua obra Rosa de Versalhes.  Já Murasaki Shibiku é a autora da obra Genji Monogatari, datada no século XI, e considerada por muitos o primeiro romance da literatura mundial.  Um goshuin é um selo-amuleto vermelho que pode ser comprado, porque é tratado hoje como souvenir, em templos xintoístas e budistas.  Já o templo Shimogamo é um dos mais antigos e importantes santuários xintoístas do Japão.  Ele é tombado pela UNESCO e data do século VI.

Pelo que entendi, houve uma colaboração entre Ikeda e o famoso santuário para produzir um goshuin-mangá. Ele será vendido a partir de primeiro de maio no templo.  E existe, segundo o Mag Japan, uma coisa chamada Kawai Shrine Award, porque esses goshuin são colecionados, e outro selo, um com a deusa Tamayori Hime, mãe do primeiro imperador do Japão, também estará disponível na mesma data.  Se vocês observarem, as duas personagens estão usando roupas de eras distintas, Lady Murasaki da Era Heian (794-1185) e Tamayori Hime da Era Nara (710-794), eu acho, ou até antes. Esse tipo de amuleto é colecionado por muitas pessoas no Japão, trata-se de uma coleção especial.