O guia Kono Manga Sugoi! (このマンガがすごい!, "Este mangá é legal!") existe desde 2005 e publica três listas, uma com os melhores mangás femininos, outra com os melhores mangás masculinos e uma terceira (*que não tem aparecido traduzida por aí*) com as melhores revistas. Faz alguns anos que eu publico a lista. O guia sai na sexta-feira e vários perfis, como o Manga Mogura e o Pro-Shojo Spain, estão tentando organizar a lista dos melhores do ano. O Pro-Shojo Spain conseguiu os cinco primeiros da lista feminina, que é a que nos interessa. Eu trouxe para cá. Logo terei os vinte nomes e faço outro post completo:
1. Tamaki to Amane (環と周) de Fumi Yoshinaga - Josei, publicado na revita Cocohana. Logo, logo, deve virar filme live action. É volume único. Algume editora brasileira se interessa?
2. Koi Toka Yume Toka Tententen (恋とか夢とかてんてんてん) de Minami Serata - Revista Shuro, Seinen, nem deveria estar aqui.
3. Ball and Chain (ボールアンドチェイン) de Minami Q-Ta - Revista Shuro, outro seinen.
4. Jaa, Anta ga Tsukutte Miro yo (じゃあ、あんたが作ってみろよ) de Natsuko Taniguchi - Josei, publicado na revista Comic Tant.
5. Koiseyo Mayakashi Tenshi-domo (恋せよまやかし天使ども) de Coco Uzuki - Shoujo, publicado na revista Dessert. Deve ter dorama, ou anime em breve.
Parece que o guia terá uma matéria especial sobre o grupo CLAMP e seus melhores mangás, por isso, Card Captor Sakura (カードキャプターさくら) na capa deste ano.
Eu não sabia, mas deveria imaginar, claro, que da mesma forma que o sindicato dos figurinistas tinham uma premiação, o sindicato dos cabelereiros e maquiadores (Make-Up Artists & Hair Stylists Guild) também existia e tinha a sua premiação (MUAHS Awards). O sindicato existe desde 1937 e a premiação, com dezenove categorias, foi criada em 2016 e os indicados saíram hoje. Fiquei sabendo, porque Bridgerton foi indicado em duas categorias, Maquiagem e/ou Personagem de Época (Erika Okvist, Jessie Deol, Bethany Long) e Cabelo e/ou Personagem de Época (Erika Okvist, Farida Ghwedar, Emma Rigby), ambos para a TV.
Estou longe de ser entendida neste assunto, mas gosto de cinema e sou uma chata. Então, acredito que essa premiação tenha um problema, o MUAHS não separa Época de Fantasia. Então, se formos para as categorias de cinema, temos indicados em Maquiagem e/ou Personagem de Época Beetlejuice Beetlejuice (*que parece ser o favorito), Deadpool & Wolverine, Gladiador II, MaXXXine e Wicked. Três filmes de fantasia, ou dois de fantasia e um contemporâneo, e dois filmes de época (Gladiador II e MaXXXine). A premiação de figurino divide as categorias.
Além dessas categorias que eu comentei (Melhor Maquiagem e Melhor Cabelo), há efeitos de maquiagem, há uma premiação com categorias para programas de TV que não são séries e filmes, e os programas para crianças, reunindo tudo, nesse caso ficam separados. E isso me fez descobrir que The Loud House agora tem live action. Faz muito tempo que minha filha não vê a Nickelodeon.
Saíram hoje as indicações para o Globo de Ouro e Ainda Estou Aqui conseguiu duas indicações, Filme Internacional, já esperado, e Melhor Atriz de Filme (drama), algo muito mais complicado. A lista completa dos indicados está aqui. No Globo de Ouro, há duas categorias de Melhor Atriz, drama e comédia/musical, o que torna a seleção ainda mais difícil.
Enfim, torço muito pelo sucesso de Ainda Estou Aqui, gostaria de mais indicações no caso do Oscar, como Roteiro Adaptado, mas é esperar. O filme vai bem, na sua 5ª semana, se mantém em primeiro lugar, mesmo com Moana 2 ocupando uma quantidade enorme de salas. Para quem quiser, fiz resenha do livro e do filme.
Foi anunciado que Kiss de Fusaide, Bare Naide。 (キスでふさいで、バレないで。), de Fudou Fudono, vai virar dorama.
O ponto de partida da história é o seguinte: Uma noite, Kaede acidentalmente se tranca para fora do escritório, mas então ela encontra Shioya, o cara por quem ela está apaixonada, no corredor do lado de fora. Sem sua bolsa, celular e como voltar para casa, ela aceita a ajuda de Shioya. O rapaz até acaba se oferecendo para deixá-la ficar em sua casa durante a noite! Só que é quando o colega de quarto de Shioya chega em casa, e os dois entram em pânico e correm para se esconder no armário. Ele permite que ela o amarre para que ele não faça nada com ela (*sim, é isso*), mas as coisas acabam meio que saindo do controle. 🔥🔥🔥
Fui olhar e vi que tinha lido o primeiro capítulo desse mangá muito tempo atrás, estava até na minha lista de leituras do Bato.to. Eu só li o primeiro capítulo mesmo, mas a julgar por ele, bem, vão ter que retirar muita coisa dessa história, ou será que há dorama +18?
A série é estrelada pelo membro do grupo WEST, Ryuusei Fujii como Daisuke Shioya e Ayaka Konno como Kaede Satou. Outros nomes virão depois. O mangá é publicado na revista ou selo (*não sei*) Suki Shite? Momoiro Nikki, da Solmare, e tem três volumes até o momento.
A autora desenhou ilustrações comemorativas para o dorama e postou no Twitter, ele estreia no dia 3 de fevereiro. As informações vieram do Comic Natalie. Se a onde de doramas TL realmente pegar, espero que pensem sinceramente em transformar em série live action um dos meus mangás favoritos... Quem sabe, não é?
Honey Lemon Soda (ハニーレモンソーダ) é o maior sucesso da revista Ribon em mais de uma década, teve filme live action e o anime estreia no dia 8 de janeiro. Quando a Panini anunciou o licenciamento da série no México, houve quem cantasse a pedra de que a série viria para o Brasil, também. Muito bem, o anúncio foi feito na CCXP hoje.
O resumo do início da história é o seguinte: "O ginasial deixou Uka Ishimori com nada além de cicatrizes — a ponto de ela ter esquecido como rir, chorar ou até mesmo dizer "olá". Mas um reencontro casual com um garoto de cabelo cor de limão a revigora, dando-lhe esperança de que talvez, apenas talvez, a vida possa ser muito mais doce se ela finalmente pedir ajuda." É um romance escolar clássico, que conseguiu atrair um público maior do que aquele que é o alvo da revista Ribon. Muito provavelmente, quem gostar de Kimi ni Todoke (君に届け), irá gostar de Honey Lemon Soda.
É uma boa escolha mercadológica, tendo em vista a estreia do anime. Espero realmente que a Panini tenha o retorno desejado, se o anime fizer sucesso, muito provavelmente, será. Agora, é uma série que já está no volume #27 e a autora não sinalizou que vai terminar a série.
Faz uns 15 anos pelo menos, provavelmente mais, que eu escrevo neste blog que o melhor cartão de visitas para Hagio Moto no Brasil seria Juuichinin Iru! (11人いる!) ou They Were Eleven!, seu título internacional. Muito bem, a JBC acabou de anunciar a série na CCXP, o maior evento de cultura pop brasileiro (*talvez, da América Latina*), que ocorre em São Paulo até este domingo.
Para quem não sabe, They Were Eleven! é um mangá de ficção científica em volume único, publicada por Hagio Moto na revista Betsucomi em 1975. A história se passa em um futuro distante no qual membros das mais diferentes nações da galáxia almejam ser aprovados na Academia Cosmo. O protagonista, Tadatos Lane, um órfão de Terra (*que não é o nosso planeta especificamente, mas um império construído a partir dele*) com poderes extrassensoriais. O estágio final do exame de admissão da academia é uma simulação de missão perigosa a bordo de uma nave estelar abandonada.
Os candidatos partem para as naves em grupos de dez, mas quando a tripulação de Tada chega na Esperanza, eles ficam horrorizados ao descobrir que agora são onze. Conforme o teste avança, as coisas dão errado e a atmosfera fica cada vez mais tensa. Os membros da tripulação começam a suspeitar de sabotagem, e Tada parece ser o provável culpado.
Em They Were Eleven!, Hagio Moto desenvolve uma trama que tem mistério, um estado de tensão permanente, um ambiente de ficção científica, gênero no qual ela iria investir mais de uma vez no futuro, crível, mas, algo muito importante, discussões sobre papéis femininos e masculinos. Todos os candidatos naquela nave seriam homens, mas um deles, Frolbericheri Frol (Frol), talvez não seja. É explicado que no mundo de Frol, todas as crianças nascem sem que seu sexo biológico seja determinado, são educadas da mesma maneira até que, ao entrarem na puberdade, será revelado se são meninos ou meninas. Caso sejam meninos, há várias possibilidades diante deles, caso sejam meninas, só existe uma, o casamento, talvez, poligâmico e uma vida de servidão.
Frol, caçula de sua família, não quer ter o destino de suas irmãs, conseguir a aprovação na Academia Cosmo seria uma distinção que nenhum dos membros de sua família poderia ostentar. O problema é que Frol sabia que seu corpo estava mudando e que ele não era ele, mas ela. Frol rejeita qualquer coisa que seja visto como feminino e, aos seus olhos, Tada, que é inegavelmente homem em sua sociedade, seria um exemplar masculino defeituoso e que ofenderia as suas sensibilidades. Só que não é bem essa a questão... E há pelo menos mais uma personagem na tripulação, Vidminer Knume (Knu), que não é necessariamente masculino, ou feminino, mas cuja cultura lê essas identidades de outra forma.
They Were Eleven!, junto com Poe no Ichizuku (ポーの一族), que é da mesma autora, venceu o 21º Shogakukan Manga Award na categoria shoujo/shounen (*era uma só*), quando da sua criação, em 1975. They Were Eleven! teve um gaiden e uma continuação (Zoku 11-nin Iru!: Higashi no Chihei, Nishi no Towa), além de várias peças de teatro, um filme live action (1977) e um filme de animação (1986), que eu assisti muito tempo atrás.
Na Wikipedia em japonês, é informado que parte do design mecânico da série foi feito com a ajuda de um assistente de Leiji Matsumoto. Outro dado é que Hagio Moto admitiu que se inspirou na coletânea de histórias infantis Zashiki bokko no hanashi (ざしき童子のはなし), de Kenji Miyazawa, acredito que em um conto específico, mas não consegui descobrir, para compor They Were Eleven!
Enfim, estou realmente muito feliz com a novidade. Eu sabia que Hagio Moto viria, era questão de tempo, mas ser They Were Eleven! tem um sabor especial. Espero que abra caminho para outras obras da autora, inclusive, um dos seus mangás mais lembrados e celebrados, O Coração de Thomas (Thomas no Shinzou/トーマの心臓). Agora, é esperar o lançamento. E, para quem quiser, o anime de They Were Eleven! está no Youtube. Qualidade ruim, legendas em inglês. Tem dublado em inglês, também, claro.
O anime de Honey Lemon Soda (ハニーレモンソーダ), baseado no mangá de Mayu Murata, o maior sucesso da revista Ribon e, talvez, mais de quinze anos, estreia em janeiro. Já apareceram vários produtos, mas achei esse aqui bonitinho. A marca Lemonica lançou uma soda de limão e mel que vem com porta copos da série de Mayu Murata. Custam, imagino que cada um, pois há dois modelos com cada um dos protagonistas, 600 ienes.
Já estão em pré-venda e estarão disponíveis para compra direta entre 10 de janeiro (sexta-feira) a 6 de fevereiro (quinta-feira), ou enquanto durarem os estoques. São bonitinho, mas parecem ser de papelão.
Kaichou wa Maid-sama! (会長はメイド様!), de Hiro Fujiwara, é uma série querida por muitas pessoas, publicada na revista LaLa entre 2005 e 2013, ela teve anime em 2010, e foi publicada no Brasil pela Panini.
A autora anunciou em seu blog e no Twitter, que irá estrear em 2025, acredito que em fevereiro, uma nova série chamada Neko ni Wagamama (猫にワガママ) na revista LaLa DX. Na mesma edição, teremos um gaiden de Kaichou wa Maid-sama!, que se passa antes do último gaiden, segundo a própria autora. Imagino que vai ter scanlations rapidinho.